Tema da semana
“A fé religiosa.
Condição da fé inabalável”
de 21/01/2013 a
27/01/2013
Neio
Lúcio
Destacava
André certas dificuldades na expansão dos novos princípios
redentores de que o Mestre se fazia emissário e se referia aos
fariseus com amargura violenta, concitando os companheiros à
resistência organizada.
Jesus,
porém, que ouvia com imperturbável tolerância a argumentação
veemente, asseverou tão logo se estabeleceu o silêncio:
—
Nenhuma
escola religiosa triunfará com o Pai, ausentando-se do amor que nos
cabe cultivar uns para com os outros.
E
talvez porque se manifestasse justificada expectativa em torno dos
apólogos que a sua divina palavra sabia tecer, contou, muito calmo:
— Na
época da fé selvagem, três homens primitivos com as suas famílias
se localizaram em vasta floresta e, findo algum tempo de convívio
fraternal, passaram a discutir sobre a natureza do Criador.
Um
deles pretendia que o Todo-Poderoso vivia no trovão, outro
acreditava que o Pai residisse no vento e o terceiro, que Ele morasse
no Sol.
Todos
se sentiam filhos d’Ele, mas queriam à viva força a
preponderância individual nos pontos de vista.
Depois
de ásperas altercações, guerrearam abertamente.
Um
dos três se munira de pesada carga de minério, outro reuniu grande
acervo de pedras e o último se ocultara por trás de compacto monte
de madeira.
Achas
de lenha e rudes calhaus eram as armas do grande conflito.
Invocam
todos a proteção do Supremo Senhor para os seus núcleos familiares
e empenhavam- se em luta.
E
tamanhas foram as perturbações que espalharam na floresta,
prejudicando as árvores e os animais que lhes sofreram a flagelação,
que o Todo-Compassivo lhes enviou um anjo amigo.
O
mensageiro visitou-lhes o reduto, na forma de um homem vulgar, e,
longe de retirar-lhes os instrumentos com que destruíam a vida,
afirmou que os patrimônios de que dispunham eram todos preciosos
entre si, elucidando-os tão-somente de que necessitavam imprimir
nova direção às atividades em curso.
Explicou-lhes
que os três estavam certos na crença que alimentavam, porque Deus
reside no Sol que sustenta as criaturas, no vento que auxilia a
Natureza e no trovão que renova a atmosfera.
E,
com muita paciência, esclareceu a todos que o Criador só pode ser
honrado pelos homens, através do trabalho digno e proveitoso,
ensinando o primeiro a transformar os duros fragmentos de minério em
utensílios para o trato da terra, nas ocasiões de sementeira; ao
segundo, a converter as achas de lenha em peças valiosas ao
bem-estar, e, ao terceiro, a utilizar as pedras comuns na edificação
de abrigos confortáveis, acrescentando, em tudo, a boa doutrina do
serviço pelo progresso e aperfeiçoamento geral.
Os
contendores compreenderam, então, a grandeza da fé vitoriosa pela
ação edificante, e a discórdia terminou para sempre...
O
Mestre fez pequena pausa e aduziu:
— Em
matéria religiosa, cada crente possui razões respeitáveis e detém
preciosas possibilidades que devem ser aproveitadas no
engrandecimento da vida e do tempo, glorificando o Pai.
Quando
a criatura, porém, guarda a bênção do Céu e nada realiza de bom,
em favor dos semelhantes e a benefício de si mesma, assemelha-se ao
avarento que se precipita no inferno da sede e da fome, no intuito de
esconder, indebitamente, a riqueza que Deus lhe emprestou.
Por
isto mesmo, a fé que não ajuda, não instrui e nem consola, não
passa de escura vaidade do coração.
Pesado
silêncio desceu sobre todos e André baixou os olhos tímidos, para
melhor fixar a mensagem de luz.
Do
livro “Jesus no lar”.
Psicografia
de Francisco Cândido Xavier.
---
Fé
Plantemos
alegremente
Sob
a fé que não descansa,
Bondade,
paz, otimismo,
Consolação
e esperança.
Casimiro
Cunha
Do
livro “Dicionário da alma”.
Psicografia
de “Francisco Cândido Xavier”.
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