quinta-feira, 30 de abril de 2015

Pensamentos

Tema da semana
Pensamento
De 27/04/2015 a 03/05/2015

Joanna de Ângelis


A ação do pensamento sobre a saúde é incontestável. Vejamos alguns exemplos: a  ansiedade  estimula  a  secreção  de  adrenalina,  que  sobrecarrega o sistema nervoso e o descontrola; o  pessimismo  perturba  o  aparelho  digestivo  e  produz  distúrbios gerais; o medo, a revolta, são agentes de úlceras gástricas e duodenais de curso largo.

Da mesma forma, a tranquilidade, o otimismo, a coragem, são estimulantes que trabalham pela harmonia emocional e orgânica, produzindo salutares efeitos na vida.

O homem se torna o que pensa, portanto, o que quer.

Os pensamentos emitidos atraem ou sintonizam outros semelhantes,  nas  mesmas  faixas  de  ondas  mentais  por  onde  transitam as aspirações e os estados psíquicos de toda a Humanidade.

Adicionados a estes, temos as mentes dos desencarnados que se  intercomunicam  com  os  homens,  vibrando  nos  climas  que  lhes são afins.

*

Acostuma-te a pensar de forma edificante. Assume uma postura vitoriosa.

Atrai pensamentos salutares.

O cérebro é antena que emite vibrações e as capta incessantemente.

Irradia  ideias  do  bem,  do  progresso,  da  paz,  e  captarás,  por sintonia, equivalentes estímulos para o teu bem.

Quem pensa em derrota, já perdeu uma parte da luta por empreender.

Quem  cultiva  o  insucesso,  dificilmente  enfrentará  os  desafios para a vitória.

*

A  cada  momento  adicionas  experiências  novas  às  tuas  conquistas.

A  todo  instante  pensa  corretamente  e  somarás  força  psíquica para o êxito da tua reencarnação.

Psicografia de Divaldo Franco do livro “Episódios Diários”

PENSAMENTO

[...] É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual.


Referência:KARDEC, Allan. A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo. Trad. de Guillon Ribeiro da 5a ed. francesa. 48a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - cap. 14, it. 14

sábado, 25 de abril de 2015

Mediunidade Responsável

Vianna de Carvalho


Sutilmente vai-se popularizando uma forma lamentável de revelação mediúnica, valorizando as questões perturbadoras que devem receber tratamento especial, ao invés de divulgação popularesca de caráter apocalíptico.

Existe um atavismo no comportamento humano em torno do Deus temor que Jesus desmistificou, demonstrando que o Pai é todo Amor, e que o Espiritismo confirma através das suas excelentes propostas filosóficas e ético-morais, o qual deve ser examinado com imparcialidade.

Doutrina fundamentada em fatos, estudada pela razão e lógica, não admite em suas formulações esclarecedoras quaisquer tipos de superstições, que lhe tisnariam a limpidez dos conteúdos relevantes, muito menos ameaças que a imponham pelo temor, como é habitual em outros segmentos religiosos.

Durante alguns milênios o medo fez parte da divulgação do Bem, impondo vinganças celestes e desgraças a todos aqueles que discrepassem dos seus postulados, castrando a liberdade de pensamento e submetendo ao tacão da ignorância e do primitivismo cultural as mentes mais lúcidas e avançadas...

O Espiritismo é ciência que investiga e somente considera aquilo que pode ser confirmado em laboratório, que tenha caráter de revelação universal, portanto, sempre livre para a aceitação ou não por aqueles que buscam conhecer-lhe os ensinamentos. Igualmente é filosofia que esclarece e jamais apavora, explicando, através da Lei de Causa e Efeito, quem somos, de onde viemos, para onde vamos, porque sofremos, quais são as razões das penas e das amarguras humanas... De igual maneira, a sua ética-moral é totalmente fundamentada nos ensinamentos de Jesus, conforme Ele os enunciou e os viveu, proporcionando a religiosidade que integra a criatura na ternura do seu Criador, sendo de simples e fácil formulação.

Jamais se utiliza das tradições míticas greco-romanas, quais as das Parcas, sempre tecendo tragédias para os seres humanos, ou de outras quaisquer remanescentes das religiões ortodoxas decadentes, algumas das quais hoje estão reformuladas na apresentação, mantendo, porém, os mesmos conteúdos ameaçadores. De maneira sistemática e contínua, vêm-se tornando comuns algumas pseudorrevelações alarmantes, substituindo as figuras mitológicas de Satanás, do Diabo, do Inferno, do Purgatório, por Dragões, Organizações demoníacas, regiões punitivas atemorizantes, em detrimento do amor e da misericórdia de Deus que vigem em toda parte.

Certamente existem personificações do Mal além das fronteiras físicas, que se comprazem em afligir as criaturas descuidadas, assim como lugares de purificação depois das fronteiras de cinza do corpo somático, todos, no entanto, transitórios, como ensaios para a aprendizagem do Bem e sua fixação nos painéis da mente e do comportamento.

O Espiritismo ressuscita a esperança e amplia os horizontes do conhecimento exatamente para facultar ao ser humano o entendimento a respeito da vida e de como comportar-se dignamente ante as situações dolorosas. As suas revelações objetivam esclarecer as mentes, retirando a névoa da ignorância que ainda permanece impedindo o discernimento de muitas pessoas em torno dos objetivos essenciais da existência carnal.

Da mesma forma como não se deve enganar os candidatos ao estudo espírita, a respeito das regiões celestes que os aguardam, desbordando em fantasias infantis, não é correto derrapar nas ameaças em torno de fetiches, magias e soluções miraculosas para os problemas humanos, recorrendo-se ao animismo africanista, de diversos povos e às suas superstições. No passado, em pleno período medieval, as crenças em torno dos fenômenos mediúnicos revestiam-se de místicas e de cerimônias cabalísticas, propondo a libertação dos incautos e perversos das situações perniciosas em que transitavam.

O Espiritismo, iluminando as trevas que permanecem dominando incontáveis mentes, desvela o futuro que a todos aguarda, rico de bênçãos e de oportunidades de crescimento intelecto-moral, oferecendo os instrumentos hábeis para o êxito em todos os cometimentos.

A sua psicologia é fértil de lições libertadoras dos conflitos que remanescem das existências passadas, de terapêuticas especiais para o enfrentamento com os adversários espirituais que procedem do ontem perturbador, de recursos simples e de fácil aplicação.

A simples mudança mental para melhor proporciona ao indivíduo a conquista do equilíbrio perdido, facultando-lhe a adoção de comportamentos saudáveis que se encontram exarados em O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, verdadeiro tratado de eficiente psicoterapia ao alcance de todos que se interessem pela conquista da saúde integral e da alegria de viver.

Após a façanha de haver matado a morte, o conhecimento do Espiritismo faculta a perfeita integração da criatura com a sociedade, vivendo de maneira harmônica em todo momento, onde quer que se encontre, liberada de receios injustificáveis e sintonizada com as bênçãos que defluem da misericórdia divina.

A mediunidade, desse modo, a serviço de Jesus, é veículo de luz, de seriedade, dignificando o seu instrumento e enriquecendo de esperança e de felicidade todos aqueles que se lhe acercam.

Jamais a mediunidade séria estará a serviço dos Espíritos zombeteiros, levianos, críticos contumazes de tudo e de todos que não anuem com as suas informações vulgares, devendo tornar-se instrumento de conforto moral e de instrução grave, trabalhando a construção de mulheres e de homens sérios que se fascinem com o Espiritismo e tornem as suas existências úteis e enobrecidas.

Esses Espíritos burlões e pseudossábios devem ser esclarecidos e orientados à mudança de comportamento, depois de demonstrado que não lhes obedecemos, nem lhes aceitamos as sugestões doentias, mentirosas e apavorantes com as histórias infantis sobre as catástrofes que sempre existiram, com as informações sobre o fim do mundo, com as tramas intérminas a que se entregam para seduzir e conduzir os ingênuos que se lhes submetem facilmente...

O conhecimento real do Espiritismo é o antídoto para essa onda de revelações atemorizantes, que se espalha como um bafio pestilencial, tentando mesclar-se aos paradigmas espíritas que demonstraram desde o seu surgimento a legitimidade de que são portadores, confirmando o Consolador que Jesus prometeu aos seus discípulos e se materializou na incomparável Doutrina.

Ante informações mediúnicas desastrosas ou sublimes, um método eficaz existe para a avaliação correta em torno da sua legitimidade, que é a universalidade do ensino, conforme estabeleceu o preclaro Codificador.

Desse modo, utilizando-se da caridade como guia, da oração como instrumento de iluminação e do conhecimento como recurso de libertação, os adeptos sinceros do Espiritismo não se devem deixar influenciar pelo moderno terrorismo de natureza mediúnica, encarregado de amedrontar, quando o objetivo máximo da Doutrina é libertar os seus adeptos, a fim de os tornar felizes.


Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, no dia 7 de dezembro de 2009, durante o período de realização do XVII Congresso Espírita Nacional, em Calpe, Espanha.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Expiação

Tema da semana
Expiação
De 20/04/2015 a 26/04/2015

Joanna de Ângelis


Derreados e vencidos pelas constrições dos sofrimentos excruciantes, parecem abandonados... Cegos carregando a surdez e silenciados no impedimento da palavra, dão a impressão de con- denados... Paralíticos em deplorável conjuntura, sob o constrangimento de limites que o camartelo do destino impôs, antes que os membros se movimentassem... Alienados que transitam por paisagens tristes e tormentosas, sem esperança, em alucinações indizíveis... Criaturas com distrofias de várias formas e doenças de muitos nomes sob o implacável jugo do sofrimento, como se estivessem esquecidas... Angústias e distonias, incapacidades e distúrbios, histerismo e misérias múltiplas, dizimando vítimas inermes que lhes caem nas malhas, em contínuo, espraiando-se entre os homens...

E tantos outros processos regenerativos, em nome da Legislação Superior, fazem os trânsfugas e infratores expiarem, através do cadinho da carne, os incontáveis crimes a que se entregaram, infrenes. Recomeçam na linha da agonia que sofrem, em decorrência da impiedade que impuseram.

Refazem o caminho sobre os pélagos que eriçaram nas águas da existência planetária. Não estão, porém, à mercê do abandono, mas sob a assistência corretiva da Justiça.

O fruto podre reproduz a planta mediante a semente sadia aproveitada. A água lodosa recupera a limpidez no filtro que a purifica. Brilha a pedra sob o buril lapidador. Modela-se o ferro, em brasa viva, ante a ação contínua do malho e da bigorna.

Fracassando na prova escolhida, retorna o calceta pela expiação remissora. O suicida rebelde recomeça com a agonia a que se impôs levianamente e de que se desejava liberar... O homicida covarde  retorna  sob  as dilacerações  que  produziu  na  vida  que tomou nas mãos criminosas...

Cada agressor, desta ou daquela natureza, todo burlador reiterado da verdade, volve ao palco da ilusão carnal, em condição carcerária para refletir e recuperar, preparando, na masmorra que elaborou para o próprio insulamento, os futuros dias claros de esperança e ação relevante que virão.

Diante deles, os irmãos que expiam, reflete e refaze tuas atitudes, aproveitando o ensejo de que dispões para a elaboração dos felizes dias porvindouros. Se expias, agradece a Deus e confia no amanhã. Como são bem-aventurados os justos e os bons, os piedosos e os mansos, os misericordiosos e os pacíficos, também o são aqueles que se recuperam, sob a sujeição divina, sem revoltas nem mágoas, começando desde agora a libertação que anseiam e por que lutam.

Psicografia de Divaldo Franco do livro “Celeiro de Bênçãos”

EXPIAÇÃO E REENCARNAÇÃO
Cornélio Pires

Pedimos o dom da dor
Que ninguém acolhe em vão
Por guia da própria vida,
No rumo da perfeição.

Dois grupos que assassinavam
Com fogo em carros na estrada,
Faleceram noutro corpo
Numa loja incendiada.

Desastres, calamidades,
Dos quais a lei não se priva,
Constituem pagamento
Em provação coletiva.

Por Zena, João matou Nico
E desposou-a depois...
Mas Nico voltou a eles
É o caçula deles dois.

Inimigo do passado
Perseguia Gabriela.
No ajuste das próprias contas
Ele agora é filho dela.

Livro Coisas deste Mundo
Psicografia Chico Xavier


sábado, 18 de abril de 2015

Obsessão na Mediunidade

Vianna de Carvalho

Escolho à educação e ao exercício da mediunidade, a obsessão é vérmina a corroer o organismo emocional e físico da criatura humana.

Somente ocorre a parasitose obsessiva quando existe o devedor que se lhe torna maleável, na área da consciência culpada, que sente necessidade de recuperação.

Conservando a matriz da inferioridade moral no cerne do ser, o espírito devedor faculta a vinculação psíquica da sua antiga vítima, que se lhe torna, então, cruel cobardor, passando à posição de verdugo alucinado.

Estabelecida a sintonia, o vingador ensandecido passa a administrar, por usurpação, as energias que absorve e lhe sustentam o campo vibratório no qual se movimenta.

A obsessão é obstáculo à correta educação da mediunidade e ao exercício edificante, face à instabilidade e insegurança de que se faz portadora.

A síndrome obsessiva, no entanto, revela a presença da faculdade mediúnica naquele que sofre o constrangimento espiritual dos maus espíritos, pois estes somente a exercem como expressão da ignorância e loucura de que se fazem objeto, infelizes que também o são nos propósitos que alimentam e nas ações que executam.

A desorientação mediúnica, em razão de uma prática irregular, faculta obsessões por fascinação e subjugação a longo prazo, de recuperação difícil, quando não irreversível...

Nesse sentido, a parasitose obsessiva pode, após demorado curso, dar lugar à distonia nervosa, o que facilita a instalação da loucura em suas variadas manifestações.

No princípio, a obsessão pode ser confundida com alguma dessas manifestações psicopatológicas, tais a neurose, a psicose, e, às vezes, a esquizofrenia...

É necessário muito cuidado para uma diagnose exata nessa área, pois que a fronteira entre uma dessas perturbações mentais e a interferência espiritual deletéria é muito sutil.

Não é, porém, a mediunidade que responde pela eclosão do fenômeno obsessivo. Aliás, através do cultivo correto das faculdades mediúnicas é que se dispõe de um dos antídotos eficazes para esse flagelo, porquanto por meio delas se manifestam os perseguidores desencarnados, que se desvelam e vêm esgrimir as falsas razões nas quais se apoiam , buscando justificar a insânia.

Será, todavia, a transformação pessoal e moral do paciente que lhe concederá a recuperação da saúde mental, libertando-o do cobrador desnaturado.

O processo de reequilíbrio, porém, é lento, exigindo altas doses de paciência e de amor por parte do enfermo, como daqueles que lhe compartilham a experiência afetiva, social, familiar.

Sujeita a recidivas, como é compreensível, gera desconforto e desânimo, levando, desse modo, os que nela se encontram incursos ao abandono da terapia refazente, à desistência da luta, entregando-se, sem qualquer resistência, e deixando-se consumir.

Não se manifesta, entretanto, a alienação por obsessão exclusivamente no exercício da mediunidade, sendo comum a sua ocorrência em pessoas totalmente desinformadas e desconhecedoras dos mecanismos da sensibilidade psíquica... Iniciando-se o processo com sutileza ou irrompendo com violência, torna-se o indivíduo, após corrigida a desarmonia, portador de faculdades mediúnicas que jaziam em latência, graças às quais aquela se pôde manifestar.

Seja, porém, qual for o processo através de cujo mecanismo se apresente, a obsessão resulta da identificação moral de litigantes que se encontram na mesma faixa vibratória, necessitados de reeducação, amor e elevação.

A mediunidade constitui abençoado meio para evitar, corrigir e sanar os processos obsessivos, quando exercida religiosamente, isto é, com unção, com espírito de caridade, voltada para a edificação do “Reino de Deus” nas mentes e nos corações.

Nenhum médium, todavia, ou melhor dizendo, pessoa alguma está indene a padecer de agressões obsessivas, cabendo a todos a manutenção dos hábitos salutares, da vigilância moral e da oração mediante as ações enobrecidas, graças aos quais se adquirem resistências e defesas para o enfrentamento com as mentes doentias e perversas que pululam na erraticidade inferior e se opõem ao progresso do homem, portanto, da humanidade.

Esse comércio psíquico pernicioso, o da obsessão, é muito mais expressivo entre os homens e os espíritos desencarnados doentes do que se supõe, merecendo o estudo e a atenção daqueles que se interessam por equacionar os graves problemas que perturbam a economia emocional e moral da sociedade.

A obsessão, no exercício da mediunidade, é alerta que não pode ser desconhecido, constituindo chamamento à responsabilidade e ao dever.

Mesmo Jesus, o Médium Superior e Irretocável, viu-se a braços com obsessores, obsidiados e tentações promovidas por mentes perversas do além-túmulo, para as quais a Sua foi sempre a atitude de amor, energia e caridade, encaminhando-os ao Pai, de Quem procedem todas as mercês e dádivas.

Psicografia de Divaldo Franco do livro Médiuns e Mediunidade


quinta-feira, 16 de abril de 2015

QUEIXA E REENCARNAÇÃO

Tema da semana
Queixa
De 13/04/2015 a 19/04/2015

Joanna de Ângelis


O homem somente possui motivos para agradecer e louvar, jamais para queixar-se.

Se lhe falta a saúde, mediante o conhecimento da reencarnação sabe que expunge delitos cometidos em existência anterior contra o equilíbrio orgânico ou psíquico, de cuja falta ora se ressente.

Se experimenta a dificuldade financeira, pelo mesmo descobre que a escassez atual é decorrência do desperdício a que antes se entregou, levianamente.

Se recolhe calhaus e espinhos pela senda por onde peregrina, constata que a semeadura é sempre responsável pela colheita.

Se carpe amargura e abandono, detecta que tem aquilo que negou a outros corações quando lhe buscaram socorro e companhia.

Se vive sob os camartelos da aflição íntima, sem bálsamo que lhe minimize a agonia dilaceradora, percebe que repara exigências descabidas que lesaram vidas e as exauriram sob injunções perversas.

Para cada situação amarga defronta análoga dívida pretérita responsável pela situação hoje existente.

No entanto, são incontáveis os dons e os valores de que desfruta.

A reencarnação é a resposta para todas as ocorrências da vida humana.

Crescendo através de etapas, o Espírito é o responsável por todas as manifestações de felicidade ou de desdita que o surpreendem no processo evolutivo.

Queixar-se, portanto, é atitude negativa, anestesiante, mecanismo de evasão da responsabilidade.

Cabe a cada um corrigir o erro pela realização operante no bem.

A função básica do conhecimento é a libertação da ignorância com a consequente responsabilidade moral.

Quem sabe, melhor avança, mais seguro se movimenta.

O conhecimento Espírita, por sua vez, possui a superior característica de mudar para melhor a estrutura moral e emocional da criatura, a fim de que esta logre vencer os testes da evolução, a que todos são submetidos, no processo natural de crescimento interior e aquisição de paz.

Psicografia de Divaldo Franco do livro “Vigilância”


QUEIXA

[...] A queixa, a lamentação, a autopiedade são lixo mental que deve ser atirado fora, antes que intoxique aquele que o conserva como resíduo danoso. [...]

Referência: FRANCO, Divaldo P. Loucura e obsessão. Pelo Espírito Manoel P. de Miranda. 9a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003. - cap. 23


sábado, 11 de abril de 2015

Mistificação na Mediunidade

Vianna de Carvalho

O exercício da mediunidade correta impõe disciplinas que não podem ser desconsideradas, seriedade e honradez que lhe conferem firmeza de propósitos com elevada qualidade para o ministério.

Porque independente dos requisitos morais do intermediário, este há de elevar-se espiritualmente, a fim de atrair as entidades respeitáveis que o podem promover, auxiliando-o na execução do delicado programa a que se deve ajustar.

Pelo fato de radicar-se no organismo, o seu uso há que ser controlado e posto em regime de regularidade, evitando-se o abuso da função, que lhe desgasta as forças mantenedoras, como a ausência da ação, que lhe obstrui mais amplas aptidões que somente se desenvolvem através de equilibrada aplicação.

Face à sintonia psíquica responsável pela atração daqueles que se comunicam, a questão da moralidade do médium é de relevante importância, preponderando, inclusive, sobre os requisitos culturais, porquanto estes últimos podem constituir-lhe uma provocação, jamais um impedimento, enquanto a primeira favorece a união com os espíritos de igual nível evolutivo.

Embora os cuidados que o exercício da mediunidade exige, nenhum sensitivo está isento de ser veículo de burla, de mistificação. Esta pode, portanto, ter várias procedências: a) dos espíritos que se comunicam, denunciando a sua inferioridade e demonstrando falhas no comportamento do medianeiro, que lhes ensejou a farsa; às vezes, apesar das qualidades morais relevantes do médium, este pode ser vítima de embuste, que é permitido pelos seus instrutores desencarnados com o fim de pôr-lhe à prova a humildade, a vigilância e o equilíbrio; b)involuntariamente, quando o próprio espírito do médium não logra ser um fiel intérprete da mensagem, por encontrar-se em aturdimento, com estafa, desgaste e desajustado emocionalmente; c) inconscientemente, em razão da liberação dos arquivos da memória – animismo – ou por captação telepática direta ou indireta; d) por fim, quando se sentindo sem a presença dos comunicantes e sem valor moral para explicar a ocorrência, apela para a mistificação consciente e infeliz, derrapando no gravame moral significativo.

Eis por que o médium se deve preservar dos abusos, não exorbitando das energias que lhe permitem a ação da faculdade, porquanto esta, à semelhança de outra qualquer, sofre as alternâncias do cansaço e do repouso, dá boa ou da má utilização.

A prática mediúnica impõe, como condições ético-morais, o idealismo e a dedicação desinteressada de quaisquer recompensas, pois que o mercantilismo e a simonia transformam-na em campo de exploração perniciosa. Não se beneficiando com as retribuições que são encaminhadas aos médiuns, os espíritos nobres os deixam à própria sorte, sendo assim substituídos pelos interesseiros e vãos, que passam ao comércio das forças psíquicas em processo de vampirismo cruel, terminando por aproximar-se da casa mental do irresponsável, em conúbio danoso. Outras vezes, sentindo-se obrigado a atender o consulente que lhe compra o honorário, o sensitivo assume a responsabilidade da mensagem, mistificando em consciência, na crença de que ao outro está enganando, sem dar-se conta das consequências funestas que o gesto lhe acarreta e que se apresentarão no momento próprio.

A venda, porém, da mediunidade, não se dá, exclusivamente, mediante a moeda de contado, mas, também, através dos presentes de alto preço, da bajulação chula, do destaque vão com que se busca distinguir os médiuns, exaltando-lhes o orgulho e a vacuidade.

É austera e irretocável a recomendação de Jesus quanto ao "dar de graça o que de graça se recebe", valorizando-se o conteúdo da concessão superior, honrando-a com carinho e respeito, em razão da sua procedência, quanto do seu destino.

A mistificação mediúnica de qualquer natureza tem muito a ver com o caráter moral do médium, que, consciente ou não, é responsável pelas ocorrências normais e paranormais da sua existência.

A mediunidade é para ser exercida com responsabilidade e pureza de sentimentos, não se lhe permitindo macular com as enganosas paixões inferiores da condição humana das criaturas.

Com a sua vulgarização e a multiplicação dos médiuns , estes, desejando valorizar-se e dar brilho especial às suas faculdades, apelam para superstições e exotismos do agrado das pessoas frívolas e ignorantes, que os incorporam às suas ações, caindo, desse modo, em mistificações da forma, através dos processos escusos com os quais visam impressionar os incautos.

A prática mediúnica dispensa todo e qualquer rito, indumentária, práxis, condição por estribar-se em valores metafísicos que as formas exteriores não podem alcançar.

O mau uso da faculdade mediúnica pode entorpecê-la e até mesmo fazê-la desaparecer, tornando-se, para o seu portador, um verdadeiro prejuízo, uma rude provação.

Algumas vezes, como advertência, interrompe-se-lhe o fluxo medianímico, e os espíritos superiores, por afeição ao médium, permitem que ele o perceba, a fim de mais adestrar-se, buscando descobrir a falha que propiciou a suspensão e restaurando o equilíbrio; outras vezes, é-lhe concedida com o objetivo de facultar-lhe algum repouso e refazimento.

A mistificação é um dos graves escolhos à mediunidade, todavia, fácil de se evitar, como de se identificar.

A convivência com o médium dará ao observador a dimensão dos seus valores morais, e será por estes que se poderá medir a qualidade e as resistências mediúnicas do mesmo, a possibilidade dele ser vítima ou responsável por mistificações.

Psicografia de Divaldo Franco do livro “Médiuns e Mediunidade”

quinta-feira, 9 de abril de 2015

ANSIEDADE

Tema da semana
Ansiedade
De 06/04/2015 a 12/04/2015

Joanna de Ângelis


Característica de identificação do homem de fé é a paz de espírito. A crença honesta propicia equilíbrio, fomentando a harmonia, de que se nutre a criatura no rumo da sua evolução.

A confiança irrestrita em Deus dulcifica o homem, auxiliando-o a compreender os acontecimentos e as realidades da vida, de que se utiliza em forma de experiências promotoras da felicidade.

Num temperamento irrequieto, a fé se assinala pela mudança de atitudes que impõe, desde que se modifica a forma de ver a vida e os seus sucessos, dando a cada coisa e ocorrência o valor exato que se lhe faz correspondente.

Amadurece-lhe o entendimento e o descortino se agiganta, transformando os mecanismos de ação e desenvolvimento da personalidade, que melhor se integra no contexto da sociedade na qual se encontra.

A ansiedade traduz desarmonia interior, insegurança e insatisfação.

É a crença no inconformismo, do qual decorre a incerteza em torno das ocorrências do cotidiano.
O ansioso perturba-se e perturba.

No seu estado de ansiedade, desgasta-se e exaure aqueles que se lhe submetem ou com quem convive.

A ansiedade pode ser considerada como um fenômeno de desequilíbrio emocional.

Littré, o eminente pensador positivista, afirmava que a "inquietação, a ansiedade e a angústia são manifestações de um mesmo estado".

Mediante exercício da vontade e recorrendo-se à terapia especializada, a ansiedade se transforma em clima de paciência, aprendendo a aguardar no tempo, na hora e no lugar próprios, o que deve suceder.

Se experimentas contínuos estados de ansiedade, pára a meditar e propõe-te renovação de conceito espiritual.

Usa o medicamento da fé consoladora e reserva-te a confiança no futuro.

O que não consigas realizar agora, fa-lo-ás depois.

Nem te permitas a negligência perturbadora, nem tampouco a ansiedade desesperada.

Se, todavia, mediante esforço mental na disciplina dos hábitos, não conseguires a paz de espírito porque anelas, recorre aos passes e à prece, que te evitarão a queda no abismo da angústia.

Permanecendo, no entanto, o estado irrefreável da ansiedade, recorre à Ciência Médica para atender aos teus implementos nervosos e auxiliar-te a maquinaria orgânica.

O egoísta faz-se ansioso.

O prepotente, na marcha da volúpia alucinada, vive ansiosamente.

Os triunfadores da ilusão e os arquitetos da mentira tornam-se ansiosos, entre frustrações e medos.

A consciência atormentada pelos remorsos ou estigmatizada pelos erros, sofre de ansiedade.

Todos aqueles que, através da fé legítima, se fixa nos ideais da benemerência e da construção do mundo novo de amanhã, são calmos e confiantes, superando a ansiedade, que somente se lhes instala na emoção quando esta vive o desejo de alcançar o "reino de Deus" pela qual se fascina a luta.

Jesus, por excelência calmo, demonstrou-nos, em todos os instantes do seu messianato, que a ansiedade nEle não encontrou sintonia, marchando sempre sereno em todos os transes, até a Cruz de ignomínia que ele vestiu de luz, prosseguindo na Ressurreição discreta em plenitude de paz e de confiança em Deus, para sempre.

Psicografia de Divaldo Franco do livro “Otimismo”


ANSIEDADE

A ansiedade é inimiga do trabalho frutuoso.

Referência: XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de luz. Pelo Espírito Emmanuel. 24a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. - cap. 19


sábado, 4 de abril de 2015

Mediunidade Responsável

Joanna de Ângelis


Criou-se um conceito infeliz, que se popularizou, a respeito da mediunidade, informando ser uma pesada cruz para os seus portadores.

A partir da informação incorreta, passou-se a temer o desenvolvimento mediúnico por associá-lo às terríveis aflições que acarretaria.

Não poucos candidatos ao ministério mediúnico, por desconhecimento dos valores que tipificam a faculdade, evitam exercitá-la, receando a carga afligente das provações que seriam acrescentadas à existência.

É totalmente destituída de legitimidade a leviana informação, desde que a mediunidade é uma faculdade neutra, por meio da qual se comunicam bons como maus Espíritos, ocorrendo formosos ou aflitivos fenômenos de variado conteúdo.

As dores que parecem acompanhar os médiuns que se afeiçoam ao trabalho do bem na Terra têm a sua origem em suas existências transatas, sem nenhum compromisso com a faculdade.

Caso não exercessem o ministério, os mesmos padecimentos os alcançariam, convocando-os à reparação dos delitos antes perpetrados, em razão da carência afetiva, que lhes não proporcionou a liberação que se dá mediante a ação da solidariedade, do amor, da caridade...

A mediunidade exercida com responsabilidade diminui o resgate daqueles que se encontram comprometidos com as Soberanas Leis, em razão das admiráveis contribuições de que se fazem portadores, atendendo os padecentes de ambas as esferas da vida: a material e a espiritual.

À semelhança de outras faculdades da alma, que o corpo reveste de células para atender aos objetlvos a que se encontram vinculadas, não poucas vezes os seus portadores experimentam os desafios que fazem parte do seu programa evolutivo.

Aceita com naturalidade e de forma consciente, a mediunidade alarga os horizontes da percepção humana a respeito dos valores existenciais, contribuindo com elevação para a compreensão da imortalidade, dos objetivos da jornada física que devem ser realizados cm clima de alegria e de gratidão a Deus.

Facultando a convivência lúcida com os desencarnados, proporciona tranquilidade em torno de todas as ocorrências do carreiro carnal, ensejando entendimento a respeito dos desafios e das dificuldades que se encontram nas experiências evolutivas, responsáveis pela conquista da plenitude, quando superados.

Desse modo, o denominado calvário dos médiuns somente tem lugar quando esses, entregando-se ao ministério com abnegação, padecem as incompreensões que ocorrem sempre quando se apresentam as crises morais, prenunciadoras da transição para mais belas florações do ser humano e da sociedade.

Transformar a atividade num verdadeiro mediunato é o dever de todo aquele que se encontra convocado para exercitar a peregrina faculdade que lhe honra a existência.

Logicamente, transformando-se numa ponte entre as dimensões física e espiritual, desperta a animosidade dos Espíritos infelizes que se comprazem em gerar obstáculos ao progresso geral.

Nada obstante, o seu desempenho fiel e a sua abnegação no desiderato a que se entrega consegue a simpatia dos Espíritos nobres que passam a auxiliá-lo, inspirando-o em todos os lances da trajetória existencial.

Nunca temas o mal!

No exercício saudável da mediunidade responsável, vincula-te ao compromisso de forma dinâmica, conscientizando-te do seu significado, assim como das benesses que podes auferir na execução da atividade iluminativa.

Procura estudar-te de maneira que possas aprofundar observações em torno de quem és, dos teus objetivos essenciais, das tuas reações em relação aos acontecimentos existenciais, a fim de te identificares com a própria realidade.

Mediante esse comportamento, perceberás as influências que procedem dos desencarnados, podendo filtrá-las e exteriorizá-las com fidelidade, sem conflitos internos.

Mergulha o pensamento no estudo da doutrina espirita, ampliando o conhecimento em torno das sábias orientações exaradas por Allan Kardec sob a condução dos guias da humanidade, especialmente contidas em O livro dos médiuns, de maneira que acalmes as ânsias do sentimento e as dúvidas da mente perquiridora.

Considera o impositivo do serviço que deves realizar qual agricultor que, dispondo de uma enxada e do solo adusto, utiliza-a com vigor, tornando-a sempre reluzente e necessária, o que não ocorre quando deixada sem aplicação, sendo consumida pela oxidação e pela ferrugem.

Todo o bem que faças, utilizando as energias mediúnicas, a ti mesmo fará um grande bem.

Não meças distâncias, nem relaciones obstáculos a enfrentar, quando convocado ao formoso labor socorrista, porquanto a qualidade da ação é resultado do empenho e da dedicação daquele que a executa.

Quanto mais te afeiçoes à lavoura da caridade, mais amplos horizontes se te surgirão, auxiliando-te na marcha ascensional.

Mediunidade sem serviço é orquídea bela e inútil, com finalidade apenas decorativa. Quando colocada em favor da caridade é grão de trigo que se transforma em pão nutriente que sustenta muitas vidas...

Desse modo, mediunidade com Jesus é também cruz de elevação que alça ao infinito e liberta do cárcere das limitações.

Quanto mais trabalhes a faculdade, mais eficazes se farão os resultados que pretendes atingir.

Quem veja o diamante reluzente como uma estrela não se lembrará do carvão escuro conforme se apresentava antes da extração e lapidação.

De igual maneira, a dor e o testemunho, na mediunidade responsável, representam os abençoados instrumentos que lapidam a gema que dorme embaixo da escura camada que a envolve...

Quanto mais sejam as aflições, mais compensadores serão os resultados da tua dedicação ao ministério mediúnico.

Não te queixes, portanto, quando convidado aos caminhos silenciosos da renúncia e do sofrimento de que necessitas para reabilitar-te.

Exulta ante a oportunidade iluminativa e faze-te exemplo de coragem para os demais, portadores de frágeis resistências morais.

Não reclames das ocorrências dolorosas, antes agradece-as, porque te chegam diminuídas de intensidade como efeito dos novos tesouros que estás conquistando.

Mediunidade é bênção. Frui-a com alegria, ajudando sempre.

A existência terrena não constitui um passeio ao país da fantasia, embora muitos desavisados assim a considerem.

Assume a responsabilidade de viver dentro dos padrões educativos propostos pelas leis da evolução, colhendo os opimos frutos da harmonia e do bem-estar.

Honrado pela oportunidade de ser operário mediúnico na seara de Jesus, trabalha para corresponderes à expectativa, permanecendo fiel até o fim da jornada, sem angústia nem aflição.

Psicografia de Divaldo Franco do livro “Entrega-te a Deus”


quinta-feira, 2 de abril de 2015

FALSOS PROFETAS

Tema da semana
Missão dos Profetas
De 30/03/2015 a 05/04/2015

Joanna de Ângelis


Caracterizam-se pelo verbalismo exagerado, quando utilizando a instrumentalidade mediúnica. Em arroubos dourados comentam, prolixos, os mais variados temas, não obstante chegarem a conclusão nenhuma.

Cultores da própria vaidade, comprazem-se em estimular o fanatismo exacerbado, utilizando a palavra com habilidade, através de cujo recurso en- corajam   os   sentimentos  infelizes   do   orgulho   entre   os   seus   ouvintes, cumulando-os de referências pomposas embora vazias de significação.

Quando se lhes solicitam esclarecimento ou permitem interrogações à cata de informes com os quais seja possível aquilatar-lhes a evolução, rebelam-se ferozes, dizendo-se feridos nos valores que a si se atribuem, traindo a inferioridade em que se demoram.

Arrogantes, estimam a ignorância presunçosa dominadores e arbitrários, com altas doses de empáfia com que se jactam guias e condutores.

Outras vezes arremetem-se pela seara do profetismo sensacionalista, enveredando pelo terreno das fantasias, tão do gõsto da frivolidade ou da ingenuidade  de  grande  cópia  das  criaturas  humanas.  Tecem  comentários vastos sobre a vida em outros planetas, discorrendo, levianos, temas controvertidos nos quais, sejam quais forem as conclusões da honesta investigação do futuro, dispõem de válvulas para escapatórias vulgares.

Pseudo-sábios  conforme  os  denominou  o  Codificador  do  Espiritismo, quando se percebem suspeitos ante os que os ouvem, não se constrangem de utilizar nomes que exornaram personalidades históricas, sábios ou santos para melhor enganarem os espíritos invigilantes, embora encarnados, que se comprazem na ilusão, distantes da responsabilidade pessoal e intransferível da tarefa de renovação interior.

Falsos profetas da Erraticidade, que são!

A desencarnação não os modificou.

Amantes da ficção e sócios da mentira, quando no corpo somático, prosseguem no engodo a que se permitiram arrastar, sintonizando com outras mentes ociosas do plano físico, a que se vinculam, dando prosseguimento aos programas infelizes que lhes apraz.

Fáceis de identificar, devem evangelicamente receber instrução, advertidos e reprochados fraternalmente.

Às vezes, investem contra grupos respeitáveis, testando a excelência moral dos componentes da atividade espírita em começo - Precipitados, todavia, logo desvelam os propósitos que os inspiram.

* * *
Também os há no plano físico.

Zelosos, passam como fiscais do labor alheio, preocupados em encontrar em tudo e em todos mistificações e mistificadores, com que traem o estado Íntimo.

Acreditam-se encarregados de guardar a Verdade e somente eles a possuem em mais altas expressões, descuidando, como é natural, do próprio comportamento, revelando, assim, nas atitudes apaixonadas e nas posições inamovíveis a que se fixam, a condição de espíritos atormentados, com- panheiros atormentadores.

Confiam nas forças que supõem possuir, jactanciosos, esquecidos de que a
Vinha pertence ao Senhor que labora incessantemente.

Preocupados em descobrir falhas e engodos descuram a atividade nobre de ensinar corretamente, relegando como deveriam os irresponsáveis à Lei que deles se encarregará, fiscalizando-se com maior serenidade, a benefício da Causa ou das Ideias que dizem defender.

Expressam uma classe especial de falsos profetas — são os novos zelotes.

* * *

A mentira, porém, de qualquer procedência, não resiste ao tempo, nem à meridiana luz da autenticidade.

Os que mentem, encarnados ou desencarnados, não desacreditam a verdade: iludem-se, perturbando-se, em decorrência das atitudes e conceitos cultivados.

Por essa razão, ama tu a atitude correta, ora e vigia, para que não sejas vítima daqueles espíritos atormentados e enganadores do Além - Da mesma forma não te faças acusador de ninguém, antes impõe-te a tarefa de proceder com retidão, ensinar com segurança doutrinária e servir sempre, pois que o Senhor até hoje trabalha, sem a excessiva preocupação de eliminar do campo os maus trabalhadores aos quais concede Ele oportunidade e oportunidades, por não desejar que ovelha alguma que o Pai lhe confiou se perca, mas antes seja salva.

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“Meus bem-amados, NÃO CREAIS EM QUALQUER ESPÍRITO; experimentai se os Espíritos são de Deus, porquanto muitos falsos profetas se têm levantado no mundo”.
São João, Epístola 1ª, Capítulo 4º, versículo 1.
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“O Espiritismo revela outra categoria bem mais perigosa de falsos Cristos e de falsos profetas, que se encontram, não entre os homens, mas entre os desencarnados: a dos Espíritos enganadores, hipócritas, orgulhosos e pseudo-sábios, que passaram da Terra para a erraticidade e tomam nomes venerados para, sob a máscara de que se cobrem, facilitarem a aceitação das mais singulares e absurdas ideias”.
Capítulo 21º — Item 7, parágrafo 2.




Psicografia de Divaldo Franco do livro “Florações Evangélicas”

Profeta

[...] enviado de Deus com a missão de instruir os homens e de lhes revelar as coisas ocultas e os mistérios da vida espiritual. Pode, pois, um homem ser profeta, sem fazer predições. [...]

Referência:
KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Trad. de Guillon Ribeiro da 3a ed. francesa rev., corrig. e modif. pelo autor em 1866. 124a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004. - cap. 21, it. 4