Tema
da semana
“Ciúme”
de
13/05/2013 a 19/05/2013
Momento Espírita
A
vida de Ana se tornara muito ruim, desde o momento em que começou a
desconfiar que Artur, seu marido, tinha outra mulher.
Ana
olhava para ele e se sentia traída. Toda vez que Artur chegava
atrasado do trabalho, mesmo que dissesse que fora o trânsito
complicado ou uma reunião de última hora, ela pensava: Demorou por
causa da outra. Devem ter se encontrado hoje. Por isso se atrasou.
A
paz do lar ficou comprometida. Ele chegava cansado, ela estava
mal-humorada e procurava todos os motivos para reclamar.
Por
vezes, ela surpreendia Artur dispersivo. O pensamento distante. Era o
suficiente para pensar consigo mesma: Olhe só como está pensativo!
Aposto que está pensando nela.
Finalmente,
um dia, ela resolveu seguir o marido para o surpreender.
Esperou-o
na saída do trabalho. Ele pegou o carro, andou algumas quadras e
parou na floricultura. Ela viu quando ele escolheu as maravilhosas
flores e saiu carregando-as com carinho.
Mau
caráter, pensou ela. Gastando com outra.
Aquilo
a deixou de tal forma desconcertada, que começou a chorar. Foi para
casa e se jogou na cama. Chorou muito.
Pouco
depois, ela ouviu a porta abrir e seu marido chegar. Escutou os
passos dele na escada, subindo até o quarto do casal, onde ela
estava.
Mal
o viu adentrar o quarto, ela se sentou na cama, os olhos vermelhos de
chorar, os cabelos em desalinho e desabafou:
Eu
vi tudo. Você não pode negar. Comprou flores para ela. Rosas
vermelhas maravilhosas. Você me traiu. Traiu o nosso amor.
Alterada,
ela se levantou e avançou na direção dele. Para sua surpresa,
verificou que ele trazia nas mãos o lindo ramalhete de rosas
vermelhas.
Um
pouco chateado, estendendo o ramalhete para ela, ele falou:
Ana,
hoje é dia do nosso aniversário de casamento. Você não lembrou?
*
* *
O
ciúme cria quadros exagerados, fomentando desconfiança. Atestado de
insegurança, destrói o relacionamento pelo clima de tensão que
cria a todo momento.
Cultivador
da infelicidade, o ciúme altera a correta visão dos fatos,
aumentando a importância de pequenos atrasos, desejos não
atendidos, esquecimentos de datas e compromissos a dois.
Criando
azedume, envenena a alma e desassossega o pensamento.
Colocando
óculos escuros na visão mental, tudo faz parecer escuro, sombrio,
devastador.
Uma
distração é tida à conta de desinteresse. O atraso para um
encontro é considerado desrespeito.
Fora
da realidade sempre, o ciúme provoca cenas desastrosas e
desgastantes, em situações onde uma leve indagação ou uma
conversa a dois, com toda a certeza, resolveria.
*
* *
Nunca
deixemos que o ciúme nos atormente. Ele é o responsável pela
devastação de corações e de lares.
Se
nos sentimos inseguros, fortifiquemos a relação a dois com diálogos
mais profundos, com saídas para um passeio ao luar ou um final de
semana a sós.
Se
o outro estiver, verdadeiramente, permitindo que a relação esfrie,
que o amor amorne, providenciemos o melhor para o estreitamento dos
laços afetivos, guardando a certeza de que é nos pequenos gestos
que a relação se torna mais forte, mais firme.
Redação
do Momento Espírita com base no cap. 48 do livro
Para
que minha vida se transforme, v. 1, de Maria Salette
e
Wilma Ruggeri, ed. Verus.
Em
31.01.2010.
Fonte: http://www.momento.com.br/
CIÚME
Ciúme
é um veneno oculto,
Agindo
em forma de espinho,
Que
maltrata o coração
E
mata devagarzinho
Cornélio
Pires
Psicografia
Francisco Cândido Xavier
Livro:
Degraus da vida
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