Tema da semana
“Limites da encarnação”
De 27/01/2014 a 02/02/2014
André Luiz
“O
estudo da reencarnação não interessa unicamente ao exame do passado, às demonstrações
do renascimento da alma na ascensão evolutiva; fala, mais profundamente, ao
reequilíbrio de nós mesmos”.
Não
precisamos exumar personalidades que já desapareceram na ronda inflexível do
tempo, a fim de nos certificarmos quanto à realidade dos princípios
reencarnacionistas.
Recorramos
à introspecção.
Pausemos
na atividade cotidiana de quando em quando para observar-nos, no âmago do ser,
e constataremos a expressão multiface de nosso espírito.
Aí, na
solidão do plano íntimo, em análise correta e desapaixonada, surpreenderemo-nos
tais quais somos e, confrontando os impulsos que nos caracterizam a índole com
os conhecimentos superiores que vamos adquirindo, esbarramos, de chofre, com as
individualidades que temos vivido em muitas existências.
Depois
de semelhante auto-auscultação, vejamos o próprio comportamento na vida
exterior.
Encontraremos,
então, o traço dominante de nossa natureza múltipla no trato com pessoas e
situações pelas reações que elas nos causam.
O que
mais nos assombra é o desnível de nosso senso de amor e justiça, de vez que há
circunstâncias em que pleiteamos tolerância e desculpa, quando por dentro
estamos plenamente convencidos de que somos responsáveis e puníveis por faltas
graves e, há criaturas que nos merecem o máximo apreço, sem que sintamos por
elas nada mais que aversão e vice-versa.
Determinemos,
por nós mesmos, as oportunidades que falamos disso ou daquilo, escondendo
cautelosamente a opinião verdadeira que alimentamos no assunto, atendemos à
nossa arte de despistar quando os nossos interesses estejam em jogo e
verificaremos que a cortesia, em certas ocasiões, não passa de capa atraente
que nos guarnece a astúcia, no encalço de certos fins.
Não
nos propomos ao comentário no intuito de arrasar-nos ou deprimir-mos. Longe
disso, sugerimos o tema com o objetivo de fomentar a pesquisa clara e benéfica
da reencarnação, em nós mesmos, sem necessidade de quaisquer recursos à
revelações outras, ao modo de pessoa que acende um luz para conhecer os
escaninhos da própria casa.
Estudemos
a lei dos renascimentos na vida física, dentro de nós.
Não
nos poupemos, diante da verdade, para que a verdade nos corrija.
"Não
basta que o discípulo tenha um mestre digno para senhorear disciplina
determinada. É necessário que ele se informe quanto às lições e se aplique a
elas."
Do livro Sol nas Almas. Psicografia de
Waldo Vieira
[...] é a volta da
alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para
ele e que nada tem de comum com o antigo. [...]
Referência:KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Trad. de Guillon
Ribeiro da 3a ed. francesa rev., corrig. e modif. pelo autor em 1866. 124a ed.
Rio de Janeiro: FEB, 2004. - cap. 4, it. 4
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