quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Corrigenda na visão


Tema da semana
Carregar a cruz. Quem quiser salvar a vida, perde-la-á”
de 28/01/2013 a 03/02/2013

Batuíra

O caminho não pode ser diferente, caminho áspero dos que levam a cruz. Carregar o madeiro dos testemunhos, fitando o céu, mas sob peso e dificuldade. Erguer-se da terra, mas aguentando as cargas que, um dia, devem ficar no mundo, purificadas, luminosas, livres e belas.

Enquanto o combate renteia com adversários visíveis, os movimentos são fáceis, contudo, lá vêm as outras forças difíceis na identificação e por isso se insinuam até mesmo pelos poros da alma, energias imponderáveis que nascem da influenciação daqueles mesmos amigos nossos de ontem que hoje nos desaprovam o anseio de paz e renovação. Mel do passado que o presente nos restitui por vinagre, alegria transfigurada em sofrimento pela corrigenda na visão. Esperemos que eles também vejam – que eles também vejam a verdade e se modifiquem para o bem. As lutas são grandes, convenhamos, entretanto, do fundo de cada problema surge, de inesperado, a Misericórdia Divina.

Do livro “Mais luz”.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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Cruz
Nosso roteiro brilha traçado
nas mãos do Mestre, que, através da Cruz,
materializou a Ressurreição e sublimou o mundo.
André Luiz
Do livro “Dicionário da alma”.
Psicografia de “Francisco Cândido Xavier”.


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Suportar nossa cruz


Tema da semana
Carregar a cruz. Quem quiser salvar a vida, perde-la-á”
de 28/01/2013 a 03/02/2013

Emmanuel

A cruz do Cristo é a do exemplo e do sacrifício, induzindo-nos à subida espiritual, nos domínios da elevação.

A nossa, porém, será, sobretudo, nós em nós mesmo.

Aguentar-nos como temos sido nas múltiplas existências passadas.

Carregar-nos com as imperfeições e dívidas que inadvertidamente acumulamos; entretanto, agradecendo e abençoando a lixívia de suor e pranto no resgate ou na tribulação com que as extirparemos.
*
Em muitos episódios difíceis da existência, consideramos demasiadamente amargo o cálice da prova redentora que se nos destina, mas, de maneira geral, não é a medicação providencial nele contida que nos aflige e sim a nossa própria debilidade em aceita-la.

Em numerosas crises do mundo, julgamos excessivamente pesada a carga dos desenganos que nos fustigam o espírito; no entanto, não é o volume das desilusões educativas, que nos são indispensáveis, aquilo que nos faz vergar os ombros da alma e sim o nosso orgulho ferido a se nos esfoguear por dentro do coração.
*
Suportar a nossa cruz será tolerar as tendências inferiores que ainda nos caracterizam, sem acalenta-las, mas igualmente sem condenar-nos, por isso, diligenciando esgotar em serviço, em paciência, em serenidade e em abnegação a sucata de sombras que ainda transportamos habitualmente no fundo das nossas atividades de auto-aprimoramento ou reabilitação.
*
Chorar, em muitas ocasiões, mas nunca desesperarmos.
Errar ainda vezes muitas, no entanto, retificar-nos, em todos os lances da estrada, tantas vezes quantas se fizerem necessárias.
*
Reconhecer-nos no espelho da própria consciência, resignar-nos com as nódoas e cicatrizes emocionais da culpa que ainda se nos estampam na face espiritual e acatar no trabalho e no sofrimento a presença de cirurgiões divinos, cujo esforço nos regenerará os tecidos sutis da alma, preparando-nos e instruindo-nos para o Mundo Melhor.
*
Suportar nossa cruz jamais será maldize-la ou lamenta-la e sim nos acolher imperfeitos como ainda somos, perante Deus, mas procurando, por todos os meios justos, melhorar-nos e burilar-nos, avançando sempre, mesmo que vagarosamente, milímetro por milímetro, nos caminhos de ascensão para a Vida Eterna.

Do livro “Rumo certo”.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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Cruz
Há difíceis testemunhos?
Não temas perturbações,
Pois toda cruz é caminho
De santas renovações,
Casimiro Cunha
Do livro “Dicionário da alma”.
Psicografia de “Francisco Cândido Xavier”.


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Reino dos Céus


Tema da semana
Carregar a cruz. Quem quiser salvar a vida, perder-la-á
de 28/01/2013 a 03/02/2013


Joanna de Ângelis

Pesquisaste, arrebatado, páginas comoventes e nobres que encerravam a linguagem do Reino dos Céus.

Ouviste expositores fluentes, informando as excelências do Reino dos Céus.

Acompanhaste missionários que erigiram templos onde se pudessem guardar as mensagens do Reino dos Céus.

Meditas, extasiado, sobre as paisagens do Reino dos Céus.

E sonhas, fascinado, ante a esperança de entrares no Reino dos Céus.

Todavia estás na Terra...

Lama e dor em toda parte.

Ignomínia e crime em enxurradas de ódio onde flutuam venenos e pestes.

Mentiras e traições emoldurando as telas mentais dos homens.

E deixas que a amargura vinque a tua face, macerando tua alma...

Desejarias saltar do trampolim da fé as cristas procelosas do oceano dos homens em aflição, atingindo a plataforma celeste, de um só impulso.

Mal sabes que o escritor das páginas impregnadas de beleza sofre também no vale das sombras, sedento de luz.

Ignoras que o pregador carrega urzes no coração e tem as mãos feridas no trato com o trabalho.

Desconheces as lágrimas que se derramam pelas faces dos apóstolos, no labor abençoado.

Não estás informado das distâncias entre o ensino e a ação, nem te percebes de que há muito céu a descobrir nos corações humanos e muita luz a esconder-se nas paisagens da aflição.

O céu do gozo começa na terra do trabalho, como a árvore gigante surge na semente minúscula.

Desdobra as percepções e apura os ouvidos.

Muitos preconizam a paz social em guerrilhas familiares a que se não podem furtar.

Outros ensinam a verdade, utilizando a astúcia, como se a sagacidade fosse o instrumento de manejo nobre a serviço do ideal.

Encontrarás missionários atarefados com as igrejas e almas abandonadas sem pastores nem agasalhos.

Não intentes um paraíso para ti, longe do trabalho fraternal aos irmãos da margem.

Nem acredites em repouso justo sem a contribuição do necessário cansaço.

Há muita felicidade que é ociosidade negativa, como muita expressão que é veneno verbal.

"O Reino de Deus - disse o Mestre - está dentro de vós mesmos."

Atende ao aflito, vigia as tuas atitudes, espalha a luz do entendimento, trabalha sem cansaço, verificando que o terreno desolado, quando arroteado com amor e perseverança, se transforma em jardim colorido e perfumado.

Busca, desse modo, os céus da santificação; primeiro, porém, santifica-te na Terra, transformando-a em bendito pomar de felicidade perene, a um passo da glória da Imortalidade.

Psicografia de Divaldo Franco do livro Messe de Amor
ETERNA CRUZ
Casemiro Cunha

Sobre as lutas da Terra, o Mestre se debruça
E exclama, olhos no céu, amargurado e aflito:
-“Há milênios, meu Pai, que choro no infinito,
Presa aos braços da cruz, minh’alma que soluça...”

Depois, fitando a Terra, eis que o Mestre inda exclama:
-“Amai-vos, meus irmãos! Somente o amor ensina
A encontrar a verdade e a luz pura e divina;
Em verdade, é feliz somente aquele que ama!...”

Em vão, porém, Jesus grita ao mundo a verdade,
No mar da indiferença, a cega humanidade
Não procura a verdade e nem deseja a luz.

Caim devora Abel no caminho escabroso!
Sempre a sede carnal de prazer e de gozo,
E o Mestre continua, em lágrimas, na cruz...

Livro: LIRA IMORTAL - Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos)


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Presença do codificador


Tema da semana
"Carregar a cruz. Quem quiser salvar a vida, perde-la-á"
de 28/01/2013 a 03/02/2013

Allan Kardec

17. Bem-ditosos sereis, quando os homens vos odiarem e separarem, quando vos tratarem injuriosamente, quando repelirem como mau o vosso nome, por causa do Filho do homem. – Rejubilai nesse dia e ficai em transportes de alegria, porque grande recompensa vos está reservada no céu, visto que era assim que os pais deles tratavam os profetas. (S. LUCAS, 6:22 e 23.)

18. Chamando para perto de si o povo e os discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir nas minhas pegadas, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me; – porquanto, aquele que se quiser salvar a si mesmo, perder-se-á; e aquele que se perder por amor de mim e do Evangelho se salvará. – Com efeito, de que serviria a um homem ganhar o mundo todo e perder-se a si mesmo? (S. MARCOS, 8:34 a 36; S. LUCAS, 9:23 a 25; S. MATEUS, 10:38 e 39; S. JOÃO, 12:25 e 26.)

19. “Rejubilai-vos, diz Jesus, quando os homens vos odiarem e perseguirem por minha causa, visto que sereis recompensados no céu.” Podem traduzir -se assim essas verdades: “Considerai-vos ditosos, quando haja homens que, pela sua má vontade para convosco, vos dêem ocasião de provar a sinceridade da vossa fé, porquanto o mal que vos façam redundará em proveito vosso. Lamentai-lhes a cegueira, porém, não os maldigais.”

Depois, acrescenta: “Tome a sua cruz aquele que me quiser seguir”, isto é, suporte corajosamente as tribulações que sua fé lhe acarretar, dado que aquele que quiser salvar a vida e seus bens, renunciando-me a mim, perderá as vantagens do reino dos céus, enquanto os que tudo houverem perdido neste mundo, mesmo a vida, para que a verdade triunfe, receberão, na vida futura, o prêmio da coragem, da perseverança e da abnegação de que deram prova. Mas, aos que sacrificam os bens celestes aos gozos terrestres, Deus dirá: “Já recebestes a vossa recompensa.”

CRUZ
A educação é obra de sacrifício no espaço e no tempo e, atendendo à Divina Sabedoria  que jamais nos situa uns à frente dos outros sem finalidades de serviço e reajustamento, para a vitória do amor amemos nossas cruzes, por mais pesadas e espinhosas que sejam, nelas recebendo as nossas mais altas e mais belas lições.
Emmanuel 
Livro “Dicionário da alma” psicografia de Francisco Cândido Xavier, autores diversos.


sábado, 26 de janeiro de 2013

FÉ E PERSEVERANÇA


Tema da semana
A Fé Religiosa. Condição da Fé inabalável
de 21/01/2013 a 27/01/2013

Meimei

Três rapazes suspiravam por encontrar o Senhor, a fim de fazer-lhe rogativas.

Depois de muitas orações, eis que, certa vez, no campo em que trabalhavam, apareceu-lhes o carro do Senhor, guiado pelos anjos.

Radiante de luz, o Divino Amigo desceu da carruagem e pôs-se a ouvi-los.

Os três ajoelharam-se em lágrimas de júbilo e o primeiro implorou a Jesus o favor da riqueza. 0 Mestre, bondoso, determinou que um dos anjos lhe entregasse enorme tesouro em moedas. 0 segundo suplicou a beleza perfeita e o Celeste Benfeitor mandou que um dos servidores lhe desse um milagroso unguento a fim de que a formosura lhe brilhasse no rosto. O terceiro exclamou com fé:

- Senhor, eu não sei escolher... Dá-me o que for justo, segundo a tua vontade.

O Mestre sorriu e recomendou a um dos seus anjos lhe entregasse uma grande bolsa.

Em seguida, abençoou-os e partiu...

O moço que recebera a bolsa abriu-a, ansioso, mas, oh! Desencanto!... Ela continha simplesmente uma enorme pedra.

Os companheiros riram-se dele, supondo-o ludibriado, mas o jovem afirmou a sua fé no Senhor, levou consigo a pedra e começou a desbastá-la, procurando, procurando...

Depois de algum tempo, chegou ao coração do bloco endurecido e encontrou aí um soberbo diamante. Com ele adquiriu grande fortuna e com a fortuna construiu uma casa onde os doentes pudessem encontrar refúgio e alivio, em nome do Senhor.

Vivia feliz, cuidando de seu trabalho, quando, um dia, dois enfermos bateram a porta. Não teve dificuldade em reconhecê-los. Eram os dois antigos colegas de oração, que se haviam enganado com o ouro e com a beleza, adquirindo apenas doença e cansaço, miséria e desilusão.

Abraçaram-se, chorando de alegria e, nesse instante, o Divino Mestre apareceu entre eles e falou:

- Bem-aventurados todos aqueles que sabem aproveitar as pedras da vida, porque a fé e a perseverança no bem são os dois grandes alicerces do Reino de Deus.

Francisco Cândido Xavier, . Da obra:Pai Nosso. Ditado pelo Espírito Meimei.
ESTUDOS DA FÉ
É do apóstolo Tiago,
No amor com que nos conforta,
Esta sentença de luz:
- “A fé sem obras é morta.”
Casimiro Cunha
Livro "Sorrir e Pensar"
Psicografia Francisco C. Xavier


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Falando de fé


Tema da semana
A Fé Religiosa. Condição da Fé Inabalável”
de 21/01/2013 a 27/01/2013


Na pequena assembleia de gestantes assistidas pela instituição, naquela tarde fria de inverno, uma se destacava.

Apresentava a barriga enorme, denunciando que logo mais daria à luz. E, contudo, mostrava sinais de inquietação no rosto.

Terminada a aula breve e fraterna, a atendente, que descobrira os traços de angústia naquela companheira, se aproximou, buscando saber das razões.

Foi então que a gestante lhe falou que nos próximos dias deveria ter o seu bebê e que estava apavorada. Durante todo o período da gestação se preparara para ter um parto normal.

Entretanto, há quinze dias, o médico lhe informara, depois de uma ecografia, que seu bebê estava sentado e que somente poderia nascer através de uma cesariana, marcando até a data.

Ela estava com muito medo. Tinha um terrível medo de cirurgia e, depois, ela desejava o parto normal, para poder atender mais cedo e melhor seus outros filhos menores.

A atendente a abraçou e conversou com ela longamente. Recordou-lhe as lições que já haviam tido, ali mesmo, naquela instituição.

Lições que falavam da fé e do poder da oração. Que ela tentasse a oração, que falasse com seu bebezinho, pedindo que ele mudasse a posição.

Que falasse com Jesus, o Médico Divino, suplicando auxílio. A gestante olhou meio desconcertada e perguntou: Mas será mesmo que dará resultado?

Vamos orar juntas, desde agora? Convidou a assistente.

Naquele dia, quando se despediu para ir para casa, a gestante acariciou a barriga com carinho especial e sorriu, dizendo:

Eu vou tentar.

Uma semana depois, ela precisou ser levada às pressas para a maternidade. Na madrugada, a bolsa se rompeu e ela entrou em trabalho de parto, antes da hora assinalada pelo médico para a cesariana.

Ela teve medo. E agora? O que iria acontecer?

Chegando ao hospital, atendida de imediato, foi conduzida à sala de parto.

Para surpresa do médico e alívio da mãezinha, o bebê já mostrava a cabecinha despontando, prestes a nascer.

Entre risos e lágrimas de surpresa, gratidão e alívio, a gestante deu à luz a um belo garoto, por parto normal, sem dificuldades.

*   *   *

Nunca desacredites do amparo de Deus. Haja o que houver, permanece confiando.

Se tudo estiver contra ti, se o insucesso te ameaçar com o desespero, ainda aí espera a Divina ajuda.

A lei de Deus é de amor. E o amor tudo pode, tudo faz.

Quando pensares que o socorro não te chegará em tempo, se continuares esperando, descobrirás, alegre, que ele te alcançou minutos antes do desastre.

Ora, confia e não deixes de lutar. Deus vela por ti e guarda a tua vida.

Redação do Momento Espírita, com base em fato narrado por voluntária do grupo de gestantes do Centro Espírita Ildefonso Correia (Curitiba/PR), em reunião de avaliação ocorrida em 15.06.2000 e com pensamentos finais colhidos no cap. CXIII, do livro Vida feliz, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 10.01.2012

Se desejas estender as claridades de tua fé, lembra-te de que o Mestre precisa crescer em teus atos, palavras e pensamentos, no convívio com todos os que te cercam o coração.
Emmanuel
Livro “Dicionário da Alma” psicofrafia de Francisco Cândido Xavier; autores diversos


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

A fé vitoriosa


Tema da semana
A fé religiosa. Condição da fé inabalável”
de 21/01/2013 a 27/01/2013

Neio Lúcio

Destacava André certas dificuldades na expansão dos novos princípios redentores de que o Mestre se fazia emissário e se referia aos fariseus com amargura violenta, concitando os companheiros à resistência organizada.

Jesus, porém, que ouvia com imperturbável tolerância a argumentação veemente, asseverou tão logo se estabeleceu o silêncio:

Nenhuma escola religiosa triunfará com o Pai, ausentando-se do amor que nos cabe cultivar uns para com os outros.

E talvez porque se manifestasse justificada expectativa em torno dos apólogos que a sua divina palavra sabia tecer, contou, muito calmo:

Na época da fé selvagem, três homens primitivos com as suas famílias se localizaram em vasta floresta e, findo algum tempo de convívio fraternal, passaram a discutir sobre a natureza do Criador.

Um deles pretendia que o Todo-Poderoso vivia no trovão, outro acreditava que o Pai residisse no vento e o terceiro, que Ele morasse no Sol.

Todos se sentiam filhos d’Ele, mas queriam à viva força a preponderância individual nos pontos de vista.

Depois de ásperas altercações, guerrearam abertamente.

Um dos três se munira de pesada carga de minério, outro reuniu grande acervo de pedras e o último se ocultara por trás de compacto monte de madeira.

Achas de lenha e rudes calhaus eram as armas do grande conflito.

Invocam todos a proteção do Supremo Senhor para os seus núcleos familiares e empenhavam- se em luta.

E tamanhas foram as perturbações que espalharam na floresta, prejudicando as árvores e os animais que lhes sofreram a flagelação, que o Todo-Compassivo lhes enviou um anjo amigo.

O mensageiro visitou-lhes o reduto, na forma de um homem vulgar, e, longe de retirar-lhes os instrumentos com que destruíam a vida, afirmou que os patrimônios de que dispunham eram todos preciosos entre si, elucidando-os tão-somente de que necessitavam imprimir nova direção às atividades em curso.

Explicou-lhes que os três estavam certos na crença que alimentavam, porque Deus reside no Sol que sustenta as criaturas, no vento que auxilia a Natureza e no trovão que renova a atmosfera.

E, com muita paciência, esclareceu a todos que o Criador só pode ser honrado pelos homens, através do trabalho digno e proveitoso, ensinando o primeiro a transformar os duros fragmentos de minério em utensílios para o trato da terra, nas ocasiões de sementeira; ao segundo, a converter as achas de lenha em peças valiosas ao bem-estar, e, ao terceiro, a utilizar as pedras comuns na edificação de abrigos confortáveis, acrescentando, em tudo, a boa doutrina do serviço pelo progresso e aperfeiçoamento geral.

Os contendores compreenderam, então, a grandeza da fé vitoriosa pela ação edificante, e a discórdia terminou para sempre...

O Mestre fez pequena pausa e aduziu:

Em matéria religiosa, cada crente possui razões respeitáveis e detém preciosas possibilidades que devem ser aproveitadas no engrandecimento da vida e do tempo, glorificando o Pai.

Quando a criatura, porém, guarda a bênção do Céu e nada realiza de bom, em favor dos semelhantes e a benefício de si mesma, assemelha-se ao avarento que se precipita no inferno da sede e da fome, no intuito de esconder, indebitamente, a riqueza que Deus lhe emprestou.

Por isto mesmo, a fé que não ajuda, não instrui e nem consola, não passa de escura vaidade do coração.

Pesado silêncio desceu sobre todos e André baixou os olhos tímidos, para melhor fixar a mensagem de luz.

Do livro “Jesus no lar”.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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Plantemos alegremente
Sob a fé que não descansa,
Bondade, paz, otimismo,
Consolação e esperança.
Casimiro Cunha
Do livro “Dicionário da alma”.
Psicografia de “Francisco Cândido Xavier”.


quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Fé, rogativa e resultado


Tema da semana
A fé religiosa. Condição da fé inabalável”
de 21/01/2013 a 27/01/2013
Emmanuel

Em matéria de fé não te esqueças do esforço na realização que te propões a alcançar.
O lavrador confia na colheita, mas, para isso, não menospreza o próprio suor no arado laborioso, permanecendo em atenciosa vigília, desde os problemas da sementeira às equações do celeiro.

O arquiteto conta materializar a construção que lhe nasce do gênio criativo, porém, para atingi-la, vela pela segurança da obra, desde a base ao teto, consciente de que insignificante erro de cálculo lhe comprometeria o serviço.

O professor conhece os méritos da escola, mas não ignora a necessidade da própria renúncia na formação cultural do discípulo, permanecendo na tarefa assistencial, em favor dele, desde o alfabeto ao título de competência.

O operário espera o vencimento mensal que lhe assegura a subsistência, no entanto, sabe que não pode relaxar os próprios deveres, a fim de que a supervisão do trabalho não exonere ou prejudique.

Fé que apenas brilhe na palavra vazia ou fé parasitaria que somente se equilibra pela influência alheia, nutrindo-se tão somente de promessas brilhantes e relegando a outrem as obrigações que a vida lhe assinala, serão sempre atitudes superficiais daqueles que se infantilizam à frente das responsabilidades que o Senhor confere a cada um de nós.

Aceitemos o imperativo de nossa própria renovação com o Cristo, se realmente buscamos um clima de elevação à própria existência.

Tracemos nosso ideal superior, utilizando nossas melhores esperanças, todavia, não nos esqueçamos de transpirar no esforço próprio, doando nossas forças na edificação que pretendemos buscar, porque a fé em si constitui dinamismo atuante de nossas energias, condicionado à forma e à natureza de nossas orações ou de nossos desejos, impondo-nos, inevitavelmente, o resultado das ações que nos são próprias, seja na luza redentora do bem ou na treva escravizante do mal.

Do livro “Fé, paz e amor”.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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Mantenhamos nossa fé,
por lâmpada acesa no óleo
de nosso próprio sacrifício.
E em meio do combate da
purificação esperemos por Deus,
cujos desígnios justos exprimem
sempre o melhor em nossas experiências.
Isabel Campos
Do livro “Dicionário da alma”.
Psicografia de “Francisco Cândido Xavier”.


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Fé Inabalável


Tema da semana
A Fé Religiosa. Condição da Fé inabalável
de 21/01/2013 a 27/01/2013

Joanna de Ângelis

Allan Kardec afirmou: Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade.

Acreditar em Deus, na imortalidade do Espírito, na excelência dos postulados da reencarnação e permitir-se abater quando convidado à0 demonstração da capacidade de resistência, é lamentável queda na leviandade ou clara demonstração de que a fé não é real...

Permitir-se depressão porque aconteceram fenômenos desagradáveis e até mesmo desestruturadores do comportamento, significa não somente debilidade emocional que apenas tem fortaleza quando não há luta, mas também total falta de confiança em Deus.

Quando a fé é raciocinada, estribada nas reflexões profundas em torno dos significados existenciais, tem capacidade para enfrentar os problemas e solucioná-los sem amargura nem conflito, para atender as situações penosas com tranquilidade, porque identifica em todas essas situações as oportunidades de crescimento interior para o encontro com a VERDADE.

O conhecimento do Espiritismo liberta a consciência da culpa, o indivíduo de qualquer temor, facultando-lhe uma existência risonha com esperança e realizações edificantes pelos atos. Não apenas enseja as perspectivas ditosas do porvir, mas sobretudo ajuda a trabalhar o momento em que se vive, preparando aquele que virá".

Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Atitudes Renovadas
ESTUDOS DA FÉ
Avanço claro e profundo
Que não sofre marcha ré:
É todo passo no mundo
Que envolva a busca de fé.
Silveira Carvalho
Livro "Sorrir e Pensar"
Psicografia Francisco C. Xavier

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Presença do codificador


Tema da semana
A Fé Religiosa. Condição da Fé Inabalável”
de 21/01/2013 a 27/01/2013


Allan Kardec

6. Do ponto de vista religioso, a fé consiste na crença em dogmas especiais, que constituem as diferentes religiões. Todas elas têm seus artigos de fé. Sob esse aspecto, pode a fé ser raciocinada ou cega. Nada examinando, a fé cega aceita, sem verificação, assim o verdadeiro como o falso, e a cada passo se choca com a evidência e a razão. Levada ao excesso, produz o fanatismo. Em assentando no erro, cedo ou tarde desmorona; somente a fé que se baseia na verdade garante o futuro, porque nada tem a temer do progresso das luzes, dado que o que é verdadeiro na obscuridade, também o é à luz meridiana. Cada religião pretende ter a posse exclusiva da verdade; preconizar alguém a fé cega sobre um ponto de crença é confessar-se impotente para demonstrar que está com a razão.

7. Diz-se vulgarmente que a fé não se prescreve, donde resulta alegar muita gente que não lhe cabe a culpa de não ter fé. Sem dúvida, a fé não se prescreve, nem, o que ainda é mais certo, se impõe. Não; ela se adquire e ninguém há que esteja impedido de possuí-la, mesmo entre os mais refratários. Falamos das verdades espirituais básicas e não de tal ou qual crença particular. Não é à fé que compete procurá-los; a eles é que cumpre ir -lhe ao encontro e, se a buscarem sinceramente, não deixarão de achá-la. Tende, pois, como certo que os que dizem: “Nada de melhor desejamos do que crer, mas não o podemos”, apenas de lábios o dizem e não do íntimo, porquanto, ao dizerem isso, tapam os ouvidos. As provas, no entanto, se multiplicam ao seu redor; por que, pois se recusam em vê-las? descaso; da de outros, o temor de serem forçados a mudar de hábitos; da parte da maioria, há o orgulho, negando-se a reconhecer a existência de uma força superior, porque teria de curvar -se diante dela.

Em certas pessoas, a fé parece de algum modo inata; uma centelha basta para desenvolvê-la. Essa facilidade de assimilar as verdades espirituais é sinal evidente de anterior progresso. Em outras pessoas, ao contrário, elas dificilmente penetram, sinal não menos evidente de naturezas retardatárias. As primeiras já creram e compreenderam; trazem, ao renascerem, a intuição do que souberam: estão com a educação feita; as segundas tudo têm de aprender: estão com a educação por fazer. Ela, entretanto, se fará e, se não ficar concluída nesta existência, ficará em outra.

A resistência do incrédulo, devemos convir, muitas vezes provém menos dele do que da maneira por que lhe apresentam as coisas. A fé necessita de uma base, base que é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. E, para crer, não basta ver; é preciso, sobretudo, compreender. A fé cega já não é deste século, tanto assim que precisamente o dogma da fé cega é que produz hoje o maior número dos incrédulos, porque ela pretende impor-se, exigindo a abdicação de uma das mais preciosas prerrogativas do homem: o raciocínio e o livre-arbítrio. É principalmente contra essa fé que se levanta o incrédulo, e dela é que se pode, com verdade, dizer que não se prescreve. Não admitindo provas, ela deixa no espírito alguma coisa de vago, que dá nascimento à dúvida. A fé raciocinada, por se apoiar nos fatos e na lógica, nenhuma obscuridade deixa. A criatura então crê, porque tem certeza, e ninguém tem certeza senão porque compreendeu. Eis porque não se dobra. Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em  todas as épocas da Humanidade.

A esse resultado conduz o Espiritismo, pelo que triunfa da incredulidade, sempre que não encontra oposição sistemática e interessada.

A fé persiste, constantemente nova, rejuvenescida a cada hora que passa, transpondo as barreiras dos anos, imortalizada, porque é emanação divina que o espírito auxilia e absorve.
Ferraz de Macedo
Livro “Dicionário da Alma” psicografia de Francisco Cândido Xavier; autores diversos.


sábado, 19 de janeiro de 2013

É RAZOÁVEL PENSAR NISTO


Tema da semana
A virtude”
de 14/01/2013 a 20/01/2013

André Luiz

A paciência não é um vitral gracioso para as suas horas de lazer.
É amparo destinado aos obstáculos.

A serenidade não é jardim para os seus dias dourados.
É suprimento de paz para as decepções de seu caminho.

A calma não é harmonioso violino para as suas conversações agradáveis.
É valor substancial para os seus entendimentos difíceis.

A tolerância não é saboroso vinho para os seus minutos de camaradagem.
É porta valiosa para que você demonstre boa vontade, ante os companheiros menos evolvidos.

A boa cooperação não é processo fácil de receber concurso alheio.
É o meio de você ajudar ao companheiro que necessita.

A confiança não é um néctar para as suas noites de prata.
É refúgio certo para as ocasiões de tormenta.

O otimismo não constitui poltrona preguiçosa para os seus crepúsculos de anil.
É manancial de forças para os seus dias de luta.

A resistência não é adorno verbalista.
É sustento de sua fé.

A esperança não é genuflexório de simples contemplação.
É energia para as realizações elevadas que competem ao seu espírito.

Virtude não é flor ornamental.
É fruto abençoado do esforço próprio que você deve usar e engrandecer no momento oportuno.
Do livro: Agenda Cristã
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
LIBERDADE
Cornélio Pires
Virtude alta e sublime
Ninguém quer viver sem ela:
É a liberdade, no entanto,
Que exige muita cautela.
Psicografia Francisco Cândido Xavier - Livro Trovas da Vida
Digitado por Aparecida Tognato



sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A Virtude


Tema da semana
A Virtude”
de 14/01/2013 a 20/01/2013


Há alguns anos, conta o escritor Malba Tahan, uma pitoresca aldeia da Suíça foi destruída pelo fogo. Em poucas horas, as lindas casas foram devoradas pelas chamas. Tudo ficou reduzido a escombros.

Passado o furor do incêndio, um dos moradores ficou tomado de grande desespero. Sua casa estava por terra, totalmente destruída. Nada lhe havia sobrado. Nem roupas, nem móveis, sequer algumas paredes. Tudo jazia por terra.

Pior, das suas vacas, que eram o seu sustento, não havia rastro em lugar algum. Para cúmulo da desgraça, o seu filho, de apenas sete anos, estava desaparecido.

O pobre homem se pôs a chorar. Nenhuma palavra de conforto o podia acalmar. Sentou-se sobre as ruínas do seu lar e passou toda a noite tristemente.

Quando surgiu alegre e fagueira a madrugada, os primeiros raios de sol romperam as trevas e o vieram encontrar ainda ali, sentado, inconsolável. Parecia ter envelhecido dez anos, em apenas uma noite.

Então, um som bem conhecido o fez erguer a cabeça e olhar na direção de onde o vento lhe trazia a boa notícia. Lá estava ela, vindo pela estrada, a sua vaca favorita.

Atrás dela, todas as outras e, por fim, seu filho querido.

Correu, abraçou o menino, entre lágrimas de pura alegria.

Meu filho, perguntou, como você conseguiu escapar do incêndio?

Muito simples, falou a criança. Quando vi o fogo, tratei logo de reunir as vacas e as levei para o campo, bem distante, a fim de que nada sofressem.

Você é um herói, exclamou o pai.

Claro que não, afirmou o garoto. Herói é aquele que pratica algum ato de valor. Eu levei as vacas para o campo somente porque vi que elas estavam em perigo. Sabia que era a única coisa acertada a fazer.

*   *   *

Assim agem as pessoas verdadeiramente virtuosas. Não alardeiam suas virtudes, mas praticam o bem com desinteresse completo e inteiro esquecimento de si mesmas.

Deixam-se guiar por suas inspirações e estão sempre aptas a grandes gestos, em favor dos demais.

Não aguardam elogios e a sua é a satisfação de realizarem o melhor.

Os que assim agem, ignoram mesmo que são virtuosos. Neles se encontram as qualidades da verdadeira virtude: são bons, caritativos, laboriosos, sóbrios, modestos.

*   *   *

Toda virtude tem seu mérito próprio, ensinam os Espíritos Superiores, porque todas indicam progresso na senda do bem.

Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus pendores.

A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse pessoal, pelo bem do próximo, sem pensamento oculto.

A mais meritória de todas elas, é aquela que se baseia na caridade mais desinteressada.

Redação do Momento Espírita, com base em lenda do livro Lendas do
céu e da Terra, de Malba Tahan, ed. Conquista;
no item 893 de O livro dos Espíritos e no item 8, do cap. XVII de
O Evangelho Segundo o Espiritismo, ambos de Allan Kardec,
ed. Feb.
Em 4.1.2013.

CARIDADE
A caridade é a sublime virtude, cujos pés tocam o mundo e cujas asas alcançam o Trono de Deus.
Emmanuel
Do Livro “Dicionário da Alma” psicografia de Francisco Cândido Xavier – Autores Diversos