sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Reencarnação e Vida

Tema da semana
“Limites da encarnação”
de 27/01/2014 a 02/02/2014


Momento Espírita
No Evangelho de Mateus, capítulo dezessete, lemos o seguinte:

Os discípulos interrogaram Jesus, dizendo: Por que dizem, pois, os escribas que Elias deve vir primeiro? Ele, respondendo, disse-lhes:

Elias certamente há de vir e restabelecerá todas as coisas. Digo-vos, porém, que Elias já veio e não o reconheceram, antes fizeram dele o que quiseram.

Então os discípulos compreenderam que ele falara de João Batista.

Este texto bíblico não deixa dúvida quanto à reencarnação, já que os discípulos conheciam os pais de João Batista, e entenderam que ele era Elias reencarnado.

Várias pessoas, por não compreenderem bem o mecanismo da reencarnação, simplesmente a negam.

Entretanto, homens eminentes que passaram pela Terra e deixaram seus nomes registrados nas páginas da História, compreendiam que a reencarnação é a resposta lógica para as questões que uma única existência deixa em aberto.

Vitor Hugo, poeta e romancista francês que viveu no século passado, assim se referia à reencarnação:

De cada vez que morremos ganhamos mais vida. As almas passam de uma esfera para a outra sem perda da personalidade, tornando-se cada vez mais brilhante. Eu sou uma alma. Sei bem que vou entregar à sepultura aquilo que não sou.

E afirma ainda: Quando eu descer à sepultura, poderei dizer, como tantos: "Meu dia de trabalho acabou. Mas não posso dizer: minha vida acabou. Meu dia de trabalho se iniciará de novo na manhã seguinte. O túmulo não é um beco sem saída, é uma passagem. Fecha-se ao crepúsculo e a aurora vem abri-lo novamente."

Mohandas Gandhi, líder nacionalista hindu, conhecido como Mahatma Gandhi, falou da pluralidade das existências dizendo:

A forma está sempre mudando, sempre perecendo, mas o Espírito que a anima jamais muda, jamais perece. O verdadeiro amor consiste em se transferir do corpo para o que reside interiormente, e então compreender, necessariamente, a unidade de toda a vida que habita inumeráveis corpos.

Honoré de Balzac, romancista francês do século dezenove, afirmou:

As virtudes que adquirimos, e que se desenvolvem em nós lentamente, são elos invisíveis que ligam cada uma das nossas existências às outras. Existências das quais apenas o Espírito tem lembranças, porque a matéria não guarda memória de coisas espirituais. Somente o pensamento guarda as tradições de uma vida passada.

Arthur Schopenhauer, filósofo alemão, dizia:

Quando morremos, lançamos fora a nossa individualidade como roupagem usada, e nos regozijamos porque estamos para receber outra, nova e melhor.

Léon Tolstoi, romancista russo, poeta e reformador social, também falou da reencarnação com as seguintes palavras:

Já que vivemos através de milhares de sonhos em nossa vida presente, assim nossa vida presente é apenas uma das muitas milhares de vidas pelas quais passamos, vindos de outra vida, mais real, para a qual retornamos após a morte.

*   *   *

Pitágoras, filósofo grego que viveu alguns séculos antes de Cristo, assim como Sócrates, Platão e outros tantos filósofos da Antiguidade, tinham a convicção da reencarnação dos Espíritos.

Não se utilizavam do termo reencarnação, mas a ideia da pluralidade das existências era conhecida e admitida.

A palavra reencarnação foi criada por Allan Kardec, Codificador do Espiritismo, no século passado.

Como dissemos, a palavra é nova, mas a ideia já existia desde tempos muito remotos.

Redação do Momento Espírita, com base no livro A reencarnação através dos séculos
de Nair Lacerda, ed. Pensamento.Em 14.03.2011.



[...] A encarnação é um processo de análise. É a subdivisão da consciência em faculdades diversas, e do sentido único em sentidos múltiplos, para facilitar seu exercício e conduzir seu desenvolvimento.


Referência: TIMPONI, Miguel. A psicografia ante os tribunais: no seu tríplice aspecto: jurídico, científico, literário. 5a ed. Rio de Janeiro: FEB, 1978. - Na França


quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Reencarnação

Tema da semana
Limites da encarnação”
De 27/01/2014 a 02/02/2014

André Luiz

(…) Receber um corpo, nas concessões do reencarnacionismo, não é ganhar um barco para nova aventura, ao acaso das circunstâncias, mas significa responsabilidade definida nos serviços de aprendizagem, elevação ou reparação, nos esforços evolutivos ou redentores. (...)

(...) Os processos de reencarnação, tanto quanto os da morte física, diferem ao infinito, não existirão, segundo cremos, dois absolutamente iguais. As facilidades e obstáculos estão subordinados a fatores numerosos, muitas vezes relativos com o estado consciencial dos próprios interessados no regresso à Crosta ou na libertarão dos veículos carnais. Há companheiros de grande elevação que, ao voltarem à esfera mais densa em apostolado de serviço e iluminação, quase dispersam o nosso concurso. Outros irmãos nossos, contudo, procedentes de zonas inferiores, necessitam de cooperação muito mais complexa. (...)

(…) Os contornos anatômicos da forma física, disformes ou perfeitos, longilíneos ou brevilíneos, belos ou feios, fazem parte dos estatutos educativos. Em geral, a reencarnação sistemática é sempre um curso laborioso de trabalho contra os defeitos morais preexistentes nas lições e conflitos presentes. Pormenores anatômicos imperfeitas, circunstâncias adversas, ambientes hostis, constituem, na maioria das vezes, os melhores lugares de aprendizado e redenção para aqueles que renascem. Por isso, o mapa de provas úteis e organizado com antecedência, como o caderno de apontamentos dos aprendizes nas escolas comuns. (...)

(…) Temos necessidade da luta que corrige renova, restaura e aperfeiçoa. A reencarnação é o meio, a educação divina é o fim. Por isso mesmo, a par de milhões de semelhantes nossos que evolvem, existem milhões que se reeducam em determinados setores do sentimento, porquanto, se já possuem certos valores da vida, faltam-lhes outros não menos importantes. (...)


Fragmentos extraídos do cap. 13 do livro “Missionários da luz”.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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REENCARNAÇÃO
Se sabemos que a reencarnação,
por divino instituto de aperfeiçoamento,
nos abre incessantemente as portas abençoadas
de novas realizações, não será lícito olvidar que o serviço
prestado à infância, à juventude é obra de caridade e proteção a nós mesmos.
João Bosco
Do livro “Dicionário da alma”. 
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Reencarnação e progresso

Tema da semana
Limites da encarnação”
De 27/01/2014 a 02/02/2014

Emmanuel

Comentando as necessidades da reencarnação, anotemos alguns quadros da natureza.

O celeiro é a casa ideal das sementes.

Aí se congregam todas, em saborosa intimidade, e quando semelhante reunião se delonga em demasia degeneram-se na essência, por ação de agentes químicos, tornando-se imprestáveis.

Conduzidas, porém, ao replantio, embora padeçam solidão e abandono nas vicissitudes do solo, voltam de novo à glória da vida, em forma de verdura e flor, espiga e pão...

A gleba de calcário friável é, comumente, o refúgio de numerosos tratos de argila que aí descansam, às vezes por séculos, através de lentas modificações sem maior proveito; entretanto, se trazidos ao clima esfogueante do forno, materializam nobres sonhos do oleiro, atendendo a largas tarefas de utilidade em planos superiores.

Além da morte física, pode a alma retemperar-se ao calor de afeições caras, condicionada ao campo de afinidades em que se lhe expressam emoções e desejos; todavia, superada a fase de justo refazimento, aparece a ociosidade que, se mantida, faz que o espírito por muito tempo se mantenha estanque, ante a luz do progresso.

É por isso que a reencarnação se mostra imprescindível e inadiável...

Determinado companheiro terá resolvido os problemas da sexualidade inferior, mas guardará consigo a febre da cupidez.

Outro sentir-se-á liberado das tentações da usura, entretanto permanecerá em conflito com o vício da inconformação.

Alguém terá vencido o hábito da rebeldia sistemática, mas sofrerá em si mesmo o estilete magnético do ciúme. Esse e aquele amigo se revelarão livres dessa praga mental, contudo, sustentam-se, ainda, algemados à vaidade infantil ou ao orgulho tirânico.

E para que chagas ocultas sejam extirpadas de nossa alma é imperioso nos voltemos para o renascimento na arena física, onde encontraremos a adversidade naqueles que não pensam por nossas medidas, para que aprendamos a respirar nas dimensões da vida maior.

Em nosso presente estágio de evolução, será preciso renascer, na Terra ou noutros mundos que se lhe assemelhem, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, não somente no resgate dos erros e culpas do pretérito, em louvor da Justiça, mas também no aperfeiçoamento de nós mesmos, em obediência ao amor.

Toda máquina algo produz vencendo a inércia pela força do movimento e toda fonte que desistisse de caminhar, com receio de pedra e lodo, nada mais seria que água parada na calmaria do charco.

O mundo é, assim, nossa escola.

A família consanguínea é o grupo estudantil a que pertencemos.

O lar é a banca da experiência.

Amigos representam explicadores.

Adversários desempenham o papel de fiscais.

Os parentes difíceis são cadernos de prova.

O trabalho espontâneo no bem é o curso da iluminação interior que podemos aproveitar segundo a nossa vontade.

E sendo Jesus o nosso Divino Mestre, a cada instante da vida a dificuldade ser-nos-á como bênção portadora de preciosas
lições.

Do livro “Religião dos espíritos”.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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REENCARNAÇÃO
(…) A reencarnação é sempre uma tentativa de magna importância. (...)
André Luiz
Fragmento extraído do livro “Nosso lar”. 
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.


terça-feira, 28 de janeiro de 2014

A reencarnação

Tema da semana
“Limites da encarnação”
De 27/01/2014 a 02/02/2014

Joanna de Ângelis

Destituída de finalidade seria a vida que se diluísse na tumba, como efeito do fenômeno da morte. Diante de todas as transformações que se operam nos campos da realidade objetiva, como das alterações que se processam na área da energia, seria utópico pensar-se que a fatalidade do existir é o aniquilamento. Embora as disjunções moleculares e as modificações na forma, tudo se apresenta em contínuo vir-a-ser, num inrmino desintegrar-se — reintegrando-se —, que oferece, à Vida, um sentido de eternidade, além e antes do tempo, conforme as limitadas dimensões que lhe conferimos.

Nesse sentido, especificamente, o complexo humano apresenta-se através de faixas de movimentação insvel, qual ocorre com o corpo; em mecanismos de sutilização, o perispírito; e de aprimoramento, quando se trata do Espírito, este último, aliás, inquestionavelmente imortal.

A aquisição da consciência é o resultado de um processo incessante, através do qual o psiquismo se agiganta desde o sono, na força aglutinadora das moléculas, no mineral; à sensibilidade, no vegetal; ao instinto, no animal; e à inteligência, à razão, no homem. Nesta jornada automática, funcionam as inapeláveis Leis da Evolução, em a Natureza, defluentes da Criação.

Chegando ao patamar humano, esse psiquismo, de início rudimentarmente pensante, atravessa inúmeras experiências pessoais, que o tornam herdeiro de si mesmo, em um encadeamento de aprendizagens pelo mergulho no corpo e abandono dele, toda vez que se rompam os liames que retêm a individualidade.

Este processo de renascimentos, que os gregos denominavam de palingenésico, constitui um avançado sistema de crescimento intelecto-moral, fomentador da felicidade.

Graças a ele, a existência humana se reveste de dignidade e de relevantes objetivos que não podem ser interrompidos. Toda vez que surge um impedimento, que se opera um transtorno ou sucede uma aparente cessação, a oportunidade ressurge e o recomeço se estabelece, facultando ao aprendiz o crescimento que parecia terminado.

Face a este mecanismo, os fenômenos psicológicos apresentam-se em encadeamentos naturais, e elucidam-se inumeráveis patologias psíquicas e físicas, distúrbios de comportamento, diferenças emocionais, intelectuais e variados acontecimentos, nas áreas sociológica, econômica, antropológica, ética, etc.

O processamento da aquisição intelectual faz-se ao largo das experiências de aprendizagem, mediante as quais o Eu consciente adiciona conteúdos culturais, ao mesmo tempo que desenvolve as aptidões jacentes, para as diversas  categoriada  cnica,  da  arte,  da  ética,  num  incessante aprimoramento de valores.

A anterioridade do Espírito ao corpo, brinda-lhe maior soma de conhecimentos do  que  os  apresentadopelos  principiantes  no  desiderato físico.

A genialidade de que uns indiduos são portadores, em detrimento dos limites que se fazem presentes em outros seres do mesmo gene, demonstra que os psiquismos aí expressos diferem em capacidade e lucidez.

Embora herdeiro dos caracteres da raça apancia, morfologia, cabelos, olhos, etc. —, os valores psicológicos, intelecto-morais não são transmissíveis pelos genes e cromossomos, antes, são atributos da individualidade eterna, que transfere de uma para outra existência corporal o somatório das suas conquistas salutares ou perturbadoras.

Não há como negar-se a influência genética na evolução do ser, os impositivos do meio, dos costumes e dosbitos, entretanto, impende observar que o corpo reproduz o corpo, não a mente, a consciência, que só o Espírito exterioriza.

A introdução do conceito reencarnacionista na Psicologia -lhe dimensão invulgar, esclarecimento das dificuldades na argumentação em torno do Inconsciente, dos arquétipos, individual e coletivo, estudando o homem em toda a sua complexidade profunda e, mediante a identificação do seu passado, facultando-lhe o descobrimento e utilização das suas possibilidades, do seu vir- a-ser.

Nos alicerces do Inconsciente profundo encontram-se os extratos das memórias pretéritas, ditando comportamentos atuais, que somente uma análise regressiva consegue detectar, eliminando os conteúdos perturbadores, que respondem por várias alienações mentais.

No capítulo dos impulsos e compulsões psicológicas, o passado espiritual exerce uma predominância irrefreável, que leva aos grandes rasgos do devotamento e da abnegação, quanto à delinqüência, à agressividade, à multiplicidade de personificações parasirias, mesmo excluindo-se a hitese das obsessões.

Na imensa panomica dos disrbios mentais, especialmente nas esquizofrenias, destacam-se as interferências constritoras dos desencarnados que se estribam nas leis da cobrança pessoal, certamente injustificáveis, para desforçar-se dos sofrimentos que lhes foram anteriormente infligidos, em outras existências, pelas timas atuais.

Diante das ocorrências do jà-vu, os remanescentes reencarnacionistas estabelecem pametros sutis de lembranças que retornam à consciência atual como lampejos e clics de evocações, ressumando dos conteúdos da inconsciência — ou da memória extracerebral, do perispírito oferecendo possibilidades  d identificaçã d pessoas,   acontecimentos,  lugare e narrativas vividos, já conhecidos, antes experimentados... Desfilam, eno, os fenômenos psicológicos das simpatias e das antipatias, dos amores alucinantes e dos ódios devoradores, que ressurgem dos arquivos da memória anterior ante o estímulo externo de qualquer natureza, que os desencadeiam, tais: um encontro ou reencontro; uma associação de iias a atual revelando a passada uma dissensão ou um diálogo; qualquer elemento que constitua ponte de ligação entre o hoje e o ontem.

Excetuando-se os conflitos que têm sua psicogênese na vida atual, a expressiva maioria deles procede das jornadas infelizes do ser eterno, herdeiro de si mesmo, que transfere as fobias, insatisfações, consciência de culpa, complexos, dramas pessoais, de uma para outra reencarnação através de automatismos   psicológicos,   responsáveis   pelo   equilíbrio   da Leis   que governam a Vida.

Diante de tais acontecimentos, considerando-se os fenômenos místicos, as ocorrências paranormais. os êxtases naturais e os provocados, aos quais a Psicologia organicista dava gêneses patológicas, nasceu, mais ou menos recentemente, a denominada quarta força em Psicologia sucedendo (ou completando) o Behaviorismo, a Psicalise e a Psicologia Humanista —, que é a Escola Transpessoal. Entretanto, no começo do século, Burcke, desejando enquadrar em uma só denominação estes e outros eventos psicológicos, cunhou o conceito de consciência cósmico, a fim de os situar em um capítulo, tornando-se, de alguma forma, pioneiro, na área da Psicologia Transpessoal, que abrange, entre outras, as percepções extra-sensoriais, além da área da consciência.

Nesta conceituação, a morte é fenômeno biológico a transferir o ser de uma para outra realidade, sem consumpção da vida.

O ser humano, diante da visão nova e transpessoal, deixa de ser a massa, apenas celular, para tornar-se um complexo com predominância do princípio eterno. A decisiva contribuão dos seus pioneiros, entre os quais, Maslow, Assagioli — com a sua Psicossíntese —, Sutich, Wilber, Grof e outros, oferece excelentes recursos para a psicoterapia, liberando a maioria dos pacientes dos seus conflitos e problemas que desestruturam a personalidade.

Neste admirável amálgama da integração dos mais importantes Insights das Doutrinas psicológicas do Ocidente com as Tradições Esotéricas do Oriente, agiganta-se o Espiritismo, pioneiro de uma Psicologia Espiritualista dedicada ao conhecimento do homem integral, na sua valiosa complexidade Espírito, perispírito e matéria ampliando os horizontes da vida orgânica, a se desdobrarem além do mulo e antes do corpo, com infinitas possibilidades de progresso, no rumo da perfeão.

Psicografia de Divaldo Franco do livro O Homem Integral

O princípio mesmo da reencarnação, que inicialmente havia encontrado muitos contraditores, porque não era compreendido, é hoje aceito pela força da evidência e porque todo homem que pensa nele reconhece a única solução possível do maior número de problemas da filosofia moral e religiosa. Sem a reencarnação somos detidos a cada passo, tudo é caos e confusão; com a reencarnação tudo se esclarece, tudo se explica da maneira mais racional. [...]

Referência:KARDEC, Allan. Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita. Org. por Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - cap. 9