sexta-feira, 31 de maio de 2013

AMOR E CARIDADE

Tema da semana
A caridade material e a caridade moral”
de 27/05/2013 a 02/06/2013

Bezerra de Menezes

O Amor é luz divina.
A Caridade é benemerência humana.
A claridade revela.
A bondade socorre.

*

Consagraste o coração ao ministério bendito com Jesus e esperamos que os espinhos da senda produzam flores para a tua fé renovadora e vibrante e que as pedras da estrada se convertam, ao toque de tua compreensão e de tua boa vontade, em sublime pão do espírito.

Em verdade, a sementeira e a seara são infinitas. Cada setor reclama mil braços e cada leira exige devotamente e vigilância; entretanto, um discípulo somente, que se afeiçoe ao Mestre, pode realizar os milagres do amor e da caridade por onde passe, acordando corações para o serviço redentor.

Não nos cansemos, pois, na dedicação com que nos devotamos ao apostolado de renunciação.

*

Samaritano do Evangelho vivo percebeste, e que não venceremos na batalha de nós mesmos, sem partilharmos a carga que aflige os nossos irmãos mais próximos. Penetrou, feliz, o santuário do entendimento novo e dispusesse o coração ao serviço mediúnico, apreendendo o valor do serviço aos semelhantes. Abençoado sejas.

Fenômenos e discussões, muita vez, constituem meros processos de enrijecer as fibras da alma, porque nem todos se colocam, no mesmo nível, para a recepção das dádivas celestiais.

Todavia é imperioso reconhecer que o bem é a porta sublime através da qual o próprio pensamento de Jesus se manifesta, consolando e salvando, edificando e lenindo, amparando e iluminando o coração do homem cada vez mais.

*

Espiritismo sem aprimoramento espiritual é templo sem luz.

A hora do mundo é sombria e a jornada humana reclama lâmpadas acesas, para que as ovelhas retardadas não se precipitam nos despenhadeiros fatais.

Irmanemo-nos no ministério da evangelização e avancemos.

*

Amor sem caridade é teoria de lábios desprevenidos: caridade sem amor é aquele sino que tange da imagem paulina.

Unamo-nos, em vista disso, na luz que redime e na fraternidade que socorre, convencidos de que não nos faltará a bênção daquele Divino Amigo que prometeu caminhar conosco até o fim dos séculos.

De mensagem recebida em 08.11.1948.

Do Livro “Bezerra, Chico e você”;
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Digitado por: Lúcia Aydir

CARIDADE
A caridade é Jesus conosco.
Emmanuel
Do Livro “Dicionário da Alma”
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Esmola e caridade

Tema da semana
Caridade material e caridade moral”
de 27/05/2013 a 02/06/2013

Rodolfo Calligaris

Escusam-se muitos de não poderem ser caridosos, alegando precariedade de bens, como se a caridade se reduzisse a dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus e proporcionar um teto aos desabrigados.

Além dessa caridade, de ordem material, outra existe – a moral, que não implica o gasto de um centavo sequer e, não obstante, é a mais difícil de ser praticada.
Exemplos? Eis alguns:

Seríamos caridosos se, fazendo bom uso de nossas forças mentais, vibrássemos ou orássemos diariamente em favor de quantos saibamos acharem-se enfermos, tristes ou oprimidos, sem excluir aqueles que porventura se considerem nossos inimigos.

Seríamos caridosos se, em determinadas situações, nos fizéssemos intencionalmente cegos para não vermos o sorriso desdenhoso ou o gesto disprezivo de quem se julgue superior a nós.

Seríamos caridosos se, com sacrifício de nosso valioso tempo, fôssemos capazes de ouvir, sem enfado, o infeliz que nos deseja confiar seus problemas íntimos, embora sabendo de antemão nada podermos fazer por ele, senão dirigir-lhe algumas palavras de carinho e solidariedade.

Seríamos caridosos se, ao revés, soubéssemos fazer-nos momentaneamente surdos quando alguém, habituado a escarnecer de tudo e de todos, nos atingisse com expressões irônicas ou zombeteiras.

Seríamos caridosos se, disciplinando nossa língua, só nos referíssemos ao que existe de bom nos seres e nas coisas, jamais passando adiante notícias que, mesmo sendo verdadeiras, só sirvam para conspurcar a honra ou abalar a reputação alheia.

Seríamos caridosos se, embora as circunstâncias a tal nos induzissem, não suspeitássemos mal de nossos semelhantes, abstendo-nos de expender qualquer juízo apressado e temerário contra eles, mesmo entre os familiares.

Seríamos caridosos se, percebendo em nosso irmão um intento maligno, o aconselhássemos a tempo, mostrando-lhe o erro e despersuadindo o de o levar a efeito.

Seríamos caridosos se, privando-nos, de vez em quando, do prazer de um programa radiofônico ou de T.V. de nosso agrado, visitássemos pessoalmente aqueles que, em leitos hospitalares ou de sua residência, curtem prolongada doença e anseiam por um pouco de atenção e afeto.

Seríamos caridosos se, embora essa atitude pudesse prejudicar nosso interesse pessoal, tomássemos, sempre, a defesa do fraco e do pobre, contra a prepotência do forte e a usura do rico.

Seríamos caridosos se, mantendo permanentemente uma norma de proceder sereno e otimista, procurássemos criar em torno de nós uma atmosfera de paz, tranquilidade e bom humor.

Seríamos caridosos se, vez por outra, endereçássemos uma palavra de aplauso e de estimulo às boas causas e não procurássemos, ao contrário, matar a fé e o entusiasmo daqueles que nelas se acham empenhados.

Seríamos caridosos se deixássemos de postular qualquer benefício ou vantagem, desde que verificássemos haver outros direitos mais legítimos a serem atendidos em primeiro lugar.

Seríamos caridosos se, vendo triunfar aqueles cujos méritos sejam inferiores aos nossos, não os invejássemos e nem lhes desejássemos mal.

Seríamos caridosos se não desdenhássemos nem evitássemos os de má vida, se não temêssemos os salpicos de lama que os cobrem e lhes estendêssemos a nossa mão amiga, ajudando-os a levantar-se e limpar-se.

Seríamos caridosos se, possuindo alguma parcela de poder, não nos deixássemos tomar pela soberba, tratando, os pequeninos de condição, sempre com doçura e urbanidade, ou, em situação inversa, soubéssemos tolerar, sem ódio, as impertinências daqueles que ocupam melhores postos na paisagem social.

Seríamos caridosos se, por sermos mais inteligentes, não nos irritássemos com a inépcia daqueles que nos cercam ou nos servem.

Seríamos caridosos se não guardássemos ressentimento daqueles que nos ofenderam ou prejudicaram, que feriram o nosso orgulho ou roubaram a nossa felicidade, perdoando-lhes de coração.

Seríamos caridosos se reservássemos nosso rigor apenas para nós mesmos, sendo pacientes e tolerantes com as fraquezas e imperfeições daqueles com os quais convivemos, no lar, na oficina de trabalho ou na sociedade.

E assim, dezenas ou centenas de outras circunstâncias poderiam ainda ser lembradas, em que, uma amizade sincera, um gesto fraterno ou uma simples demonstração de simpatia, seriam expressões inequívocas da maior de todas as virtudes.

Nós, porém, quase não nos apercebemos dessas oportunidades que se nos apresentam, a todo instante, para fazermos a caridade.

Porquê?

É porque esse tipo de caridade não transpõe as fronteiras de nosso mundo interior, não transparece, não chama a atenção, nem provoca glorificações.

Nós traímos, empregamos a violência, tratamos ou outros com leviandade, desconfiamos, fazemos comentários de má fé, compartilhamos do erro e da fraude, mostramo-nos intolerantes, alimentamos ódios, praticamos vinganças, fomentamos intrigas, espalhamos inquietações, desencorajamos iniciativas nobres, regozijamo-nos com a impostura, prejudicamos interesses alheios, exploramos os nossos semelhantes, tiranizamos subalternos e familiares, desperdiçamos fortunas no vício e no luxo, transgredimos, enfim, todos os preceitos da Caridade, e, quando cedemos algumas migalhas do que nos sobra ou prestamos algum serviço, raras vezes agimos sob a inspiração do amor ao próximo, via de regra fizemo-lo por mera ostentação, ou por amor a nós mesmos, isto é, tendo em mira o recebimento de recompensas celestiais.

Quão longe estamos de possuir a verdadeira caridade!

Somos, ainda, demasiadamente egoístas e miseravelmente desprovidas de espírito de renúncia para praticá-la.

Mister se faz, porém, que a exercitemos, que aprendamos a dar ou sacrificar algo de nós mesmos em benefício de nossos semelhantes, porque "a caridade é o cumprimento da Lei."


Do livro “As leis morais”.
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CARIDADE
Onde a caridade estende as mãos dadivosas,
nossa individualidade desaparece,
a fins de que a bondade do Senhor
prevaleça e domine.
Emmanuel
Do livro “Dicionário da alma”.

Psicografia de “Francisco Cândido Xavier”.


quarta-feira, 29 de maio de 2013

Não só

Tema da semana
Caridade material e caridade moral”
de 27/05/2013 a 02/06/2013

Emmanuel

"E peço isto: que a vossa caridade abunde mais e mais em ciência e em todo o conhecimento." – Paulo. (FILIPENSES, 1:9.)

A caridade é, invariavelmente, sublime nas menores manifestações, todavia, inúmeras pessoas muitas vezes procuram limitá-la, ocultando-lhe o espírito divino.

Muitos aprendizes creem que praticá-la é apenas oferecer dádivas materiais aos necessitados de pão e teto.

Caridade, porém, representa muito mais que isso para os verdadeiros discípulos do Evangelho.

Em sua carta aos filipenses, oferece Paulo valiosa assertiva, com referência ao assunto.

Indispensável é que a caridade do cristão fiel abunde em conhecimento elevado.

Certo benfeitor distribuirá muito pão, mas se permanece deliberadamente nas sombras da ignorância, do sectarismo ou da autoadmiração não faltará com o dever de assistência caridosa a si mesmo?

Espalhar o bem não é somente transmitir facilidades de natureza material. Muitas máquinas, nos tempos modernos, distribuem energia e poder, automaticamente.

Caridade essencial é intensificar o bem, sob todas as formas respeitáveis, sem olvidarmos o imperativo de autossublimação para que outros se renovem para a vida superior, compreendendo que é indispensável conjugar, no mesmo ritmo, os verbos dar e saber.

Muitos crentes preferem apenas dar e outros se circunscrevem simplesmente em saber; as atividades de todos os benfeitores dessa espécie são úteis, mas incompletas.
Ambas as classes podem sofrer presunção venenosa.

Bondade e conhecimento, pão e luz, amparo e iluminação, sentimento e consciência são arcos divinos que integram os círculos perfeitos da caridade.

Não só receber e dar, mas também ensinar e aprender.


Do livro “Vinha de luz”.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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Caridade
Nos caminhos claros da inteligência,
muitas vezes, as rosas da alegria completa
produzem os espinhos da dor, mas,
nas sendas luminosas da caridade,
os espinhos da dor oferecem rosas de perfeita alegria.
Tereza
Do livro “Dicionário da alma”.

Psicografia de “Francisco Cândido Xavier”.


terça-feira, 28 de maio de 2013

Sempre caridade

Tema da semana
Caridade material e caridade moral”
de 27/05/2013 a 02/06/2013



Joanna de Ângelis

Ideal seria que não existisse a miséria de qualquer matiz. Sem dúvida, estaríamos no paraíso, fosse a dor expulsa do meio em que nos encontrássemos. Agradável redundaria o tempo, estivessem as paisagens coloridas de esperança e o espectro da enfermidade não rondasse os nossos passos. A realidade, porém, é bem outra. Onde quer que o espírito endividado para com a Lei se encontre, aí estarão presentes suas necessidades em caráter de imperiosa cobrança.

E por que se apresentam aflições de toda ordem, não nos cabe refugiar-nos através das evasivas com que muitos se furtam ao dever da solidariedade, da caridade. Diante, pois, dos afligentes problemas que deparas pelo caminho, faze alguma coisa. Dispões de milagres de cordialidade ao teu alcance, que podes distribuir sem prejuízos.

Muitos corações pensam no auxílio material e recuam considerando-se incapazes de distribuí-lo argumentando que são incontáveis os necessitados. Outros se referem ao labor moral, ante os infelizes deste ou daquele teor, para logo desanimarem em face dos inúmeros dissabores com que se veem constrangidos arrostar... Podes e deves fazer alguma coisa. Cada semente de amor que plantes num coração será uma bênção a multiplicar-se e um desditoso a menos. A dádiva material que ora ajuda e passa é o socorro na horizontal. Não te aflijas pensando que a miséria retornará. Caso nada possas em relação ao futuro, produze em direção do presente.

A lâmpada moral, que acendes no país atormentado de um espírito, será sol emboscado num perene horizonte de luz. Não te preocupes raciocinando que nuvens borrascosas poderão de futuro impedir a claridade. Ilumina hoje, produzindo na vertical da vida.

A lição de amor pulsante no teu sentimento, que te leva a ajudar, converte-se em mensagem de caridade rutilante que fulgirá a teu próprio benefício, impedindo que a treva do cansaço e da revolta, da enfermidade e do desânimo, estabeleça morada no lar do corpo que teu espírito habita transitoriamente. Caridade, pois, sempre.

Psicografia de Divaldo Franco do livro Celeiro de Bênçãos
IMAGENS DA CARIDADE
Luciano Reis
Caridade, em cada dia,
Com pouco sabe se expor:
O pão, a prece, a alegria,
Uma palavra de amor.

De “Tão Fácil”, de Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Presença do codificador

Tema da semana
A caridade material e a caridade moral”
de 27/05/2013 a 02/06/2013

Allan Kardec

9. “Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros o que quereríamos nos fizessem eles.” Toda a religião, toda a moral se acham encerradas nestes dois preceitos. Se fossem observados nesse mundo, todos seríeis felizes: não mais aí ódios, nem ressentimentos. Direi ainda: não mais pobreza, porquanto, do supérfluo da mesa de cada rico, muitos pobres se alimentariam e não mais veríeis, nos quarteirões sombrios onde habitei durante a minha última encarnação, pobres mulheres arrastando consigo miseráveis crianças a quem tudo faltava.

Ricos! pensai nisto um pouco. Auxiliai os infelizes o melhor que puderdes. Dai, para que Deus, um dia, vos retribua o bem que houverdes feito, para que tenhais, ao sairdes do vosso invólucro terreno, um cortejo de Espíritos agradecidos, a receber-vos no limiar de um mundo mais ditoso.

Se pudésseis saber da alegria que experimentei ao encontrar no Além aqueles a quem, na minha última existência, me fora dado servir!...

Amai, portanto, o vosso próximo; amai-o como a vós mesmos, pois já sabeis, agora, que, repelindo um desgraçado, estareis, quiçá, afastando de vós um irmão, um pai, um amigo vosso de outrora. Se assim for, de que desespero não vos sentireis presa, ao reconhecê-lo no mundo dos Espíritos!

Desejo compreendais bem o que seja a caridade moral, que todos podem praticar, que nada custa, materialmente falando, porém, que é a mais difícil de exercer -se.

A caridade moral consiste em se suportarem umas às outras as criaturas e é o que menos fazeis nesse mundo inferior, onde vos achais, por agora, encarnados. Grande mérito há, crede-me, em um homem saber calar-se, deixando fale outro mais tolo do que ele. É um gênero de caridade isso. Saber ser surdo quando uma palavra zombeteira se escapa de uma boca habituada a escarnecer; não ver o sorriso de desdém com que vos recebem pessoas que, muitas vezes erradamente, se supõem acima de vós, quando na vida espírita, a única real, estão, não raro, muito abaixo, constitui merecimento, não do ponto de vista da humildade, mas do da caridade, porquanto não dar atenção ao mau proceder de outrem é caridade moral.

Essa caridade, no entanto, não deve obstar à outra. Tende, porém, cuidado, principalmente em não tratar com desprezo o vosso semelhante. Lembrai-vos de tudo o que já vos tenho dito: Tende presente sempre que, repelindo um pobre, talvez repilais um Espírito que vos foi caro e que, no momento, se encontra em posição inferior à vossa. Encontrei aqui um dos pobres da Terra, a quem, por felicidade, eu pudera auxiliar algumas vezes, e ao qual, a meu turno, tenho agora de implorar auxílio.

Lembrai-vos de que Jesus disse que todos somos irmãos e pensai sempre nisso, antes de repelirdes o leproso ou o mendigo. Adeus: pensai nos que sofrem e orai. – Irmã Rosália. (Paris, 1860.)

***

10. Meus amigos, a muitos dentre vós tenho ouvido dizer: Como hei de fazer caridade, se  amiúde nem mesmo do necessário disponho?

Amigos, de mil maneiras se faz a caridade. Podeis fazê-la por pensamentos, por palavras e por ações. Por pensamentos, orando pelos pobres abandonados, que morreram sem se acharem sequer em condições de ver a luz. Uma prece feita de coração os alivia. Por palavras, dando aos vossos companheiros de todos os dias alguns bons conselhos, dizendo aos que o desespero, as privações azedaram o ânimo e levaram a blasfemar do nome do Altíssimo: “Eu era como sois; sofria, sentia-me desgraçado, mas acreditei no Espiritismo e, vede, agora, sou feliz.” Aos velhos que vos disserem: “É inútil; estou no fim da minha jornada; morrerei como vivi”, dizei: “Deus usa de justiça igual para com todos nós; lembrai-vos dos obreiros da última hora.” Às crianças já viciadas pelas companhias de que se cercaram e que vão pelo mundo, prestes a sucumbir às más tentações, dizei: “Deus vos vê, meus caros pequenos”, e não vos canseis de lhes repetir essas brandas palavras. Elas acabarão por lhes germinar nas inteligências infantis e, em vez de vagabundos, fareis deles homens. Também isso é caridade.

Dizem, outros dentre vós: “Ora! somos tão numerosos na Terra, que Deus não nos pode ver a todos.” Escutai bem isto, meus amigos: Quando estais no cume da montanha, não abrangeis com o olhar os bilhões de grãos de areia que a cobrem? Pois bem: do mesmo modo vos vê Deus. Ele vos deixa usar do vosso livre-arbítrio, como vós deixais que esses grãos de areia se movam ao sabor do vento que os dispersa. Apenas, Deus, em sua misericórdia infinita, vos pôs no fundo do coração uma sentinela vigilante, que se chama consciência. Escutai-a, que somente bons conselhos ela vos dará. Às vezes, conseguis entorpecê-la, opondo-lhe o espírito do mal. Ela, então, se cala. Mas, ficai certos de que a pobre escorraçada se fará ouvir, logo que lhe deixardes aperceber-se da sombra do remorso. Ouvi-a, interrogai-a e com frequência vos achareis consolados com o conselho que dela houverdes recebido.

Meus amigos, a cada regimento novo o general entrega um estandarte. Eu vos dou por divisa esta máxima do Cristo: “Amai-vos uns aos outros.” Observai esse preceito, reuni-vos todos em torno dessa bandeira e tereis ventura e consolação. – Um Espírito protetor. (Lião, 1860.)

CARIDADE
Glorificada sejas onde fores,
Mão que te fazes sol, apoio e ninho
Para todos os tristes do caminho,
Mão que recorda um lírio aberto às dores!...

Mão generosa, mão em que adivinho
A mensagem de Cristo em resplendores,
Mão que converte lágrimas em flores,
DEUS te abençoe os gestos de carinho.

Nunca enxerguei a forma de teu culto;
Fito-te a luz que passa e enquanto exulto
Vejo que o mundo se aprimora ao vê-la !

Caridade ! És o Dom que nos irmana,
Amor de DEUS na inteligência humana,
Uma estrela engastada noutra estrela !...
Auta de Souza 
Do livro Auta de Souza. 
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

sábado, 25 de maio de 2013

TRAÇOS CRISTÃOS


Tema da semana
Reconhece-se o cristão por suas obras”
de 20/05/2013 a 26/05/2013

Albino Teixeira

O cristão deve ser: no grupo, um ponto de apoio;

Em família, um amparo constante;

No lar uma bênção;

No trabalho a cooperação eficiente;

Na profissão a garantia de idoneidade;

No serviço, um padrão de amor ao próximo;

No dever, a pontualidade;

No problema, um agente de solução;

Na dificuldade, a base do auxílio;

Na crise, o socorro;

No tumulto, a seriedade;

No verbo, a palavra de rumo;

Nas letras, o guia do bem;

Em qualquer experiência da vida, será sempre alguém com Jesus na construção do Reino de Deus.

Livro: TENDE BOM ÂNIMO
Francisco Cândido Xavier - Carlos A Baccelli - Autores Diversos
LETREIROS DA VIDA
Augusto de Oliveira
Sinal de Jesus contigo:
A luta que te desola.
Cristão sem a cruz do bem:
Aluno ausente da escola.
Da Obra “Trovas Do Outro Mundo”
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Digitado Por: Lúcia Aydir.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Do aprendizado Cristão


Tema da semana
"Reconhece-se o cristão por suas obras"
de 20/05/2013 a 26/05/2013

André Luiz
Recebe e aplica.

Retém e distribui.

Auxilia e passa.

Serve e desapega-te.

Estuda e trabalha.

Ensina e exemplifica.

Medita e age.

Ama e renuncia.

Raciocina e sente.

Socorre e segue.

Vê e analisa.

Observa e seleciona.

Confia e esforça-te.

Empresta e olvida.

Perdoa e esquece.

Acolhe e educa.

Auxilia e esclarece.

Estimula e orienta.

Tranquiliza e eleva.

Luta e persevera no bem.

Ouve e guarda.

Fala e edifica.

Perde e aprende.

Experimenta e melhora.

Ora e espera.

Vigia e ampara.

Protege e constrói.

Pensa e realiza.

Instrui e ilumina.

Agradece e aproveita.



Psicografia de Francisco Cândido Xavier pelo espírito André Luiz.
Mensagem extraída do livro “A Verdade Responde”,

AÇÃO NO BEM
Ação no bem por mais simples
É sempre elevada e bela;
O Sol – Luzeiro gigante –
Não faz a função da vela.
Mário Linhares
Da obra: “Chão de Flores” – Autores diversos
Psicografia Francisco Cândido Xavier
Digitado por: Lúcia Aydir.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Prêmio ao sacrifício


Tema da semana
Reconhece-se o cristão pelas suas obras
de 20/05/2013 a 26/05/2013

Neio Lúcio

Três irmãos dedicados a Jesus leram no Evangelho que cada homem receberá sempre, de acordo com as próprias obras, e prometeram cumprir as lições do Mestre.

O primeiro colocou-se na indústria do fio de algodão e, de tal modo se aplicou ao serviço que, em breve, passou à condição de interessado nos lucros administrativos. Dentro de vinte e cinco anos, era o chefe da organização e adquiriu títulos de verdadeiro benfeitor do povo. Ganhava dinheiro com imensa facilidade e socorria infortunados e sofredores. Dividia o trabalho equitativamente e distribuía os lucros com justiça e bondade.

O segundo estudou muito tempo e se tornou juiz famoso. Embora gozasse do respeito e da estima dos contemporâneos, jamais olvidou os compromissos que assumira à frente do Evangelho. Defendeu os humildes, auxiliou os pobres e libertou muitos prisioneiros perseguidos pela maldade. De juiz tornou-se legislador e cooperou na confecção de leis benéficas e edificantes. Viveu sempre honrado, rico, feliz, correto e digno.

O terceiro, porém, era paralítico. Não podia usar a inteligência com facilidade. Não poderia comandar uma fábrica, nem dominar um tribunal. Tinha as pernas mirradas. O leito era a sua residência. Lembrou, contudo, que poderia fazer um serviço de oração e começou a tarefa pela humilde mulher que lhe fazia a limpeza doméstica.

Viu-a triste e lacrimosa e procurou conhecer-lhe as mágoas com discrição e fraternidade. Confortou-a com ternura de irmão. Convidou-a a orar e pediu para ela as bençãos divinas.

Bastou isto e, em breve, trazidos pela servidora reconhecida, outros sofredores vinham lhe rogar o concurso da prece. O aposento singelo encheu-se de necessitados. Orava em companhia de todos, oferecia-lhes o sorriso de confiança na bondade celeste. Comentava os benefícios da dor, expunha suas esperanças no Reino Divino. Dava de si mesmo, gastando emoções e energias no santo serviço do bem. Escrevia cartas inúmeras, consolando viúvas e órfãos, doentes e infortunados, insuflando-lhes paz e coragem. Comia pouco e repousava menos. Tanto sofreu com as dores alheias que chegou a esquecer-se de si mesmo e tanto trabalhou que perdeu o dom da vista. Cego, contudo, não ficou sozinho. Prosseguiu colaborando com os sofredores, através da oração, ajudando-os, cada vez mais.

Morreram os três irmãos, em idade avançada, com pequenas diferenças de tempo.

Quando se reuniram, na vida espiritual, veio um Anjo examinar-lhes as obras com uma balança.

O industrial e o juiz traziam grande bagagem, que se constituía de várias bolsas, recheadas com o dinheiro e com as sentenças que haviam distribuído em benefício de muitos. O servidor da prece trazia apenas pequeno livro, onde costumava escrever suas rogativas.

O primeiro foi abençoado pelo conforto que espalhou com os necessitados e o segundo foi também louvado pela justiça que semeara sabiamente. Quando o Anjo, porém, abriu o livro do ex-paralítico, dele saiu uma grande luz, que tudo envolveu numa coroa resplandecente. A balança foi incapaz de medir-lhe a grandeza.

Então, o Mensageiro falou-lhe, feliz:

Teus irmãos são benditos na Casa do Pai pelos recursos que distribuíram, em favor do próximo, mas, em verdade, não é muito difícil ajudar com o dinheiro e com a faina que se multiplicam facilmente no mundo. Sê, porém, bem-aventurado, porque deste de ti mesmo, no amor santificante. Gastaste as mãos, os olhos, o coração, as forças, os sentimentos e o tempo a benefício dos semelhantes e a Lei do Sacrifício determina que a tua moradia seja mais alta. Não transmitiste apenas os bens da vida: irradiaste os dons de Deus.

E o servidor humilde do povo foi conduzido a um céu mais elevado, de onde passou a exercer autoridade sobre muita gente.


Do livro “Alvorada cristã”.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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RENÚNCIA
Só os filhos da renúncia
poderão atender,
tanto quanto é preciso,
a expectativa da esfera superior.
Emmanuel
Do livro “Dicionário da alma”.
Psicografia de “Francisco Cândido Xavier”.


quarta-feira, 22 de maio de 2013

Observemos

Tema da semana
Reconhece-se o cristão pelas suas obras
de 20/05/2013 a 26/05/2013

Emmanuel

Não te detenhas no poder aquisitivo do ouro terrestre para fazer o bem.
*
Anota a riqueza dos teus conhecimentos e não menosprezes o companheiro ainda enleado no espinheiro da ignorância.
Considera o tesouro da fé que te enriquece o entendimento e aprende a desculpar o irmão em dificuldade que talvez se encontre no precipício da negação.
*
Medite sobre a luz que te brilha na compreensão e não reproves o infeliz que ainda tateia nas trevas.
*
Analisa o patrimônio de amor que te vivifica a existência e auxilia as vítimas do ódio que não souberam edificar para si mesmas senão o reduto do sofrimento.
*
Examina tuas conquistas de segurança pessoal e não passes de largo, à frente dos caídos em desânimo ou desesperação.
*
Relaciona os valores da saúde que te consolidam o relativo equilíbrio na Terra e não perca a serenidade e a paciência com os enfermos que te reclamam devotamento e carinho.
*
Mentaliza a riqueza de tuas horas, de tuas palavras, de teus movimentos livres.
*
Reflete no acervo de bênçãos amontoadas em teus olhos que vêm, em teus ouvidos que ouvem, em teus pés que andam e em tuas mãos que trabalham.
*
Quem será mais rico de verdadeira felicidade, o homem que agoniza sobre um monte de ouro ou aquele que pode respirar os perfumes do vale, entre a paz do trabalho e a misericórdia da luz?
Não admitas que a caridade seja tarefa exclusiva dos que acumularam o dinheiro do mundo. Ao invés disso, compadece-te do irmão que se faz sovina, aferrolhando o próprio coração, entre as duras paredes de um cofre forte.
*
Recordemos o Divino Doador de Vida Imperecível.
Cristo, sem monumentalizar o amor em obras de metal ou de pedra, com um simples berço de palha e com uma cruz de sacrifício a lhe emoldurarem o ministério de fraternidade, espalhou a beleza e a paz, o otimismo e a compreensão em todos os escaninhos do mundo, a benefício de todas as gerações.
*
Em matéria de auxiliar, dividamos a nossa própria alma, na prestação do serviço infatigável da boa vontade para com todos.
E, com semelhante investimento, estejamos convencidos de que toda a penúria do nosso passado não nos subtrairá o tesouro de bênçãos que acumularemos, nos altos caminhos da vida, a brilhar perenemente em nosso grande futuro.


Do livro “Dinheiro”.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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RENÚNCIA
Somente com a renúncia sincera
poderemos alcançar o reino da luz,
prometido pelo Salvador.
Néio Lúcio
Do livro “Dicionário da alma”.
Psicografia de “Francisco Cândido Xavier”.


terça-feira, 21 de maio de 2013

O Cristão Espírita


Tema da semana
Reconhece-se o cristão por suas obras”
de 20/05/2013 a 26/05/2013

Joanna de Ângelis


O cristão espírita sincero, perfeitamente entrosado nas lições do pensamento de Jesus, não deixa de ser alguém de conduta esdrúxula, tendo-se em vista os padrões vigentes da sociedade.

Predominando a ambição desmedida, o suborno e a astúcia, tendo destaque o campeonato da insensatez e o arbítrio da desonestidade, adquirindo cidadania o desleixo moral seguido da vulgaridade dos sentimentos e a vilania do sexo, ampliados pelo abuso das drogas químicas e da ostentação, sentem-se triunfadores aqueles que se destacam na comunidade, pouco lhes importando quais os recursos utilizados e o preço pago para alcançarem o pódio em que se demoram por pouco tempo.

A ética moral abre espaços à acomodação da consciência aos ditames da perversidade e do crime, cuidando cada um, de preservar a própria existência física, sem o mínimo de respeito e de compaixão pelo seu próximo, que se aturde no vendaval do abandono ou vai consumido pela miséria social em que esbraveja.

O comportamento convencional estabeleceu que aos amigos, aos afetos se devem oferecer todos os bens, enquanto que aos inimigos, aos competidores, aqueles que se afastam do caminho, nada se lhes deve conceder, antes, pelo contrário, persegui-los e vencê-los de qualquer forma, se isso for possível.

Os relacionamentos sociais facultam que os poderosos reúnam-se em banquetes, a fim de discutirem a miséria dos oprimidos, estabelecendo excelentes programas de beneficência, que jamais cumprem, ao tempo em que consomem altas somas nessas reuniões que poderiam ser encaminhadas para minorar a fome e as doenças que grassam avassaladoras em toda parte.

Os mimos e joias de alto preço são permutados entre aqueles que os necessitam em exibicionismo cruel, em face da carência de toda natureza que expia os afortunados de um dia, e transformariam a futilidade em subsistência física, a fim de não sucumbir diante do fausto inútil dos frívolos.

Aplausos pelos triunfos momentâneos chamam as atenções das multidões que contemplam os vitoriosos com amarga ironia, considerando-se a distância que medeia entre esses e aquelas desnorteadas.

Promessas impossíveis de realizadas iludem os incautos, pela falácia de políticos desonestos e bem orientados, governantes defraudadores dos deveres assumidos e profissionais bem remunerados mas não cumpridores dos deveres…

E enxameiam em toda parte os aproveitadores, os utilitaristas, os que abusam da existência física, inconscientes e inconsequentes.

O cristão espírita, caminha na contramão da história contemporânea.

Respeita a conduta de todos, bem como os seus compromissos, mesmo aqueles que se apresentam desestruturadores da sociedade. No entanto, não conive com eles. Na impossibilidade de impedi-los, vive conforme os padrões dos ensinamentos de Jesus e da consciência ilibada que haure nos fundamentos do Espiritismo, encarregado de atualizar a proposta do Mestre de Nazaré e demonstrar a excelência dos seus conteúdos, mesmo diante dos conflitos que esse procedimento desencadeia.

É severo para consigo mesmo e tolerante para com o seu próximo.

Amando os seus amigos, não detesta aqueles que se lhe transformaram em inimigos, por considerá-los enfermos da alma, necessitados mais de compaixão e terapia do que de perseguição e aniquilamento, já que ninguém morre. Age sempre guiado pelo sentimento do amor e do dever, jamais se desviando da conduta honesta para com a própria consciência e para com o grupo social no qual se movimenta.

Trabalha, mantendo os nobres objetivos de ser livre e viver com dignidade, promovendo o progresso, mediante, porém, os métodos nobres, ao invés do enriquecimento ilícito que graça dominador.

É fiel à verdade, mesmo que a preço elevado de incompreensão e sofrimento.

Gentil com os estranhos, simultaneamente é cordial com os familiares, que sempre envolve em sentimentos de elevação.

Faz, sem prometer, evitando-se compromissos mentirosos que reconhece não poderá atender.

É sincero, sem rudez, prestimoso sem bajulação, devotado sem interesse de recompensa.

Sabe sofrer com resignação e confiança em Deus, não se permitindo mecanismos de fugas pelo uso de entorpecentes e drogas outras que somente aumentam a carga de desequilíbrios para o futuro.

Não anatematiza o mal, antes busca evitá-lo, não blasfema contra as ocorrências infelizes, mas procura delas retirar o melhor proveito; não se envolve na sordidez em triunfo, perseverando nos bons costumes. É espezinhado, às vezes, no entanto, não se preocupa em conquistar pessoas e perder a dignidade que o caracteriza.

É simples e desataviado, jovial e pacífico, discreto e honrado, quando o comum são os exageros e as complexidades na conduta, os semblantes carregados de ira e de cólera, os vulgares, com a máscara da simpatia falsa, com os exibicionismos e a falta de escrúpulos.

Certamente chama a atenção, e esse comportamento pode parecer esdrúxulo ante os conceitos atormentados que comandam diversos segmentos sociais.

Psicografia de Divaldo Franco do livro Diretrizes para o Êxito

ANOTAÇÕES DA VIDA COMUM
João Moreira da Silva
Cristão sob injuria e troça,
Não busque se defender,
Na causa de Jesus Cristo,
Há muito mais que fazer.
Tão Fácil”, de Francisco Cândido Xavier