sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Mudança de Sexo

Tema da semana
Sexualidade
de 27/08/2012 a 02/09/2012


Joanna de Ângelis

A constituição do ser orgânico é decorrência das suas necessidades evolutivas, que são trabalhadas pelo perispírito na condição de modelo organizador biológico.

Trazendo impressos os mecanismos da evolução nos tecidos sutis da sua estrutura íntima, plasma, a partir do momento da concepção, o corpo, no qual o Espírito se movimentará durante a vilegiatura humana, a fim de aprimorar o caráter e resgatar os compromissos negativos que ficaram na retaguarda.

Trabalhando nos códigos genéticos do DNA, aciona as moléculas fornecedoras das células que programarão a forma, enquanto o Espírito se encarrega de produzir os fenômenos emocionais e as faculdades psíquicas.

Assim sendo, é herdeiro de si mesmo, promovendo os meios de crescer interiormente através das experiências que ocorram numa como noutra polaridade sexual.

Em se considerando as graves finalidades do aparelho genésico, na sua função reprodutora, ele é repositório de hormônios especiais, que trabalham conjuntamente com os outros das demais glândulas de secreção endócrina, de forma que o equilíbrio físico, emocional e intelectual se expresse naturalmente, sem traumas ou disfunções que decorrem dos problemas que ficaram por solucionar.

A libido impulsiona o indivíduo para a realização criativa e produtiva, quando se expressa com moderação, sendo natural decorrência ancestral do instinto por cuja faixa o ser transitou durante largo período e cujas marcas permanecem dominadoras.

A qualquer distonia de sua parte, logo surgem distúrbios neuróticos e comportamentais que afetam perturbadoramente o processo reencarnatório a ela fortemente vinculado.

Essa poderosa energia motora exige cuidadosa canalização, a fim de produzir fenômenos harmônicos, que estimulem à ordem, à realização dignificadora, porquanto, assim não sendo, a sua força irrompe como caudal desordenado que passa deixando escombros.

O uso adequado da função sexual - sintonia entre a psicologia e a fisiologia da polaridade - proporciona bem-estar e facilita o crescimento espiritual, sem gerar amarras com a retaguarda do instinto, assim como, também com as Entidades perversas e viciadas que a ela se vinculam.

A sua abstinência, quando a energia que exterioriza é trabalhada e transformada em força inspirativa e atuante pelos ideais de beleza, de cultura, de sacrifício pessoal, igualmente propicia equilíbrio e empatia, já que o importante é o direcionamento dos seus elementos psíquicos, que têm de ser movimentados incessantemente, porquanto para isso são produzidos.

Em decorrência, é de fundamental importância que o Espírito reencarnado se sinta perfeitamente identificado com a sua anatomia sexual, mantendo os estímulos psicológicos em consonância com a mesma.

Quando a ocorrência é diversa - função emocional diferente da forma física - encontra-se em reajustamento, que deverá ser disciplinado, evitando a permissão do uso indevido, que proporciona agravantes mais severos para o futuro.

Eis porque é de vital importância o respeito que os pais devem manter em relação ao sexo dos seus filhos, evitando interferir psiquicamente no processo da sua formação, quando o zigoto começa a definir a futura forma consoante o mapa cármico do reencarnante.

É natural que se tenha opção por essa ou aquela expressão sexual para o ser amado; no entanto, não deve ser tão preponderante que, em se apresentando diferente do que se deseja, o amor sofra efeitos negativos. Outrossim, a invigilância que pode originar-se na genitora optando e impondo o seu desejo sobre o ser em desenvolvimento, poderá contribuir para alterar a constituição molecular, atendendo-lhe psicocineticamente a aspiração. Não obstante, porque fora da programação evolutiva do Espírito, essa mudança pode trazer-lhe prejuízos emocionais e comportamentais.

A estrutura genética em elaboração do corpo é constituída por elementos poderosos embora sutis, que atendem aos planos energéticos que agem sobre ela.

Assim, a mente do reencarnante - conscientemente ou não - como o dos seus genitores, interferem expressivamente na constituição da sua anatomia, agindo diretamente nos genes e seus cromossomos, se a vontade atuante se fizer forte e constante. Essa ação psíquica pode alterar, na estrutura do DNA os pares de purinas e pirimidinas, modificando as disposições estabelecidas e em formação.

Tal ocorrência não é rara, antes é muito mais numerosa do que se tem detectado, particularmente nas vezes em que o Espírito imprime sinais que traz de existências transatas - suicídios, homicídios, acidentes - ou de condutas que se fixaram profundamente no cerne do ser, ressurgindo agora na forma nova.

Da mesma maneira, filhos com anatomia diferente da herança espiritual - em alguns casos como efeito da preferência dos seus pais, especialmente da mãe que a trabalhou psiquicamente mantendo a aspiração exagerada do que cultivou durante a gestação - apresentam transtornos de expressão e comportamento que devem ser corrigidos na infância, a fim de se não tornarem afligentes no período da adolescência, quando da definição dos órgãos e caracteres anexos do sexo.

A orientação cuidadosa e enriquecida de amor reestrutura o binômio forma emoção, facultando a existência saudável, sem angústias nem desassossegos.

De maneira mais grave poderá acontecer quando os estudiosos da engenharia genética, nos seus ensaios ambiciosos, pretendendo interferir nas vidas, reprogramarem através dos códigos genéticos do DNA, os sexos já em vias de formação, para que se alterem, mudando a anatomia e a função.

Nesses caso, permanecendo a programação espiritual, que passaria a sofrer ingerência externa, surgirão indivíduos com complexos problemas de conduta nessa área, desde que fortemente necessitados da experiência na polaridade primitiva que foi modificada. Encontrando-se noutra, que lhe não responde aos anseios dos sentimentos nem às necessidades psíquicas, desarticulam-se interiormente.

Existem já incontáveis ocorrências dessa natureza, que terminam em fugas terríveis para as drogas que geram dependência, que se desgastam e levam à consumpção, quando não se atiram aos suicídios desesperados para fugirem do conflito que os aturdem e dilaceram, acreditando não terem solução nem razão para continuarem vivendo.

A questão sexual é muito delicada e profunda, estando a exigir estudos sérios, sem as soluções da vulgaridade, apressadas e levianas, que pretendem resolver as situações conflitivas mediante sugestões para comportamentos insensatos, que violentam as estruturas morais do próprio ser, que passa então a experimentar distonia psíquica íntima ou desprezo por si mesmo, embora mantendo aparência de triunfo que se encontra distante de o haver conseguido.

No momento da concepção o perispírito é atraído por uma força incomparável, às células que se vão formando, nelas imprimindo automaticamente, por força da Lei de causa e efeito, o que é necessário à sua evolução, incluindo, sem dúvida, o sexo e suas funções relevantes.

A ingerência externa, alterando-lhe a formação somente trará inconvenientes, prejuízos e distonias morais.

A engenharia genética, à medida que penetrar nas origens da vida física, poderá oferecer uma contribuição valiosíssima, desde que não se imponha a vacuidade de interferir nos quadros superiores da realização e construção do ser humano.

O corpo produz o corpo, que é herdeiro de muitos caracteres ancestrais da família, que sofre as ocorrências ambientais, mas só o Espírito produz o caráter, as tendências, as qualidades morais, as realizações intelectuais, o destino …

Eis porque, na vã tentativa de mudar-se o sexo, na formação embrionária ou noutro período qualquer da existência física, desafia-se a lei de harmonia vigente na Criação, o que provocará distúrbios sem nome na personalidade e na vida mental de quem lhe sofrer a ingerência.

Todo o corpo merece respeito e cuidados, carinho e zelo contínuos, por ser a sede do Espírito, o santuário da vida em desenvolvimento. No entanto, na área sexual, tendo-se em vista a finalidade reprodutora, o intercâmbio de hormônios poderosos quão relevantes, o ser é convidado a maior vigilância e disciplina.

Educar o sexo mediante conveniente disciplina mental é o maior desafio para a felicidade, que todos enfrentam e devem vencer.

As amarras aos vícios sexuais vêm retendo milhões de homens e mulheres na retaguarda das paixões, reencarnando-se com difíceis e desafiadores problemas que aguardam dolorosas soluções. E porque se não querem sacrificar, a fim de equacioná-los, permanecem em situações penosas quanto aflitivas.

Todo abuso ao corpo e particularmente ao sexo perpetrado conscientemente, gera dano equivalente, que permanecerá aguardando correspondente solução por aquele que se infligiu a desordem, passando a sofrê-lo.

Diante, portanto, de qualquer dificuldade que se experimente, ou face às decisões graves que aguardam atitude decisória, sempre se poderá perguntar ao Amor como resolvê-las, e esse Amor que se manifesta em toda parte, sem os condimentos das paixões perturbadoras, responderá com sabedoria meridiana que, atendida com cuidado, proporcionará equilíbrio e paz, impulsionando o Espírito pelo rumo bem orientado, pelo qual atingirá a meta para cujo fim se encontra reencarnado.

Psicografia de Divaldo Franco do livro Dias Gloriosos
Fonte:www.espirito.org.br

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ORIGEM  DO  AMOR
Onde a força que há no amor
É assunto que não me cabe
A origem certa do amor
Somente Deus é que sabe
 
Cornélio Pires
Psicografia Chico Xavier
Livro Trovas do Coração

 




quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Casamento e Família

Tema da semana
Sexualidade
de 27/08/2012 a 02/09/2012


Benedita Fernandes

Diante das contestações que se avolumam, na atualidade, pregando a reforma dos hábitos e costumes, surgem os demolidores de mitos e de Instituições, assinalando a necessidade de uma nova ordem que parece assentar as suas bases na anarquia.

A onda cresce e o tresvario domina, avassalador, ameaçando os mais nobres patrimônios da cultura, da ética e da civilização, conquistados sob ônus pesados, no largo processo histórico da evolução do homem.

Os aficionados de revolução destruidora afirmam que os valores ora considerados, são falsos, quando não falidos, e que os mesmos vêm comprimindo o indivíduo, a sociedade e as massas, que permanecem jungidos ao servilismo e à hipocrisia, gerando fenômenos alucinatórios e mantendo, na miséria de vários matizes, grande parte da humanidade.

Entre as Instituições que, para eles, se apresentam ultrapassadas, destacam o matrimônio e a família, propondo a promiscuidade sexual, que disfarçam com o nome de "amor livre", e a independência do jovem, imaturo e inconsequente, sob a justificativa de liberdade pessoal, que não pode nem deve ser asfixiada sob os impositivos da ordem, da disciplina, da educação...

Excedendo-se, na arbitrariedade das propostas ideológicas ainda não confirmadas pela experiência social nem pela convivência na comunidade, afirmam que a criança e o jovem não são dependentes quanto parecem, podendo defender-se e realizar-se, sem a necessidade da estrutura familiar, o que libera os pais negligentes de manterem os vínculos conjugais, separando-se tão logo enfrentam insatisfações e desajustes, sem que se preocupem com a prole.

Não é necessário que analisemos os problemas existenciais destes dias, nem que façamos uma avaliação dos comportamentos alienados, que parecem resultar da insatisfação, da rebeldia e do desequilíbrio, que grassam em larga escala.

A monogamia é conquista de alto valor moral da criatura humana, que se dignifica pelo amor e respeito ao ser elegido, com ele compartindo alegrias e dificuldades, bem-estar e sofrimentos, dando margem às expressões da afeição profunda, que se manifesta sem a dependência dos condimentos sexuais, nem dos impulsos mais primários da posse, do desejo insano.

Utilizando-se da razão, o homem compreende que a vida biológica é uma experiência muito rápida, que ainda não alcançou biótipos de perfeição, graças ao que, é frágil, susceptível de dores, enfermidades, limitações, sendo, os estágios da infância como o da juventude, preparatórios para os períodos do adulto e da velhice.

Assim, o desgaste e o abuso de agora tornam-se carência e infortúnio mais tarde, na maquinaria que deve ser preservada e conduzida com morigeração.

Aprofundando o conceito sobre a vida, se lhe constata a anterioridade ao berço e a continuidade após o túmulo, numa realidade de interação espiritual com objetivos definidos e inamovíveis, que são os mecanismos inalienáveis do progresso, em cujo contexto tudo se encontra sob impositivos divinos expressos nas leis universais.

Desse modo, baratear, pela vulgaridade, a vida e atirá-la a situações vexatórias, destrutivas, constitui crime, mesmo quando não catalogado pelas leis da justiça, exaradas nos transitórios códigos humanos.

O matrimônio é uma experiência emocional que propicia comunhão afetiva, da qual resulta a prole sob a responsabilidade dos cônjuges, que se nutrem de estímulos vitais, intercambiando hormônios preservadores do bem estar físico e psicológico. Não é, nem poderia ser, uma incursão ao país da felicidade, feita de sonhos e de ilusões.

Representa um tentame, na área da educação do sexo, exercitando a fraternidade e o entendimento, que capacitam as criaturas para mais largas incursões na área do relacionamento social. Ao mesmo tempo, a família constitui a célula experimental, na qual se forjam valores elevados e se preparam os indivíduos para uma convivência salutar no organismo universal, onde todos nos encontramos fixados.

A única falência, no momento, é a do homem, que se perturba, e, insubmisso, deseja subverter a ordem estabelecida, a seu talante, em vãs tentativas de mudar a linha do equilíbrio, dando margem às alienações em que mergulha.

Certamente, muitos fatores sociológicos, psicológicos, religiosos e econômicos contribuíram para este fenômeno. Não obstante, são injustificáveis os comportamentos que investem contra as Instituições objetivando demoli-las, ao invés de auxiliar de forma edificante em favor da renovação do que pode ser recuperado, bem como da transformação daquilo que se encontre ultrapassado.

O processo da evolução é inevitável. Todavia, a agressão, pela violência, contra as conquistas que devem ser alteradas, gera danos mais graves do que aqueles que se buscam corrigir. O lar, estruturado no amor e no respeito aos direitos dos seus membros, é a mola propulsionadora do progresso geral e da felicidade de cada um, como de todos em conjunto.

Para esse desiderato, são fixados compromissos de união antes do berço, estabelecendo-se diretrizes para a família, cujos membros se voltam a reunir com finalidades específicas de recuperação espiritual e de crescimento intelecto moral, no rumo da perfeição relativa que todos alcançarão.

Esta é a finalidade primeira da reencarnação.

A precipitação e desgoverno das emoções respondem pela ruptura da responsabilidade assumida, levando muitos indivíduos ao naufrágio conjugal e á falência familiar por exclusiva responsabilidade deles mesmos.

Enquanto houver o sentimento de amor no coração do homem --- e ele sempre existirá, por ser manifestação de Deus ínsita na vida --- o matrimônio permanecerá, e a família continuará sendo a célula fundamental da sociedade.

Envidar esforços para a preservação dos valores morais, estabelecidos pela necessidade do progresso espiritual, é dever de todos que, unidos, contribuirão para uma vida melhor e uma humanidade mais feliz, na qual o bem será a resposta primeira de todas as aspirações.

Psicografia de Divaldo Franco do livro Antologia Espiritual.
Fonte: oespiritismo.com.br
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CANTIGAS DE AMOR 

Amor vence espinho, ultraje, 

Agravo, calúnia e lama.

Amor puro é Deus que age
No coração de quem ama.
Adelmar Tavares
Da Obra “Trovas Do Outro Mundo” Espíritos Diverso
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Digitado Por: Lúcia Aydir.
 
 
 

 



quarta-feira, 29 de agosto de 2012

NAMORO

Tema da semana
Sexualidade
de 27/08/2012 a 02/09/2012

Emmanuel

Pergunta - Além da simpatia geral, oriunda da semelhança que entre eles exista, votam-se os Espíritos recíprocas afeições particulares? Resposta - Do mesmo modo que os homens, sendo, porém, que mais forte é o laço que prende os Espíritos uns aos outros, quando carentes de corpo material, porque então esse laço não se acha exposto às vicissitudes das paixões.
Item no. 291, de "O Livro dos Espíritos".

A integração de duas criaturas para a comunhão sexual começa habitualmente pelo período de namoro que se traduz por suave encantamento.

Dois seres descobrem um no outro, de maneira imprevista, motivos e apelos para a entrega recíproca e daí se desenvolve o processo de atração.

O assunto consubstanciaria o que seria lícito nomear como sendo um "doce mistério" se não faceássemos nele as realidades da reencarnação e da afinidade.

Inteligências que traçaram entre si a realização de empresas afetivas ainda no Mundo Espiritual, criaturas que já partilharam experiências no campo sexual em estâncias passadas, corações que se acumpliciaram em delinquência passional, noutras eras, ou almas inesperadamente harmonizadas na complementação magnética, diariamente compartilham as emoções de semelhantes encontros, em todos os lugares da Terra.

Positivada a simpatia mútua, é chegado o momento do raciocínio.

Acontece, porém, que diminuta é, ainda, no Planeta, a percentagem de pessoas, em qualquer idade física, habilitadas a pensar em termos de autoanálise, quando o instinto sexual se mães derrama do ser.

Estudiosos do mundo, perquirindo a questão apenas no "lado físico", dirão talvez tão-somente que a libido entrou em atividade com o seu poderoso domínio e, obviamente, ninguém discordará, em tese, da afirmativa, atentos que devemos estar à importância do impulso criativo do sexo, no mundo psíquico, para a garantia e perpetuação da vida no Planeta.

É imperioso anotar, entretanto, em muitos lances da caminhada evolutiva do Espírito, a influência exercida pelas inteligências desencarnadas no jogo afetivo.

Referimo-nos aos parceiros das existências passadas, ou, mais claramente, aos Espíritos que se corporificarão no futuro lar, cuja atuação, em muitos casos, pesa no ânimo dos namorados, inclinando afeições pacificamente raciocinadas para casamentos súbitos ou compromissos na paternidade e na maternidade, namorados esses que então se matriculam na escola de laboriosas responsabilidades.

Isso porque a doação de si mesmos à comunhão sexual, em regime de prazer sem ponderação, não os exonera dos vínculos cármicos para com os seres que trazem à luz do mundo, em cuja floração, aliás, se é verdade que recolherão trabalho e sacrifício, obterão também valiosa colheita de experiência e ensinamento para o futuro, se compreenderem que a vida paga em amor todos aqueles que lhe recebem com amor as justas exigências para a execução dos seus objetivos essenciais.

Psicografia : Francisco Cândido Xavier Livro : Vida e Sexo 
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TEMÁRIO DE AMOR

Amor recorda a lareira

Conforto que não abrasa
Paixão é igual à fogueira
Incêndio queimando a casa.
Marcelo Gama
Da Obra “Trovas Do Outro Mundo” Espíritos Diversos
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Digitado Por: Lúcia Aydir.

 
 

 


 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

SEXO E AMOR

Tema da semana
Sexualidade
de 27/08/2012 a 02/09/2012


Joanna de Ângelis

Na sua globalidade, o amor é sentimento vinculado ao Self enquanto que a busca do prazer sexual está mais pertinente ao ego, responsável por todo tipo de posse.

O sentimento de amor pode levar a uma comunhão sexual, sem que isso lhe seja condição imprescindível. No entanto, o prazer sexual pode ser conseguido pelo impulso meramente instintivo, sem compromisso mais significativo com a outra pessoa, que, normalmente se sente frustrada e usada.

Os profissionais do sexo, porque perdem o componente essencial dos estímulos, em razão do abuso de que se fazem portadores, derrapam nas explosões eróticas, buscando recursos visuais que lhes estimulem a mente, a fim de que a função possa responder de maneira positiva. Mecanicamente se desincumbem da tarefa animal e violenta, tampouco satisfazendo-se, porquanto acreditam que estão em tarefa de aliciamento de vidas para o comércio extravagante e nefando da venda das sensações fortes, a que se habituaram.

O amor, como componente para a função sexual, é meigo e judicioso, começando pela carícia do olhar que se enternece e vibra todo o corpo ante a expectativa da comunhão renovadora.

Essa libido tormentosa, veiculada pela mídia e exposta nas lojas em forma de artefatos, torna-se aberração que passa para exigências da estroinice, resvalando nos abismos de outros vícios que se lhe associam.

Quando o sexo se apresenta exigente e tormentoso, o indivíduo recorre aos expedientes emocionais da violência, da perseguição, da hediondez.

Os grandes carrascos da Humanidade, até onde se os pode entender, eram portadores de transtornos sexuais, que procuravam dissimular, transferindo-se para situações de relevo político, social, guerreiro, tornando-se temerários, porque sabiam da impossibilidade de serem amados.

Quando o amor domina as paisagens do coração, mesmo existindo quaisquer dificuldades de ordem sexual, faz-se possível superá-las, mediante a transformação dos desejos e frustrações em solidariedade, em arte, em construção do bem, que visam ao progresso das pessoas, assim como da comunidade, tornando-se, portanto, irrelevantes tais questões.

O ser humano, embora vinculado ao sexo pelo atavismo da reprodução, está fadado ao amor, que tem mais vigor do que o simples intercurso genital.

Sem dúvida, por outro lado, as grandes edificações de grandeza da humanidade tiveram no sexo o seu elo de estímulo e de força. Não obstante, persegue-se o sucesso, a glória efêmera, o poder para desfrutar dos prazeres que o sexo proporciona, resvalando-se em equívoco lamentável e perturbador.

O amor à arte e à beleza igualmente inspirou Miguel Ângelo a pintar a capela Sistina, dentre outras obras magistrais, a esculpir la Pietá e o Moisés; o amor à ciência conduziu Pasteur à descoberta dos micróbios; o amor à verdade levou Jesus à cruz, traçando uma rota de segurança para as criaturas humanas de todos os tempos...

O amor é o doce enlevo que embriaga de paz os seres e os promove aos píncaros da autorrealização, estimulando o sexo dignificado, reprodutor e calmante.

Sexo, em si mesmo, sem os condimentos do amor é impulso violento e fugaz.

Psicografia de Divaldo Franco do livro Amor Imbatível Amor
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TROVAS DE AMOR IMORTAL

Amor que nunca se olvida
Guarda sempre a mesma sorte:
Ligação de vida em vida,
Saudade de morte em morte.
Lívio Barreto
Da Obra “Trovas Do Outro Mundo” Espíritos Diversos
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Digitado Por: Lúcia Aydir.




segunda-feira, 27 de agosto de 2012

SEXO

Tema da semana
Sexualidade
de 27/08/2012 a 02/09/2012


Emmanuel

O sexo, no templo da vida, é um dos altares em que a divina luz do amor se manifesta.

A ele devemos, no mundo, a bênção do lar, a ternura das mães, os laços da consanguinidade, a coroa dos filhos, o prêmio da reencarnação, o retorno à lide santificante …

Através dele, a esperança ressurge em nossa alma; e o trabalho se renova para o nosso espírito, na esteira dos séculos, para que o tempo nos reajuste, em nome do Eterno Pai

Fonte de água pura não lhe viciemos o manancial.

Campo de renovação respeitemo-lo.

Escada para o serviço edificante, usada na consagração do equilíbrio, conduzir-nos-á ao monte resplandecente da sublimação espiritual não a convertamos, pois, em corredor descendente para o abismo.

Dos abusos do sacrário em que o Senhor situou o ofício divino da gênese das formas, resultam, para a Terra, aflitivas passagens de amargura e desencanto, desarmonia e pavor.

Rendamos culto a Deus, na veneração do jardim em que a nossa existência se refaz.

Se o amor nos pede sacrifício, saibamos renunciar construtivamente, transformando-nos em servidores fiéis do Supremo Bem.

Se a obra do aperfeiçoamento moral nos impõe o jejum da alma, esperemos, no futuro, a felicidade legítima que brilhará, por fim, em nossas mãos.

A Lei segue-nos, passo a passo.

Não nos esqueçamos.

Em qualquer circunstância, recordemos que o sexo é um altar criado pelo Senhor, no templo imenso da vida.

Santificá-lo é santificar-se.

Conspurcá-lo será perdermo-nos no espaço e no tempo, descendo a escuros precipícios da morte, dos quais somente nos reergueremos pelos braços espinhosos da dor.

Livro: "Relicário de Luz" Psicografia:Francisco C. Xavier Autores Diversos
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NOTAS DE AMOR
Não zombes se vê caído 
O coração de quem ama.
Brilhante não perde o preço
Abandonado na lama.
Sabino Batista
Da Obra “Trovas Do Outro Mundo” Espíritos Diversos
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Digitado Por: Lúcia Aydir.


 




sábado, 25 de agosto de 2012

DA HUMILDADE: O BURRO DE CARGA

Tema da semana
Todo aquele que se eleva será rebaixado
de 20/08/2012 a 26/08/2012

Neio Lúcio



No tempo em que não havia automóveis, na cocheira de famoso palácio real um burro de carga curtia imensa amargura, em vista das pilhérias e remoques dos companheiros de apartamento.

Reparando-lhe o pelo maltratado, as fundas cicatrizes do lombo e a cabeça tristonha e humilde, aproximou-se formoso cavalo árabe, que se fizera detentor de muitos prêmios, e disse, orgulhoso:

- Triste sina a que recebeste! Não Invejas minha posição nas corridas? Sou acariciado por mãos de princesas e elogiado pela palavra dos reis!

- Pudera! - exclamou um potro de fina origem inglesa - como conseguirá um burro entender o brilho das apostas e o gosto da caça?

O infortunado animal recebia os sarcasmos, resignadamente.

Outro soberbo cavalo, de procedência húngara, entrou no assunto e comentou:

- Há dez anos, quando me ausentei de pastagem vizinha, vi este miserável sofrendo rudemente nas mãos de bruto amansador. É tão covarde que não chegava a reagir, nem mesmo com um coice. Não nasceu senão para carga e pancadas. É vergonhoso suportar-lhe a companhia.

Nisto, admirável jumento espanhol acercou-se do grupo, e acentuou sem piedade:

- Lastimo reconhecer neste burro um parente próximo. É animal desonrado, fraco, inútil... Não sabe viver senão sob pesadas disciplinas. Ignora o aprumo da dignidade pessoal e desconhece o amor-próprio. Aceito os deveres que me competem até o justo limite; mas, se me constrangem a ultrapassar as obrigações, recuso-me à obediência, pinoteio e sou capaz de matar.

As observações insultuosas não haviam terminado, quando o rei penetrou o recinto, em companhia do chefe das cavalariças.

- Preciso de um animal para serviço de grande responsabilidade - informou o monarca -, animal dócil e educado, que mereça absoluta confiança.

O empregado perguntou:

Não prefere o árabe, Majestade?

- Não, não - falou o soberano -, é muito altivo e só serve para corridas em festejos oficiais sem maior importância.

- Não quer o potro inglês?

- De modo algum. E’ muito irrequieto e não vai além das extravagâncias da caça.

- Não deseja o húngaro?

- Não, não. É bravio, sem qualquer educação. É apenas um pastor de rebanho.

- O jumento serviria? - insistiu o servidor atencioso.

- De maneira nenhum. É manhoso e não merece confiança.

Decorridos alguns instantes de silêncio, o soberano indagou:
- Onde está o meu burro de carga?

O chefe das cocheiras indicou-o, entre os demais.

O próprio rei puxou-o carinhosamente para fora, mandou ajaezá-lo com as armas resplandecentes de sua Casa e confiou-lhe o filho, ainda criança, para longa viagem.

Assim também acontece na vida. Em todas as ocasiões, temos sempre grande número de amigos, de conhecidos e companheiros, mas somente nos prestam serviços de utilidade real aqueles que já aprenderam a suportar, servir e sofrer, sem cogitar de si mesmos.

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Abriga-te na humildade,
Não busque mundana estima.
O ouro afunda no mar,
A palha fica por cima.
Regueira Costa

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Nunca vejas no vizinho
Defeitos fraquezas, taras...
A ostra mora no lodo
Criando pérolas raras.
Sabino Batista

-*-

Quem não deseja suportar, é incapaz de servir.
André Luiz

Do livro Ideias e Ilustrações. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

HUMILDADE


Tema da semana
Todo aquele que se eleva será rebaixado”
de 20/08/2012 a 26/08/2012

Aylton Paiva

A humildade é virtude indispensável a quem pretenda ser cristão.

Por isso, a todo momento deparamos, na literatura religiosa, especificamente na oriunda de fonte cristã, a exaltação de tal postulado ético.

Tratando-se de qualidade indeclinável, importante é que se cuide em conceituá-la e, tanto quanto possível, concretizá-la a fim de que o modelo patenteie-se diante dos nossos olhos.

Aqueles que se denominam cristãos tem procurado dar-lhe dimensão e forma.

Assim, decorrente de interpretações baseadas em diferentes pressupostos dos diversos ramos das religiões, que se desdobraram sob a égide do Cristo, a palavra humildade assume multiformes conotações, bem como é explicada por dispares conceitos.

É inclusive, vezes e vezes, confundida com atitudes exteriores e periricas do comportamento humano. Por exemplo: aquele que injustamente é admoestado ou punido, por falta que não cometeu, e cabisbaixo aceita tal situação, sem esboçar mínimo gesto de defesa, é indicado como pessoa profundamente humilde.

Aquele outro se veste, embora tendo recursos econômicos razoáveis, de forma displicente, e é apontado como humilde.

Quem realiza determinado trabalho e, sendo este elogiado pelos observadores, se esquiva através de evasivas, afirmando que é incapaz, que foi mal feito, etc. (embora intimamente reconheça que está realmente bem feito), é revelado como humilde.

Destarte, logicamente analisando tais atitudes, pela Filosofia Espírita, embasada pela ética Cristã, constatamos que tais distorções têm levado a humildade a confundir-se com servilismo, desleixo, exibicionismo disfarçado, etc.

Compreendamos, porém, que humildade é alguma coisa mais profunda, mais intensa que os superficiais comportamentos acima descritos.

A verdadeira humildade, de acordo com o Espiritismo, é a aceitação consciente e plena daquilo que somos. Com as virtudes e defeitos, com as possibilidades e limitações.

Reconheçamos, portanto, que ela é a clara compreensão da Imagem real do "Eu".

O oposto da humildade é, por consequência, o orgulho.

E este é, justamente, a imagem ampliada, distorcida, irreal que a pessoa faz do próprio Ego.

O confronto das duas posições mentais gera conflitos, tensões, complexos, compulsões, que, muitas vezes, face ao desequilíbrio imposto ao psiquismo, abrem as portas à obsessão, subjugação e possessão por entidades desencarnadas.

Portanto, a humildade será aquele estado mental, espiritual, alcançado pelo autoconhecimento, que propicia a visualização da própria imagem pela perspectiva da realidade. E isto permitirá a segurança, a tranquilidade, o otimismo e a fé no processo evolutivo a que todas as pessoas estamos submetidas.

Eis a importância do efetivo estudo da Doutrina Espírita, que fornece subsídios ao conhecimento da vida e de nós mesmos, conhecimento que deveremos possuir para acelerar o processo de crescimento espiritual.

Conclusivamente: ser humilde é reconhecer, serenamente, na vivência espiritual, o que somos, onde estamos e o que nos cumpre fazer e ser para avançar nos rumos da perfeição possível.


Fonte: Revista “O reformador”, Julho/1970. Pg. 164.
Texto extraído do site: Caminhos de Luz.
Sugestão: Acervo digital da revista “O reformador”.