Tema da semana
“Educação dos
Sentimentos”
de 18/06/2012 a
24/06/2012
Joanna de Ângelis
O Ódio é fogo
devastador que consome as reservas do sentimento humano.
Lavra, rápido, depois
que a chispa do desiquilíbrio se transforma em labaredas vorazes,
atingindo quanto se lhe antepõe à combustão.
Aloja-se na mente
atormentada que o agasalha e o vitaliza com o combustível da
insensatez.
Enfermidade da alma,
contamina muitos daqueles que se lhe acercam, em razão das ondas
mefíticas que irradia.
Jaz no recesso das
emoções descontroladas e dorme no egoísmo avassalador que somente
a si se atribui direitos e merecimentos. Irrompe sob pretextos falsos
e justifica-se através de ardis, que são os interesses
inconfessáveis de que se nutre.
A inveja, o despeito,
a mágoa,o ciúme, o orgulho, a prepotência, desencadeiam-no, por
serem decorrência da inferioridade moral da criatura, no estágio
primevo da evolução.
Inicia-se com a ira,
robustece-se com o hábito da cólera, e domina.
Os fracos, aparentemente
fortes, são lhe os melhores candidatos, em razão dos conflitos,
recalques e complexos de inferioridade que padecem e ocultam sob as
reações morais e físicas da violência.
Enquanto viger no coração
humano esse adversário cruel, a humanidade estará a braços com os
sofrimentos individuais, de grupos, massas e nações.
Os heróis, os santos, os
sábios e os mártires conheceram-lhe de perto a ação nefanda,
padecendo as artimanhas com que se disfarça para atingir as suas
metas inferiores.
Sócrates não se pôde
furtar à inveja dos apaniguados do ódio.
Jesus não se importou de
sofrer a sanha do despeito farisaico que sustentava o ódio.
João Huss, por
desacreditar a mentira, ardeu nas chamas do ódio,que o comburiram na
fogueira.
Leymarie, confiando na
justiça, foi arrojado ao cárcere, pelo preconceito que esconde a
virose do ódio.
Gandhi, padeceu a infâmia
que o ódio articula e teve o corpo abatido…
A relação é expressiva
e vem atravessando os séculos enriquecida por vândalos e
psicopatas, nobres e plebeus que se ergueram e se celebrizaram pela
loucura que o ódio acelera.
Não obstante, a maior
vítima do ódio é aquele que o carrega.
Vivendo-lhe a
constrição ultrajante torna-se infeliz e contagia de mal todos
quantos lhe experimentam a convivência.
Há, no mundo, os que
odeiam porque se não resolvem amar, porquanto o amor é o antídoto
dessa enfermidade que mata expressivo número de vítimas, que são
todos aqueles que lhe permitem a contaminação.
É grande o número dos
desajustados pelo ódio no mundo!
Ao primeiro sinal da
presença do ódio em ti, reage com resolução firme.
Não acalentes a ideia
do desforço, nem agasalhes os sentimentos da mágoa.
Todo mal é
prejudicial àquele que o aciona; portanto, não te deixes atingir.
Se tombares na revolta, ferido pela ira, refunde as tuas forças na
oração e desculpa o ofensor,passando a amá-lo a distância, sem
entrar em sintonia com a atitude infeliz que o outro haja tido em
relação a ti.
No algodão do amor,
todo ódio morre asfixiado pelas vibrações da piedade fraternal
para com o ofensor.
Psicografia de Divaldo
Franco do livro Momentos de Renovação
Fonte:
http://www.spiritismo.de/odio.htm
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