Tema da semana
“Fora da caridade não há salvação”
De 03/01/2014 a 09/02/2014
Bezerra
de Menezes
Filhos, Jesus nos abençoem;
Nenhuma legenda maior que a
Caridade para Lâmpada acesa no vestíbulo de nossa Doutrina Redentora.
Sem dúvida, quando o Espírito da
Verdade lhe descerrou a presença bendita, na Obra do Codificador, teve em mente
comunicar ao Mundo de novo a presença do próprio Cristo de Deus.
Caridade será sempre o traço de
união entre o discípulo e o Mestre, entre a Criatura e o Criador.
Atentos ao impositivo do Amor a
Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, observamos que o Céu
nos possibilita a caridade por chave permanente de ligação com o todo
Misericordioso e com os nossos irmãos da Humanidade onde estejamos.
Notemos, no entanto, filhos meus,
que é preciso renovar a nossa conceituação íntima de amor aos semelhantes, de
vez que, ao enunciarmos o preceito, pensamos no próximo como sendo alguém
perfeitamente igual a nós. Em verdade todos somos companheiros uns dos outros,
no entanto, cada qual em nível diferente.
Referimo-nos a isso para
considerar convosco que entre os aprendizes de Jesus e os tutelados de Jesus há
comumente diferenças essenciais. Daí a necessidade de ponderar que o próximo
ainda sem Jesus é um irmão em absoluta carência de recursos espirituais para
viver sabendo viver.
Analisemos, por isso, a nossa
condição de servidores. Achamo-nos, sobretudo, na atualidade da Terra, à feição
de tarefeiros do coração e da inteligência, engajados no Evangelho a serviço do
Senhor. Em todos os flancos de luta regenerativa e santificante registramos a
fila quase interminável dos nossos irmãos da alma, hospitalizados no mundo.
Nunca nos circunscrevemos ao
aspecto exterior das criaturas, a fim de cooperar na Seara do Bem.
Somos chamados a socorrer (e
socorrer nem sempre diretamente), tanto os enfermos do corpo quanto os enfermos
de espírito. Efetivamente, é imprescindível atender aos filhos da penúria à
mesa farta que o Senhor nos confiou, sem olvidar, porém, os filhos da angústia,
conquanto, bem postos à mesa dos valores sociais, famintos de compreensão e de
paz.
Jamais esquecer que o nosso
próximo na Terra de hoje, quase que indiscriminadamente, se encontra sob o jugo
de aflitivas perturbações.
Os desajustados se aglomeram
junto de nós, a pedir-nos entendimento, enquanto os obsediados respeitáveis
cruzam os nossos caminhos no cotidiano, sob a hipnose da indiferença, ante o
próprio destino.
Há quem comande o dinheiro para
sepultar-se em abismos de lama dourada e há quem despreze o benefício da prova,
para arremessar-se às furnas de sombra pela revolta com que menoscabem os
valores da vida.
Há quem fale e grite impropérios
contra a Bênção Divina e há quem se cale, adiando a edificação do bem,
favorecendo a ilusão em prejuízo de si próprios.
De todas as procedências, chegam
até nós os tristes, os cansados, os abatidos, os derrotados, os obsessos, os
desequilibrados, os empedernidos, os intolerantes, os violentos, os nossos
irmãos-problemas nas mais diversas nuanças de perturbações e desajuste
espiritual.
Caridade, pois, meus filhos! Caridade
de toda hora, de todo o dia de toda estrada.
E junto uns dos outros na
execução dos deveres a que fomos trazidos ou convocados, tenhamos mais caridade
ainda por amor às responsabilidades de Jesus em nossas mãos. Sejamos a serenidade
daquele que se arrojou à irritação, a paz do que sofre em guerra tremenda com
as próprias tentações que carrega, a humildade daquele que olvidou a nossa
condição de escravos do Senhor e se acredita dominado, onde foi intimado a
ajudar e contribuir; o entendimento do que ainda ignora as contas que prestara
dos empréstimos do Eterno Benfeitor; a bênção daquele que ainda se encontra na
esfera da censura e da crítica destrutiva; o silêncio do que faz ruído inútil;
a ponderação do precipitado; o companheiro daquele que não sabe ainda entender
a significação da palavra; “amigo”; a segurança do imprudente; a vigilância dos
temerários; o otimismo dos que descem ao desânimo e ao pessimismo incapazes de
aprender a extensão da desarmonia que causam ao mecanismo das boas obras; a
modéstia dos que se envaidecem com os bens do Senhor, acreditando-se donos
deles; o apoio dos que desampararam a si mesmos pela imprevidência com que
afastam dos próprios compromissos; a visão dos cegos de espírito; a muleta
generosa para aqueles que ainda não logram caminhar com a desenvoltura de que
já dispomos no conhecimento do Evangelho; o leito espiritual para os que
adoeceram na obsessão e não conseguem equilíbrio suficiente para agirem com a
precisa saúde moral.
Caridade, sim, para todos, porque
todos somos mendigos de algo à frente de Deus.
Enfim, meus filhos, na
emotividade abençoada de nosso encontro fraterno, transmitimos a vós outros,
tanto quanto transmitimos a nós mesmos, a mensagem de Fabiano de Cristo, o
apóstolo da caridade, em favor de nós todos nesta manhã de confraternização e
de luz.
“Filhos, é preciso sofrer para
auxiliar. Outra não foi a Doutrina de Jesus e a conduta de Jesus para
enriquecer-nos com o Seu Infinito Amor”. Estendamos as nossas mãos uns aos
outros e que o Senhor nos inspire e nos abençoe.
Da Obra “União Em Jesus” – Espíritos Diversos –
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Digitado Por: Lúcia Aydir
[...] a lei da caridade ensinada pelo Cristo
é a fonte da felicidade, mesmo neste mundo [...].
Referência:KARDEC, Allan. O que
é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos
Espíritos. 52a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - cap. 2, it. 100
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