quinta-feira, 27 de agosto de 2015

A presença do Amor

 Joanna de Ângelis


O amor — alma da vida — é o hálito divino a espraiar-se em toda parte, manifestando a Paternidade de Deus.

Onde quer que se expresse, imanta quantos se lhe acercam, modificando a estrutura e a realidade para melhor.

No amor se encontram todas as motivações para o progresso, emulando ao avanço, na libertação dos atavismos que, por enquanto, predominam em a natureza humana.

Por não se identificar com o amor na sua realização incessante, a criatura posterga a conquista dos valores que a alçam à paz e a engrandecem.

Sem o amor se entorpecem os sentimentos, e a marcha da sensação para a emoção torna-se lenta e difícil.

Em qualquer circunstância o amor é sempre o grande divisor de águas.

Vivendo-o, Jesus modificou os conceitos então vigentes, iniciando a Era do Espírito Imortal, que melhor expressa todas as conquistas do pensamento.

Se te encontras sob a alça de mira de injunções dolorosas, sofrendo incompreensões e dificuldades nos teus mais nobres ideais, não te abatas, ama.

A noite tempestuosa e sombria não impede que as estrelas brilhem acima das nuvens borrascosas.

Se o julgamento descaridoso te perturba os planos de serviço, intentando descoroçoar-te, mediante o ridículo que te imponham, mesmo assim, ama.

O sarçal aparentemente amaldiçoado, no momento oportuno abre-se em flor.

Se defrontas a enfermidade sorrateira que intenta dominar as tuas forças, isolando-te no leito da imobilidade e reduzindo as tuas energias, renova-te na prece e ama.

O deserto de hoje foi berço generoso de vida e pode, de um momento para outro, sob carinhoso tratamento, reverdecer-se e florir.

O amor é bênção de que dispões em todos os dias da tua vida para avançares e conquistares espaços no rumo da evolução.

Não te canses de amar, sejam quais forem as circunstâncias por mais ásperas se te apresentem.

A Doutrina de Jesus, ora renascida no pensamento espírita, é um hino-ação de amor, assinalando a marcha do futuro através das luzes da razão unida à fé em consórcio de legítimo amor.


Psicografia de Divaldo Franco do livro “Viver e Amar”

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

A Mágoa



 Joanna de Ângelis

À semelhança de ácido que corrói a superfície na qual se encontra, a mágoa desgasta, a pouco e pouco, as peças delicadas das engrenagens orgânicas do homem, destrambelhando-lhe os equipamentos muito delicados da organização psíquica.

A mágoa é conselheira impiedosa e artesã de males cujos efeitos são imprevisíveis.

Penetra no âmago do ser e envenena-o, impedindo-lhe o recebimento dos socorros do otimismo, da esperança e da boa vontade em relação aos fatores que o maceram.

Instalando-se, arma a sua vítima de impiedade e rancor, levando-a a atitudes desesperadas, desde que lhe satisfaça a programação vil.

Exala amargura e desconforto, expulsando as pessoas que intentam contribuir para a mudança de estado, graças às altas cargas vibratórias negativas, que exteriorizam mau humor e azedume.

*

Quem acumula mágoas, coleciona lixo mental.

Reage às tentativas de alojamento da mágoa nos teus sentimentos.

Não estás, no mundo, por acaso, antes, com finalidades adredemente estabelecidas que deves atender.

Acompanha a marcha do Sol, e enriquece-te de luz, não mergulhando na sombra dos ressentimentos destrutivos.

Sorri ante o infortúnio, agradecendo a oportunidade de superá-lo através dos valores éticos e educativos que já possuis, poupando-te à consumpção de que é portadora a mágoa.

Psicografia de Divaldo Franco do livro “Episódios Diários”

 

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

A Tragédia do Ressentimento



Tema da semana
"Os tormentos voluntários"
de 10/08/2015 a 16/08/2015

Joanna de Ângelis

As pressões psicossociais, sócio-emocionais, econômicas e de outras origens desencadeiam distúrbios variados, nos quais mergulha uma larga faixa da sociedade.

Provocando medo, ansiedade e amargura, desarmonizam o sistema nervoso dos seres humanos, conduzindo a neuroses profundas que, quase sempre somatizadas, são responsáveis por enfermidades alérgicas, digestivas, do metabolismo em geral, facultando a instalação de processos degenerativos.

Os temperamentos frágeis, sob pressão, procuram realizar mecanismos de fuga, caindo em estados fóbicos e depressivos ou recorrendo à violência como forma de afirmação e defesa da personalidade.

Muitos resíduos psicológicos se lhes instalam no campo emocional e mental, dando lugar a perturbações de comportamento e a doenças diversas, que permanecem sem diagnose adequada.

Pessoas mais sensíveis, que não conseguem suportar e superar esses fenômenos das pressões constritoras, refugiam-se em ressentimentos que as infelicitam e predispõem-nas a reagir sempre, desferindo dardos venenosos contra aqueles que se lhe transformam em inimigos reais ou imaginários.

Algumas intoxicam-se de mágoas e fenecem. Outras, inconscientemente, tornam-se vítimas de insucessos afetivos, financeiros e sociais. Diversas fracassam na auto-estima, desvalorizando-se e fazendo o jogo da autodestruição.

O ressentimento é responsável por muitas das tragédias do cotidiano.

O ressentimento é tóxico que mata aquele que o carrega. Enquanto vibra na emoção, destrambelha os equipamentos nervosos mais sutis e produz disritmia, oscilação de pressão, disfunções cardíacas.

Não vale a pena deixar-se envenenar pelo ressentimento.

Nem sempre ele se manifesta com expressões definidas, camuflando-se nas fixações mentais e, às vezes, passando despercebido.

Há pessoas ressentidas que se não dão conta.

Um auto-exame enérgico auxiliar-te-á a identificá-lo nos refolhos da alma. Logo depois, prosseguindo na sua busca e análise, descobrirás as suas raízes, quando teve ele início e por que se te instalou no ser, passando a perturbar-te.

Verificarás, surpreso, que és responsável por lhe dares guarida e o vitalizares, deixando-te por ele consumir.

Os indivíduos que te foram cruéis, familiares, conhecidos, mestres, na infância e durante a vida, não tinham nem têm dimensão do que fizeram ou estão a fazer. Sequer se aperceberam dos seus desmandos e incoerências em relação a ti. A seu turno, sofreram as mesmas agressões, quando crianças, e apenas reagem conforme haviam feito outros em relação a eles.

O teu primeiro passo será compreendê-los, considerando-os sem responsabilidade nem esclarecimento, sem má intenção em relação a ti. Mediante tal recurso os compreenderás e os perdoarás posteriormente, liberando-te.

Arrancada a causa injusta do ressentimento, despertarás de imediato em paisagem sem sombras, redescobrindo a vida e desarmando-te em relação às outras pessoas, que antipatizavas ou das quais te mantinhas em guarda.

Ademais, o mal que te façam somente te perturbará se o permitires, acolhendo-o. Em caso contrário, tornará à sua origem.

Vive, pois, sem mágoas.

Depura-te. Ressentimento, nunca.

Psicografia de Divaldo Franco do livro “Momentos de Saúde”.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

SOFRIMENTO

Tema da semana
Os Tormentos Voluntários
De 10/08/2015 a 16/08/2015


Emmanuel

Quando o sofrimento te abale os recessos da própria alma, entrega-te à fé, refugia-te em Deus, pensa em Deus, confia em Deus e espera por Deus, porque, acima de todas tempestades e quedas, tribulações e desenganos, Deus te sustentará.

Com Jesus, a vida adquire novo sentido.

A dificuldade se faz bênção.

Dor é alegria.

Tristeza é a véspera da consolação.

Trabalho é condição de felicidade.

Renúncia é aquisição.

Sacrifício é a estrada para as alturas.

Admira as estrelas, mas não te descuides dos sinais do trânsito.

Todas as formas de beneficência se revestem de grandeza singular, no entanto, aquela em que o amor se exterioriza será sempre a mais alta. Quando irradias semelhante luz, notarás que fulgurações de alegria se te reluzem no íntimo, conquanto encerradas na felicidade interior que nem sempre consegues transferir.

A Eterna Providência nos socorre e abençoa sem metro ou balança.

Criadores do próprio destino, temos em nós o que fazemos de nós.

Aprende a estimar os outros como se te apresentem, sem exigir-lhes mudanças imediatas.
Livro “Caminho Iluminado”, Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier


SOFRIMENTO
Livra-te de ofender,
Se o mal te chama, não vás,
Da falta que se pratique,
Sofrimento vem atrás.
Do livro “Paz e Amor”
Cornélio Pires
Psicografia de Francisco Cândido Xavier