sábado, 30 de junho de 2012

HISTÓRIA LIGEIRA


Tema da semana
Os Trabalhadores da Última Hora”
de 25/06/2012 a 01/07/2012

André Luiz


O candidato ao ministério cristão penetrou o templo do serviço e proclamou-se transformado.

Na primeira semana, afirmou-se favorecido pela divina Luz e, depois de solene profissão de fé, assinalou fronteira entre ele e o pecado, entre a sua perfeição e o mundo envilecido.

Na segunda semana, discursou, ardentemente, conclamando o povo à salvação com o Cristo.

Na terceira, traçou programas e promessas, na esfera da beneficência, mostrando-se inclinado a socorrer infelizes, curar doentes e asilar criancinhas abandonadas.

Na quarta, declarou-se vítima de incompreensão e da discórdia, entre pesadas nuvens de tristeza e insubmissão.

Na quinta, apareceu cansado e desiludido, indicando os males do mundo e os defeitos dos irmãos.

Na sexta, rogou ao Senhor licença para descansar.

Na sétima, deitou-se e dormiu por duzentos anos.

Nesse candidato às bênçãos do Evangelho, temos a história de milhões.

"Muitos chamados, poucos escolhidos".

Oportunidades para todos e serviço de raros.

Em verdade, o Divino Amigo continua curando, levantando, consolando, reanimando e convidando almas para o banquete do Reino de Deus, mas os seguidores e discípulos começam a tarefa mais alta... Pronunciam votos comovedores, gesticulam e ensinam; entretanto, em poucos dias, antes, mesmo de marcharem dez passos, na senda da salvação, reclamam férias espirituais para o repouso de vários séculos.


Do livro "Educandário de luz".
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.



sexta-feira, 29 de junho de 2012

TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA


Tema da semana
Os Trabalhadores da Última Hora”
de 25/06/2012 a 01/07/2012

Momento espírita


Em suas pregações, Jesus utilizou largamente o recurso das parábolas.

Mediante elas ministrou ensinamentos morais a um povo rude, ainda incapaz de assimilar as grandes verdades da vida, em toda a sua pureza.

Sob o véu da alegoria, jazem rutilantes ensinamentos.

Cada qual extrai das parábolas a lição compatível com seu estado evolutivo.

Mas a essência, sempre consistente na necessidade de uma vida honesta e fraterna, é acessível a todos.

À medida que a criatura cresce em compreensão, ela percebe novos desdobramentos de uma mesma passagem evangélica.

Utilizando uma expressão do Cristo, passa a ter olhos de ver.

É muito conhecida a Parábola dos trabalhadores da última hora.

Nela, Jesus fala de um proprietário de vinha que assalariou trabalhadores em diversos momentos do dia.

Ao final, a todos remunerou igualmente.

Assim, quem trabalhou apenas uma hora ganhou o mesmo de quem iniciou a tarefa ao alvorecer.

Proporcionalmente, a remuneração dos últimos contratados foi muito superior à dos primeiros.

Por se tratar de um ensinamento alegórico, dele podem ser extraídas variadas lições.

Um dos enfoques possíveis é comparar os trabalhadores com todos os envolvidos na reforma moral da Humanidade.

Ao longo dos séculos, eles se sucederam.

Foram profetas, legisladores, administradores, juristas e pensadores os mais diversos.

A diferença na remuneração pode ser referida ao resultado obtido com a tarefa.

No princípio, as criaturas eram muito rudes e bastante refratárias aos ensinamentos.

Com o passar dos séculos, foram se tornando mais receptivas e maleáveis.

Hoje, as leis civis implementadas por Moisés parecem bastante severas.

Por exemplo, a regra do olho por olho soa intolerante aos ouvidos do homem moderno.

Mas para a época foi uma grande e importante inovação.

Até então, vigorava a vingança desmedida.

Perante um mal feito, não raro se eliminava não apenas o ofensor, mas toda a sua família.

A proporcionalidade da represália representou um avanço moral.

Como o povo ainda não conseguia perdoar, ao menos se tinha um limite para o revide.

E assim gradualmente a Humanidade evoluiu.

Incontáveis pessoas dedicaram suas vidas a esse mister.

Coisas que hoje parecem naturais são fruto de grandes lutas e renúncias.

Direitos trabalhistas, igualdade entre homens e mulheres e proibição de penas cruéis são alguns exemplos.

Pode-se dizer que os reformistas dos primeiros tempos trabalharam na base do edifício.

Hoje já se atua na cumeeira, na medida em que a Humanidade está pronta para vivenciar a fraternidade.

Notícias sobre atos cruéis e desonestos chocam, pois no íntimo a maioria da população deseja outras vivências.

Em suma, chegou a vez dos trabalhadores da última hora.

É preciso se tomar do ideal de viver em um mundo melhor e agir para que ele se implante na Terra.

Urge que os homens de bem mostrem a força de seu caráter e ocupem espaços.

É necessário que as crianças sejam educadas para amar o trabalho e a honestidade e viver fraternalmente.

Mas, mais do que apenas belos discursos, são necessários exemplos.

A generosa recompensa do esforço será a ventura de viver, e mais tarde renascer, em um mundo justo e fraterno.

Pense nisso.


Redação do momento espírita.




quinta-feira, 28 de junho de 2012

TRANSIÇÃO DO PLANETA


Tema da semana
Os Trabalhadores da Última Hora”
de 25/06/2012 a 01/07/2012

Bezerra de Menezes


"Meus filhos:
Que Jesus nos abençoe

A sociedade terrena vive, na atualidade, um grave momento mediúnico no qual, de forma inconsciente, dá-se o intercâmbio entre as duas esferas da vida. Entidades assinaladas pelo ódio, pelo ressentimento, e tomadas de amargura cobram daqueles algozes de ontem o pesado ônus da aflição que lhes tenham proporcionado. Espíritos nobres, voltados ao ideal de elevação humana sincronizam com as potências espirituais na edificação de um mundo melhor. As obsessões campeiam de forma pandêmica, confundindo-se com os transtornos psicopatológicos que trazem os processos afligentes e degenerativos.

Sucede que a Terra vivencia, neste período, a grande transição de mundo de provas e de expiações para mundo de regeneração.

Nunca houve tanta conquista da ciência e da tecnologia, e tanta hediondez do sentimento e das emoções. As glórias das conquistas do intelecto esmaecem diante do abismo da crueldade, da dissolução dos costumes, da perda da ética, e da decadência das conquistas da civilização e da cultura...

Não seja, pois, de estranhar que a dor, sob vários aspectos, espraia-se no planeta terrestre não apenas como látego mas, sobretudo, como convite à reflexão, como análise à transitoriedade do corpo, com o propósito de convocar as mentes e os corações para o ser espiritual que todos somos.

Fala-se sobre a tragédia do cotidiano com razão.

As ameaças de natureza sísmica, a cada momento tornam-se realidade tanto de um lado como de outro do planeta. O crime campeia a solta e a floração da juventude entrega-se, com exceções compreensíveis, ao abastardamento do caráter, às licenças morais e à agressividade.

Sucede, meus filhos, que as regiões de sofrimento profundo estão liberando seus hóspedes que ali ficaram, em cárcere privado, por muitos séculos e agora, na grande transição, recebem a oportunidade de voltarem-se para o bem ou de optar pela loucura a que se têm entregado. E esses, que teimosamente permanecem no mal, a benefício próprio e do planeta, irão ao exílio em orbes inferiores onde lapidarão a alma auxiliando os seus irmãos de natureza primitiva, como nos aconteceu no passado.

Por outro lado, os nobres promotores do progresso de todos os tempos passados também se reencarnam nesta hora para acelerar as conquistas, não só da inteligência e da tecnologia de ponta, mas também dos valores morais e espirituais. Ao lado deles, benfeitores de outra dimensão emboscam-se na matéria para se tornarem os grandes líderes e sensibilizarem esses verdugos da sociedade.

Aos médiuns cabe a grande tarefa de ser ponte entre as dores e as consolações. Aos dialogadores cabe a honrosa tarefa de ser, cada um deles, psicoterapeutas de desencarnados, contribuindo para a saúde geral. Enquanto os médiuns se entregam ao benefício caridoso com os irmãos em agonia, também têm as suas dores diminuídas, o seu fardo de provas amenizadas, as suas aflições contornadas, porque o amor é o grande mensageiro da misericórdia que dilui todos os impedimentos ao progresso – é o sol da vida, meus filhos, que dissolve a névoa da ignorância e que apaga a noite da impiedade.

Reencarnastes para contribuir em favor da Nova Era.

As vossas existências não aconteceram ao acaso, foram programadas.

Antes de mergulhardes na neblina carnal, lestes o programa que vos dizia respeito e o firmastes, dando o assentimento para as provas e as glórias estelares.

O Espiritismo é Jesus que volta de braços abertos, descrucificado, ressurreto e vivo, cantando a sinfonia gloriosa da solidariedade. Dai-vos as mãos!

Que as diferenças opinativas sejam limadas e os ideais de concordância sejam praticados. Que, quaisquer pontos de objeção tornem-se secundários diante das metas a alcançar.

Sabemos das vossas dores, porque também passamos pela Terra e compreendemos que a névoa da matéria empana o discernimento e, muitas vezes, dificulta a lógica necessária para a ação correta. Mas ficais atentos: tendes compromissos com Jesus...

Não é a primeira vez que vos comprometestes enganando, enganado-vos. Mas esta é a oportunidade final, optativa para a glória da imortalidade ou para a anestesia da ilusão.

Ser espírita é encontrar o tesouro da sabedoria.

Reconhecemos que na luta cotidiana, na disputa social e econômica, financeira e humana do ganha-pão, esvai-se o entusiasmo, diminui a alegria do serviço, mas se permanecerdes fiéis, orando com as antenas direcionadas ao Pai Todo-Amor, não vos faltarão a inspiração, o apoio, as forças morais para vos defenderdes das agressões do mal que muitas vezes vos alcança.

Tende coragem, meus filhos, unidos, porque somos os trabalhadores da última hora, e o nosso será o salário igual ao do jornaleiro do primeiro momento.

Cantemos a alegria de servir e, ao sairmos daqui, levemos impresso no relicário da alma tudo aquilo que ocorreu em nossa reunião de santas intenções: as dores mais variadas, os rebeldes, os ignorantes, os aflitos, os infelizes, e também a palavra gentil dos amigos que velam por todos nós.

Confiando em nosso Senhor Jesus Cristo, que nos delegou a honra de falar em Seu nome, e em Seu nome ensinar, curar, levantar o ânimo e construir um mundo novo, rogamos a Ele, nosso divino Benfeitor, que a todos nos abençoe e nos dê a Sua paz.

São os votos do servidor humílimo e paternal de sempre,

Bezerra."


Mensagem psicofônica de Bezerra de Menezes,
em 13/11/2010, Los Angeles.
Psicofonia de Divaldo Pereira Franco.



quarta-feira, 27 de junho de 2012

TRABALHANDO


Tema da semana
Os Trabalhadores da Última Hora”
de 25/06/2012 a 01/07/2012

Emmanuel

Quando estudamos a lição dos trabalhadores da última hora, nas páginas divinas do Evangelho, recordamos que, realmente, trabalhando, é possível alcançar todas as realizações que nos propomos atingir.
*
Trabalhando, o coração empolgado pelo desânimo, pode converter, de imediato, as trevas da amargura em claridades imperecíveis de alegria e esperança.
*
Trabalhando a criatura frágil, se fortifica, pouco a pouco, dominando o campo em que respira, vive e cresce.
*
Trabalhando, a mente atacada pelo veneno do ódio ou da desesperação, encontra recursos para compreender as próprias lutas, com mais clareza, aprendendo a transformar revolta e fel em paciência e perdão.
*
Trabalhando, a alma isolada pela discórdia, pode surpreender a abençoada luz da harmonia e da paz, depois de longas noites de conflito e agonia.
*
Trabalhando, o mau se faz bom, o adversário se transforma em amigo, o infeliz atinge a casa invisível e brilhante do eterno júbilo.
*
Guardemos a palavra de Jesus e trabalhemos sempre na extensão do bem.

O livro ou o tribunal, a enxada ou a semente aguardam nossos braços, tanto quanto os sábios e os ignorantes esperam por nossa cooperação cada dia.
*
Fujamos às sombras densas e guerras escuras do nosso próprio “eu”, devotando-nos ao serviço de Deus, na pessoa e nos círculos dos nossos semelhantes.
*
Plantando a felicidade dos outros, encontraremos a nossa própria felicidade.

Um anjo que se ponha a dormir num vale, tentado pelo perfume das flores efêmeras, pode repousar indefinidamente nas trevas, enquanto que o aleijado que se disponha a arrastar-se, sangrando o corpo e cobrindo-se de suor, na subida do monte, pode alcançar a glória do cimo e banhar-se de sublimes clarões, antes dos que dormem, com a graça divina da gloriosa alvorada...
*
Os últimos serão os primeiros- disse o Senhor!

Em verdade, será difícil a compreensão de semelhante ensino para a nossa lógica habitual, entretanto, se vives servindo, compreenderás que o trabalho realmente pode operar o divino milagre.

De "Alma e Luz", de Francisco Cândido Xavier

terça-feira, 26 de junho de 2012

TRABALHO DE ÚLTIMA HORA


Tema da semana
Os Trabalhadores da Última Hora”
de 25/06/2012 a 01/07/2012

Joanna de Ângelis

A pretexto de cansaço ou necessidade urgente de repouso, não postergues a ensancha abençoada do trabalho que agora te chega, na Vinha do Senhor.

O trabalho do bem não apenas engendra o progresso, mas estatui a paz. Dínamo gerador do desenvolvimento e estímulo da ordem, o trabalho é

manifestação de sabedoria, desde que o esforço encetado se dirija à execução superior.

Sejam quais forem as circunstâncias, reverencia o trabalho como meio e meta para a harmonia íntima e o equilíbrio externo.

Enquanto trabalhas, olvidas problemas e superas limitações, consubstancializas ideais e incrementas a felicidade. Em retribuição, a atividade ordeira te proporciona esperanças, modificando as paisagens por mais complexas e pressagas se te apresentem.

*

Convidado à Seara do Senhor não examines dificuldades nem recalcitres ante as necessidades urgentes com que depares.

Mediante a operação socorrista na lavoura dos corações, lograrás vantajosas conquistas contra os contumazes verdugos do espírito: egoísmo, paixão, ódio que dormem ou que se agitam nos dédalos da vida mental.

Quase sempre ajudas com a esperança de imediata retribuição e reages porque não recebes em seguida...

Consideras as circunstâncias em que os outros atuam e conferes resultados, arbitrando com a visão distorcida do que supões merecer.
A honra do trabalhador, no entanto, se exterioriza pela satisfação do labor executado.

*

O serviço de Deus é comum para todos, facultando operações incessantes com que se pode desenvolver a felicidade na Terra.

Pouco importa a hora que se haja compreendido a significação do divino chamado.
Assim, não te deixes perturbar ante os que estão à frente, nem lamentes os que seguem à retaguarda.

Importa-te em proceder com dedicação desde hoje, aqui e agora. Descobre uma dentre as mil maneiras de atuar edificando e serve, atendendo o chamado do Senhor, que prossegue aguardando os que desejam trabalhar na Sua vinha.

Nenhum olhar para trás, nenhuma medida de distância à frente.

Os últimos chamados, qual o que ocorre contigo, receberão a recompensa prometida, não obstante o pouco tempo de que disponham para trabalhar com Jesus e por Jesus.

Psicografia de Divaldo Franco do livro Leis Morais da Vida

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Presença do Codificador


Tema da semana
Os Trabalhadores da Última Hora”
de 25/06/2012 a 01/07/2012

Allan kardec

OS TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA

1. O reino dos céus é semelhante a um pai de família que saiu de madrugada, a fim de assalariar trabalhadores para a sua vinha. - Tendo convencionado com os trabalhadores que pagaria um denário a cada um por dia, mandou-os para a vinha. - Saiu de novo à terceira hora do dia e, vendo outros que se conservavam na praça sem fazer coisa alguma, - disse-lhes: Ide também vós outros para a minha vinha e vos pagarei o que for razoável. Eles foram. - Saiu novamente à hora sexta e à hora nona do dia e fez o mesmo. - Saindo mais uma vez à hora undécima, encontrou ainda outros que estavam desocupados, aos quais disse: Por que permaneceis aí o dia inteiro sem trabalhar? - É, disseram eles, que ninguém nos assalariou. Ele então lhes disse: Ide vós também para a minha vinha.

Ao cair da tarde disse o dono da vinha àquele que cuidava dos seus negócios:
Chama os trabalhadores e paga-lhes, começando pelos últimos e indo até aos primeiros.

- Aproximando-se então os que só à undécima hora haviam chegado, receberam um denário cada um. - Vindo a seu turno os que tinham sido encontrados em primeiro lugar, julgaram que iam receber mais; porém, receberam apenas um denário cada um. - Recebendo-o, queixaram-se ao pai de família, - dizendo: Estes últimos trabalharam apenas uma hora e lhes dás tanto quanto a nós que suportamos o peso do dia e do calor.

Mas, respondendo, disse o dono da vinha a um deles: Meu amigo, não te causo dano algum; não convencionaste comigo receber um denário pelo teu dia? Toma o que te pertence e vai-te; apraz me a mim dar a este último tanto quanto a ti. - Não me é então lícito fazer o que quero? Tens mau olho, porque sou bom?
Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos, porque muitos são os chamados e poucos os escolhidos. (S. MATEUS, cap. XX, vv. 1 a 16. Ver também: “Parábola do festim das bodas”, cap. XVIII, nº 1.)

sábado, 23 de junho de 2012

RESIGNAÇÃO


Tema da semana
Educação dos Sentimentos”
de 18/06/2012 a 24/06/2012

Joanna de Ângelis

Na atual conjuntura intelectual do planeta e considerando-se o clima de rebeldia que irrompe virulenta por toda a parte, a resignação para os aficionados da violência e do prazer é manifestação patológica que tipifica as personalidades anômalas.

Diante do conceito disparatado e frágil, muitos se auto-afirmam pelos desmandos, quando convidados às paisagens da reflexão, pelo sofrimento, gerando males muito mais danosos do que aqueles dos quais pretendem fugir - Porque os seus planos colimam resultados diversos aos que aguardavam, atiram-se ao desalento, quando não partem para as reações abastardantes da crueldade ou do cinismo.

Se as enfermidades chegam, exasperam-se, bandeando para a revolta, intoxicando-se interiormente com as emanações venenosas do inconformismo. Quando os insucessos lhes drenam as ambições desmedidas, desgarram-se para os "sonhos róseos" dos estupefacientes e barbitúricos.

Diante das necessárias provações que os colocariam nas corretas engrenagens da máquina da vida, vituperam, ferozes e se destroçam nos abusos do sexo e do álcool, em dissipações inomináveis a que se arrojam. Suas resistências são todas comandadas pelos impulsos da ira ou da insatisfação, distantes das reações construtivas da inteligência que discerne, lógica e produz.

A resignação para eles é cobardia moral no entanto, fogem à realidade até que a desencarnação os surpreende tardiamente com as realidades verdadeiras da vida, das quais se afastaram, encetando a partir daí longos períodos de sombra, dor e desassossego inimaginável.
*
Tu que ouviste a voz da mansuetude do Cristo e que te encorajaste face à grandeza da sua vida, resigna-te, fortalecendo o ânimo, ante qualquer cometimento que te produza dor e que seja rotulado como desgraça ou infortúnio.

Nada ocorre por capricho pernicioso da vida. Recebemos conforme damos, assim como colhemos consoante a qualidade dos grãos que ensementamos.

Resignação significa coragem e força na voragem do desespero. Somente os cristãos autênticos e os homens possuidores de elevados ideais se fazem capazes de resignar-se quando o desalento e a alucinação já se apossaram de outros seres.

Os que se encastelam nas chacinas e nos desvãos da anarquia, dizendo-se superiores, são meninos medrincas, que não dispõem de energias para se reorganizarem e prosseguirem na atitude reta.

Se te convidam ao revide - resigna-te e ora.

Se te convocam ao ódio - resigna-te e confia.

Se te afrontam com agressões - resigna-te e agradece a Deus.

Os dias sempre e inevitavelmente se sucedem para bons e maus, e ninguém se eximirá jamais ao amanhã que a todos alcança, refletindo na claridade forte e pujante do tempo a manifestação - resposta dos nossos atos nas mesmas expressões com que desde hoje as produzimos.

Resignação, também, é vida, e vida abundante, na direção da vida eterna.
*
"Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei." Mateus: capítulo 11º, versículo 28.
*
"O sentimento do dever cumprido vos dará repouso ao Espírito e resignação. O coração bate então melhor, a alma se asserena e o corpo se forra aos desfalecimentos, por isso que o corpo tanto menos forte se sente, quanto mais profundamente golpeado é o Espírito". - O ESPÍRITO DE VERDADE. (Havre, 1863). Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo 6º - Item 8.

Do livro “Florações evangélicas”.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco





sexta-feira, 22 de junho de 2012

VINGANÇA ALIENANTE


Tema da semana
Educação dos Sentimentos”
de 18/06/2012 a 24/06/2012

Joanna de Ângelis

Remanesce, como vestígio do primarismo, em a natureza humana, o mórbido costume da vingança.

Presença do rancor nos sentimentos asselvajados, programa o desforço e aguarda o momento para desferir o golpe certeiro contra quem não espera o atentado vil.

Cavilosamente, o vingador maquina a agressão, comprazendo-se, antecipadamente, com a surpresa dorida de que será objeto aquele a quem detesta.

Quando se sente superior em força e oportunidade, esmaga o adversário, cortando-lhe o passo de acesso a qualquer libertação.

Se é fraco - e todo aquele que se vinga, é doente e frágil - urge com falsidade a trama que envolverá o desafeto, ferindo-lhe o mais profundo do ser.

Às vezes fica, a distância, usufruindo o gozo, ante o sofrimento daquele a quem odeia.

Em circunstâncias diferentes, desnuda o caráter e revela-se ao tombado, informando-lhe haver produzido o desastre, por tal ou qual motivo, que traz à tona, alegrando-se com a amargura que vê estampada na face do vencido.
*
A vingança se manifesta, no entanto, de várias outras formas sutis, não, porém, menos danosas.

Impossibilitada de eliminar o rival diretamente, apunhá-la-lhe a alma com a calúnia, que ao outro infelicita as horas, trazendo-lhe amargura e dor; abre-lhe abismos, mediante a cizânia que o arroja ao poço da vergonha e da aflição; prepara armadilhas morais que lhe arruínam a dignidade e lhe envilecem a conduta; inspira suspeitas que lhe corroem a estrutura do comportamento, deixando-o com insegurança e mal-estar; espreita-lhe o passo e não perde ocasião de o humilhar ou de levá-lo ao ridículo, sempre encontrando forma de malsinar-lhe as horas...
*
A vingança é alta expressão de covardia moral, compreensível e desculpável por ser reflexo de morbidez e alienação mental, inspirando piedade em razão dos danos que sobre si mesmo acumula o seu agente.
O vingador é um ser sempre infeliz e atormentado. Mesmo quando logra o seu intento não se satisfaz, porque se descobre vazio e sem objetivos.
*
Envolve-te na luz da caridade e espraia-a até aqueles que se vingam, evitando também derrapares, quando ferido, na treva densa da vingança onde o ódio se homizia e aguarda.

Do livro “Luz da esperança”.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco


quinta-feira, 21 de junho de 2012

ÓDIO: ENFERMIDADE DA ALMA


Tema da semana
Educação dos Sentimentos”
de 18/06/2012 a 24/06/2012

Joanna de Ângelis

O Ódio é fogo devastador que consome as reservas do sentimento humano.
Lavra, rápido, depois que a chispa do desiquilíbrio se transforma em labaredas vorazes, atingindo quanto se lhe antepõe à combustão.

Aloja-se na mente atormentada que o agasalha e o vitaliza com o combustível da insensatez.

Enfermidade da alma, contamina muitos daqueles que se lhe acercam, em razão das ondas mefíticas que irradia.

Jaz no recesso das emoções descontroladas e dorme no egoísmo avassalador que somente a si se atribui direitos e merecimentos. Irrompe sob pretextos falsos e justifica-se através de ardis, que são os interesses inconfessáveis de que se nutre.

A inveja, o despeito, a mágoa,o ciúme, o orgulho, a prepotência, desencadeiam-no, por serem decorrência da inferioridade moral da criatura, no estágio primevo da evolução.

Inicia-se com a ira, robustece-se com o hábito da cólera, e domina.

Os fracos, aparentemente fortes, são lhe os melhores candidatos, em razão dos conflitos, recalques e complexos de inferioridade que padecem e ocultam sob as reações morais e físicas da violência.

Enquanto viger no coração humano esse adversário cruel, a humanidade estará a braços com os sofrimentos individuais, de grupos, massas e nações.

Os heróis, os santos, os sábios e os mártires conheceram-lhe de perto a ação nefanda, padecendo as artimanhas com que se disfarça para atingir as suas metas inferiores.

Sócrates não se pôde furtar à inveja dos apaniguados do ódio.

Jesus não se importou de sofrer a sanha do despeito farisaico que sustentava o ódio.

João Huss, por desacreditar a mentira, ardeu nas chamas do ódio,que o comburiram na fogueira.

Leymarie, confiando na justiça, foi arrojado ao cárcere, pelo preconceito que esconde a virose do ódio.

Gandhi, padeceu a infâmia que o ódio articula e teve o corpo abatido…

A relação é expressiva e vem atravessando os séculos enriquecida por vândalos e psicopatas, nobres e plebeus que se ergueram e se celebrizaram pela loucura que o ódio acelera.

Não obstante, a maior vítima do ódio é aquele que o carrega.

Vivendo-lhe a constrição ultrajante torna-se infeliz e contagia de mal todos quantos lhe experimentam a convivência.

Há, no mundo, os que odeiam porque se não resolvem amar, porquanto o amor é o antídoto dessa enfermidade que mata expressivo número de vítimas, que são todos aqueles que lhe permitem a contaminação.

É grande o número dos desajustados pelo ódio no mundo!

Ao primeiro sinal da presença do ódio em ti, reage com resolução firme.

Não acalentes a ideia do desforço, nem agasalhes os sentimentos da mágoa.

Todo mal é prejudicial àquele que o aciona; portanto, não te deixes atingir. Se tombares na revolta, ferido pela ira, refunde as tuas forças na oração e desculpa o ofensor,passando a amá-lo a distância, sem entrar em sintonia com a atitude infeliz que o outro haja tido em relação a ti.

No algodão do amor, todo ódio morre asfixiado pelas vibrações da piedade fraternal para com o ofensor.

Psicografia de Divaldo Franco do livro Momentos de Renovação
Fonte: http://www.spiritismo.de/odio.htm

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Paciência


Tema da semana
Educação dos Sentimentos”
de 18/06/2012 a 24/06/2012

Joanna de Ângelis

Virtude que escasseia, a paciência é de relevante importância para os cometimentos expressivos a que te propões. Sem ela, a irritação comanda os feixes nervosos, e de desequilíbrios imprevisíveis irrompem na máquina física, comprometendo toda e qualquer realização. Não se considerando os casos de desarmonia procedente de matrizes patológicas, todo homem pode e deve cultivar a paciência. E mesmo quando acoimado por enfermidades que o afetam no equilíbrio emocional, através de contínuos esforços consegue resignação ante a dor, que é uma das mais expressivas manifestações da paciência.

Mediante exercícios regulares de reflexão e contenção dos impulsos da personalidade inferior, plasmarás condicionamentos íntimos, que imprimem calma e equilíbrio, culminando em harmonia interior, geradora da paciência. Indubitavelmente, realização tal não se lobriga num só passo, sob impulso momentâneo.

Surge o embrião, molécula a molécula. Constrói-se a máquina, peça a peça. Realiza-se a obra, tarefa a tarefa. Da mesma forma, nos empreendimentos morais, só através da perseverança, num programa feliz de segura urdidura, realizarás os misteres a que te propões. A paciência, assim conseguida, conferirá salutares recursos para o enobrecimento espiritual daquele que a cultiva. Consequência do cansaço, do marasmo, da rotina, a irritabilidade significa sinal vermelho na tarefa que executas. Indispensável vigiar-lhe o surgimento.

Sutil, explode, de quando em quando, repetindo-se o clima de irascibilidade, que toma as paisagens da ação, estabelecendo nefanda presença, contumaz e enfermiça. A paciência, ao contrário, resiste às más circunstâncias e às tediosas ocorrências. É confiante, gentil, otimista, sem que deixe de ser responsável, séria, recatada. Suporta vicissitudes com galhardia e não esmorece quando os resultados demoram a expressar-se. Espera com coragem e não desfalece. Dessa forma, policia as reações íntimas e observa como te encontras. Caso te sintas portador de constante mau humor, estás necessitando do auxílio da paciência, a fim de refundires o ânimo, renovares conceitos e atividades, orando, com a sede de quem, urgentemente, precisa da água da paz. Não te deixes amargar pela revolta interior ou esmagar pela irritabilidade. Recorre à paciência, sempre e em qualquer situação, e ela te ajudará a servir, amar e aguardar amanhã o que hoje se te afigura improvável ou irreversível... A paciência é, também, irmã da fé, porquanto, todo aquele que crê, espera e confia tranquilamente.

Psicografia de Divaldo Franco do livro Celeiro de Bênçãos

terça-feira, 19 de junho de 2012

DESCRIÇÃO DE JÚPITER

Mensagem especial da semana (longa mas vale a pena ler)
Allan Kardec
Conversas Familiares de Além-Túmulo
Bernard Palissy (9 de março de 1858) 

Nota: Sabíamos, por evocações anteriores, que Bernard Palissy, o célebre oleiro do século XVI, habita Júpiter. As respostas seguintes confirmam, por todos os pontos, o que em diversas ocasiões nos foi dito sobre esse planeta, por outros Espíritos e atras de diferentes médiuns. Pensamos que serão lidas com interesse, a título de complemento do quadro que traçamos em nosso último número. Fato notável, a identidade que apresentam com as descrições anteriores é, no mínimo, uma presunção de exatidão.

1. Onde te encontraste ao deixares a Terra?
Resp. Nela ainda me demorei.

2. Em que condições estavas aqui?
Resp. Sob os traços de uma mulher amorosa e devotada; era apenas uma missão.

3. Essa missão durou muito?
Resp. Trinta anos.

4. Lembra-te do nome dessa mulher?
Resp. É obscuro.

5. A estima em que o tidas tuas obras te agrada? E isso te compensa dos sofrimentos que suportaste?
Resp. Que me importam as obras materiais de minhas mãos? O que me importa é o sofrimento que me elevou.

6. Com que objetivo traçaste, pelas mãos do Sr. Victorien Sardou, os desenhos admiráveis que nos deste sobre o planeta Júpiter, onde habitas?
Resp. Com o fim de inspirar o desejo de vos tornardes

7. Desde que vens com frequência a esta Terra que habitaste tantas vezes, deves conhecer bastante o seu estado físico e moral para que possas estabelecer uma comparação entre ela e Júpiter; rogamos-te, pois, nos esclareças sobre diversos pontos.
Resp. Ao vosso globo venho apenas como Espírito; o Espírito o tem mais sensações materiais.

ESTADO FÍSICO DO GLOBO

8. Pode-se comparar a temperatura de Júpiter à de uma de nossas latitudes?
Resp. Não; ela é suave e temperada; sempre igual, enquanto a vossa varia. Lembrai dos Campos Elísios que vos foram descritos.

9. O quadro que os Antigos nos deram dos Campos Elísios resultaria do conhecimento intuitivo que possuíam de um mundo superior, tal como Júpiter, por exemplo?
Resp. Do conhecimento positivo; a evocação permanecia nas mãos dos sacerdotes.

10. A temperatura varia segundo as latitudes, como na Terra?
Resp. o.

11. Conforme nossos cálculos, o Sol deve aparecer aos habitantes de Júpiter sob um ângulo muito pequeno e, em consequência, dar-lhes pouca luz. Podes dizer-nos se a intensidade da luz é ali igual à da Terra ou se é menos forte?
Resp. – Júpiter é envolvido por uma espécie de luz espiritual que mantém relação com a essência de seus habitantes. A luz grosseira de vosso Sol não foi feita para eles.

12. Há uma atmosfera?
Resp. Sim.

13. A atmosfera de Júpiter é formada dos mesmos elementos que a atmosfera terrestre?
Resp. – Não; os homens o o os mesmos; suas necessidades mudaram.

14. Existem água e mares?
Resp. Sim.

15. A água é formada dos mesmos elementos que a nossa?
Resp. Mais etérea.

16. Há vulcões?
Resp. Não; nosso globo o é atormentado como o vosso; , a Natureza o teve suas grandes crises; é a morada dos bem-aventurados; nele, a matéria mal existe.

17. As plantas m analogia com as nossas?
Resp. Sim, mas o mais belas.

ESTADO FÍSICO DOS HABITANTES

18. A conformação do corpo dos habitantes guarda relação com o nosso?
Resp. Sim, é a mesma.

19. Podes dar-nos uma idéia de sua estatura, comparada à dos habitantes da Terra?
Resp. Grandes e bem proporcionados. Maiores que os vossos maiores homens. O corpo do homem é como o molde de seu Espírito: belo, onde ele é bom; o envoltório é digno dele: o é mais uma prisão.

20. Lá os corpos o opacos, diáfanos ou translúcidos?

Resp. Há uns e outros. Uns m tal propriedade; outros m outra, conforme sua destinação.

21. Concebemos isso para os corpos inertes, mas nossa questão refere-se aos corpos humanos.
Resp. O corpo envolve o Espírito sem o ocultar, como um nue u lançado sobre uma estátua. Nos mundos inferiores o invólucro grosseiro oculta o Espírito a seus semelhantes; mas os bons nada m a esconder: podem ler no coração uns dos outros. Que aconteceria se assim fosse na Terra?

22. Há sexos diferentes?
Resp. Sim; há sexo por toda parte onde existe a matéria; é uma lei da matéria.

23. Qual a base da alimentação dos habitantes? É animal e vegetal, como aqui?
Resp. Puramente vegetal; o homem é o protetor dos
animais.

24. Foi-nos dito que eles absorvem uma parte de sua alimentação do meio ambiente, do qual aspiram as emanações; isso é exato?
Resp. Sim.

25. Comparada à nossa, a duração da vida é mais longa ou mais curta?
Resp. Mais longa.

26. Qual é a duração média da vida?
Resp. Como medir o tempo?

27. Não podes tomar um de nossos séculos por termo de comparação?
Resp. Creio que mais ou menos cinco séculos.

28. O desenvolvimento da infância é proporcionalmente mais rápido que o nosso?
Resp. O homem conserva a sua superioridade; a infância o comprime sua inteligência nem a velhice a extingue.

29. Estão os homens sujeitos a doenças?
Resp. o estão sujeitos aos vossos males.

30. A vida está dividida entre a vigília e o sono?
Resp. Entre a ação e o repouso.

31. Poderias dar-nos uma ideia das diversas ocupações dos homens?
Resp. Seria preciso dizer muito. Sua principal ocupação é encorajar os Espíritos que habitam os mundos inferiores a perseverarem no bom caminho. o havendo entre eles infortúnio a aliviar, o procurá-los onde existe sofrimento; o os Espíritos bons que vos sustentam e vos atraem ao bom caminho.

32. Ali se cultivam certas artes?
Resp. Lá elas o inúteis. As vossas artes o brinquedos que distraem vossas dores.

33. A densidade específica do corpo humano permite- lhe transportar-se de um lugar a outro, sem ficar, como aqui, preso ao solo?
Resp. Sim.

34. Experimenta-se ali o tédio e o desgosto da vida?
Resp. Não; o desgosto da vida o prom senão do desprezo de si mesmo.

35. Sendo menos denso do que os nossos, o corpo dos habitantes de Júpiter é formado de matéria compacta e condensada, ou de matéria vaporosa?

Resp. Compacta para nós; mas o o seria para vós: é menos condensada.

36. O corpo, considerado como feito de matéria, é impenetrável?
Resp. Sim.

37. Seus habitantes m uma linguagem articulada, como a nossa?
Resp. Não; entre eles há comunicação de pensamentos.

38. A segunda vista é, como nos disseram, uma faculdade normal e permanente entre vós?
Resp. Sim, o Espírito o tem entraves; nada se lhe oculta.


39. Se ao Espírito nada se oculta, conhece, pois, o futuro?
Referimo-nos aos Espíritos encarnados em Júpiter.
Resp. O conhecimento do futuro depende da perfeição do Espírito; tem menos inconvenientes para s do que para vós; é- nos mesmo necessário, até certo ponto, para a realização das missões que devemos executar; mas, daí a dizer que conhecemos o futuro, sem restrição, seria colocar-nos na mesma posição que Deus.

40. Podeis revelar-nos tudo quanto sabeis sobre o futuro?
Resp. Não; esperai até que tenhais merecido sabê-lo.

41. Comunicai-vos com os outros Espíritos mais facilmente do que o fazeis conosco?
Resp. Sim! sempre: o existe mais a matéria entre eles e s.

42. A morte inspira o horror e o pavor que provoca entre nós?
Resp. Por que seria apavorante? O mal já o existe
entre s. Só o mau encara o seu último momento com pavor: ele teme o seu juiz.

43. Em que se transformam os habitantes de Júpiter após a morte?
Resp. Crescem sempre em perfeição, sem mais terem que sofrer provas.

44. Não haverá, em Júpiter, Espíritos que se submetam a provas para cumprirem uma missão?
Resp. Sim, mas o se trata mais de uma prova; só o amor do bem os leva a sofrer.

45. Podem falir em suas missões?
Resp. o, visto que o bons; o há fraqueza senão onde há defeito.

46. Poderias nomear alguns dos Espíritos habitantes de Júpiter que cumpriram uma grande missão na Terra?
Resp. o Luís.

47. Poderias indicar outros?
Resp. Que vos importa? Há missões desconhecidas que o m por objetivo senão a felicidade de um ; o, por vezes, maiores: e o mais dolorosas.

OS ANIMAIS

48. O corpo dos animais é mais material que o dos homens?
Resp. Sim; o homem é o rei, o Deus terrestre.

49. Entre os animais há os que o carvoros?
Resp. Os animais o se estraçalham entre si; vivem todos submetidos ao homem, amando-se mutuamente.

50. Mas o haverá animais que escapem à ação do homem, como os insetos, os peixes, os pássaros?
Resp. Não; todos lhe o úteis.

51. Disseram-nos que os animais o os servidores e os operários que executam os trabalhos materiais, constroem as habitações, etc; isso é verdade?
Resp. Sim; o homem o se rebaixa mais para servir ao seu semelhante.

52. Os animais servidores estão ligados a uma pessoa ou a uma família, ou o tomados e trocados à vontade, como aqui?
Resp. Todos se ligam a uma família particular; mudais mais, para achar um melhor.

53. Vivem os animais servidores em estado de escravidão ou de liberdade? o uma propriedade ou podem mudar de dono à vontade?
Resp. Eles lá se encontram em estado de submissão.

54. Os animais trabalhadores recebem uma remuneração qualquer por seus esforços?
Resp. o.

55. As faculdades dos animais desenvolvem-se por uma espécie de educação?
Resp. Eles o fazem por si mesmos.

56. Os animais m uma linguagem mais precisa e mais caracterizada que a dos animais terrestres?
Resp. Certamente.

ESTADO MORAL DOS HABITANTES

57. As habitações de que nos deste uma amostra por teus desenhos estão reunidas em cidades, como aqui?
Resp. Sim; os que se amam se reúnem; só as paixões estabelecem a solidão em torno do homem. Se, ainda mau, procura este seu semelhante, que para ele o é senão um instrumento de dor, por que o homem puro e virtuoso fugiria do seu irmão?

58. Os Espíritos o iguais ou de diferentes graduações?
Resp. De diversos graus, mas da mesma ordem.

59. Rogamos que te reportes à escala espírita que demos no segundo número da Revista, e que nos digas a que ordem pertencem os Espíritos encarnados em Júpiter.
Resp. Todos bons, todos superiores; por vezes o bem desce até o mal; mas o mal jamais se mistura ao bem.

60. Os habitantes formam diferentes povos, como na Terra?
Resp. Sim; mas todos se unem entre si pelos laços do amor.

61. Sendo assim, as guerras o desconhecidas?
Resp. Pergunta inútil.

62. Na Terra poderá o homem alcançar suficiente grau de perfeição que o isente das guerras?
Resp. Seguramente alcançará; a guerra desaparecerá com o egoísmo dos povos e à medida que compreenderem melhor a fraternidade.

63. Os povos o governados por chefes?
Resp. Sim.

64. Em que se baseia a autoridade dos chefes?
Resp. No seu grau superior de perfeição.

65. Em que consiste a superioridade e a inferioridade dos Espíritos em Júpiter, considerando-se que todos o bons?
Resp. – Eles m maior ou menor cabedal de conhecimentos e experiência; depuram-se, à medida que se esclarecem.

66. Como na Terra, há povos mais ou menos avançados do que outros?
Resp. Não; mas os há em diversos graus.

67. Se o povo mais avançado da Terra se visse transportado para Júpiter, que posição ocuparia?
Resp. A dos vossos macacos.

68. Lá os povos o governados por leis?
Resp. Sim.

69. Há leis penais?
Resp. o há mais crimes.

70. Quem faz as leis?
Resp. Deus as faz.

71. Há ricos e pobres, isto é, homens que vivem na abundância e no supérfluo, e outros a quem falta o necessário?
Resp. Não; todos o irmãos; se um possuísse mais que o outro, com este dividiria; o seria feliz quando seu iro se privasse do necessário.

72. De acordo com isso, as fortunas seriam iguais para todos?
Resp. Eu o disse que todos sejam ricos no mesmo grau; perguntastes se haveria os que possuem o supérfluo e outros a quem faltasse o necessário.

73. Essas duas respostas nos parecem contraditórias; Pedimos que estabeleças a concordância entre elas.
Resp. A ninguém falta o necessário; ninguém possui o supérfluo, ou seja, a fortuna de cada um está em relação com a sua condição. Estais satisfeitos?

74. Agora compreendemos; mas perguntamos, ainda, se aquele que tem menos o é infeliz, relativamente àquele que tem mais?
Resp. o pode ser infeliz, desde que o é invejoso nem ciumento. A inveja e o ciúme fazem mais infelizes que a miséria.

75. Em que consiste a riqueza em Júpiter?
Resp. Que vos importa?

76. Há desigualdades sociais?
Resp. Sim.

77. Sobre o que se fundam tais desigualdades?
Resp. Sobre as leis da sociedade. Uns o mais ou menos avançados em perfeição. Os que o superiores exercem sobre os outros uma espécie de autoridade, como um pai sobre os filhos.

78. As faculdades do homem se desenvolvem pela educação?
Resp. Sim.

79. Pode o homem adquirir bastante perfeição na Terra para merecer passar imediatamente a Júpiter?
Resp. Sim, mas na Terra o homem é submetido a imperfeições, a fim de estar em relação com os seus semelhantes.

80. Quando um Espírito que deixa a Terra deve reencarnar-se em Júpiter, fica errante durante algum tempo até encontrar o corpo ao qual deverá se unir?
Resp. Ele o é durante certo tempo, até que se tenha liberado das imperfeições terrestres.

81. Há várias religiões?
Resp. Não; todos professam o bem e todos adoram um único Deus.

82. Há templos e um culto?
Resp. - Por templo há o coração do homem; por templo o bem que ele faz.