Tema
da semana
“Provas
voluntárias. O verdadeiro cilício”
de
20/01/2014 a 26/01/2014
Momento
Espírita
Alguns
dias na vida de todos nós se mostram verdadeiramente desafiadores.
Por
mais tranquila que a vida siga seu curso, é natural surgir esse ou
aquele desafio maior a nos exigir o esforço da fé e a coragem do
enfrentamento lúcido.
Inesperadamente,
a saúde do corpo físico, que se mostrava sólida e inabalável,
vê-se minada pelo diagnóstico de grave moléstia, exigindo longo e
doloroso tratamento.
A
outrora relação familiar, harmônica e fraternal, é surpreendida
pela visita da morte, a alcançar o ente querido, que sintetizava a
estrutura emocional e a referência afetiva de tantos.
A
amizade cultivada desde há muito, na intimidade do coração, que a
guardava qual joia em cofre valioso, vê-se violentada pela
mesquinhez e traição, acompanhadas pela covardia e indiferença.
Outras
vezes, a vida, que nos parecia tão rica e cheia de significados, nos
elege para a solidão, impedindo a companhia de afetos ou o encontrar
de alguém para ombrear e caminhar conosco nos dias mais difíceis.
De
outra feita, a calúnia nos visita os dias antes tranquilos, tecendo
histórias e tramas que não nos pertencem, replicadas por bocas
levianas e insensatas, magoando-nos a sensibilidade pela injúria e
difamação.
Todas
essas são as cruzes de provação de nossa caminhada. Todos nós, no
mundo, carregamos o madeiro pesado das aflições e dificuldades,
muitas vezes no silêncio da intimidade, e no desconhecimento aos
olhos do mundo.
A
dor na Terra ainda é processo depurador de mil delitos que não
foram justiçados e de vícios alarmantes que permaneceram ocultos.
Assim,
a misericórdia de Deus nos possibilita recuperarmo-nos dos
delitos de outrora, depurando, pelo sofrimento, as dificuldades por
nós mesmos plantadas.
Será
no padecimento que reconsideraremos atitudes, reprogramaremos
atividades e nos alçaremos efetivamente para o bem.
Portanto,
perante a dor e a dificuldade, evitemos o desânimo ou a revolta.
Lembremo-nos
de que o adágio popular ganha razão quando diz que Deus dá a cruz
conforme a capacidade de nossos ombros.
Jamais
desdigamos as provações que nos cheguem, convidando à renovação
e à reestruturação de nossa intimidade.
Antes,
façamos dessas dores nosso instrumento de redenção e ressarcimento
dos débitos de antes.
Desse
modo, ao nos sentirmos atados às cruzes das provações dolorosas,
adornemo-nos com as flores do amor fraternal, transformando as dores
de hoje na esperança em relação aos dias vindouros.
Com
resignação dinâmica, conseguiremos superar os dias mais graves,
tendo sempre em mente que, dos braços da cruz em que nos encontramos
atados, conseguiremos alçar mais rapidamente às elevadas esferas da
libertação.
Redação
do Momento Espírita, com base no cap. 13,do
livro
Momentos
de felicidade, pelo
Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia
de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 05.11.2011.
RESIGNAÇÃO
[...]
aceitação dos males da existência,
por
fruto da vontade sábia e justa de Deus.
Referência: SIMONETTI,
Richard.Para
viver a grande mensagem.
5a
ed. Rio de Janeiro: FEB, 1991 - Dinâmica
da resignação
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