Tema da semana
“Carregar a cruz.
Quem quiser salvar a vida, perde-la-á”
de 28/01/2013 a
03/02/2013
Emmanuel
A
cruz do Cristo é a do exemplo e do sacrifício, induzindo-nos à
subida espiritual, nos domínios da elevação.
A
nossa, porém, será, sobretudo, nós em nós mesmo.
Aguentar-nos
como temos sido nas múltiplas existências passadas.
Carregar-nos
com as imperfeições e dívidas que inadvertidamente acumulamos;
entretanto, agradecendo e abençoando a lixívia de suor e pranto no
resgate ou na tribulação com que as extirparemos.
*
Em
muitos episódios difíceis da existência, consideramos
demasiadamente amargo o cálice da prova redentora que se nos
destina, mas, de maneira geral, não é a medicação providencial
nele contida que nos aflige e sim a nossa própria debilidade em
aceita-la.
Em
numerosas crises do mundo, julgamos excessivamente pesada a carga dos
desenganos que nos fustigam o espírito; no entanto, não é o volume
das desilusões educativas, que nos são indispensáveis, aquilo que
nos faz vergar os ombros da alma e sim o nosso orgulho ferido a se
nos esfoguear por dentro do coração.
*
Suportar
a nossa cruz será tolerar as tendências inferiores que ainda nos
caracterizam, sem acalenta-las, mas igualmente sem condenar-nos, por
isso, diligenciando esgotar em serviço, em paciência, em serenidade
e em abnegação a sucata de sombras que ainda transportamos
habitualmente no fundo das nossas atividades de auto-aprimoramento ou
reabilitação.
*
Chorar,
em muitas ocasiões, mas nunca desesperarmos.
Errar
ainda vezes muitas, no entanto, retificar-nos, em todos os lances da
estrada, tantas vezes quantas se fizerem necessárias.
*
Reconhecer-nos
no espelho da própria consciência, resignar-nos com as nódoas e
cicatrizes emocionais da culpa que ainda se nos estampam na face
espiritual e acatar no trabalho e no sofrimento a presença de
cirurgiões divinos, cujo esforço nos regenerará os tecidos sutis
da alma, preparando-nos e instruindo-nos para o Mundo Melhor.
*
Suportar
nossa cruz jamais será maldize-la ou lamenta-la e sim nos acolher
imperfeitos como ainda somos, perante Deus, mas procurando, por todos
os meios justos, melhorar-nos e burilar-nos, avançando sempre, mesmo
que vagarosamente, milímetro por milímetro, nos caminhos de
ascensão para a Vida Eterna.
Do
livro “Rumo certo”.
Psicografia
de Francisco Cândido Xavier.
---
Cruz
Há
difíceis testemunhos?
Não
temas perturbações,
Pois
toda cruz é caminho
De
santas renovações,
Casimiro
Cunha
Do
livro “Dicionário da alma”.
Psicografia
de “Francisco Cândido Xavier”.
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