Joanna de Ângelis
O amor — alma da vida
— é o hálito divino a espraiar-se em toda parte, manifestando a Paternidade de
Deus.
Onde quer que se
expresse, imanta quantos se lhe acercam, modificando a estrutura e a realidade
para melhor.
No amor se encontram
todas as motivações para o progresso, emulando ao avanço, na libertação dos
atavismos que, por enquanto, predominam em a natureza humana.
Por não se
identificar com o amor na sua realização incessante, a criatura posterga a
conquista dos valores que a alçam à paz e a engrandecem.
Sem o amor se
entorpecem os sentimentos, e a marcha da sensação para a emoção torna-se lenta
e difícil.
Em qualquer
circunstância o amor é sempre o grande divisor de águas.
Vivendo-o, Jesus
modificou os conceitos então vigentes, iniciando a Era do Espírito Imortal, que
melhor expressa todas as conquistas do pensamento.
Se te encontras sob a
alça de mira de injunções dolorosas, sofrendo incompreensões e dificuldades nos
teus mais nobres ideais, não te abatas, ama.
A noite tempestuosa e
sombria não impede que as estrelas brilhem acima das nuvens borrascosas.
Se o julgamento
descaridoso te perturba os planos de serviço, intentando descoroçoar-te,
mediante o ridículo que te imponham, mesmo assim, ama.
O sarçal aparentemente
amaldiçoado, no momento oportuno abre-se em flor.
Se defrontas a
enfermidade sorrateira que intenta dominar as tuas forças, isolando-te no leito
da imobilidade e reduzindo as tuas energias, renova-te na prece e ama.
O deserto de hoje foi
berço generoso de vida e pode, de um momento para outro, sob carinhoso
tratamento, reverdecer-se e florir.
O amor é bênção de
que dispões em todos os dias da tua vida para avançares e conquistares espaços
no rumo da evolução.
Não te canses de
amar, sejam quais forem as circunstâncias por mais ásperas se te apresentem.
A Doutrina de Jesus,
ora renascida no pensamento espírita, é um hino-ação de amor, assinalando a
marcha do futuro através das luzes da razão unida à fé em consórcio de legítimo
amor.
Psicografia
de Divaldo Franco do livro “Viver e Amar”