Tema da semana
“Perdoai, para que
Deus vos perdoe”
de 06/08/2012 a
12/08/2012
Emmanuel
A
Divina Tolerância não constitui subversão da ordem no campo da
justiça.
O
perdão do Senhor é sempre transformação do mal no bem, com a
renovação de nossas oportunidades de luta e resgate, no grande
caminho da vida.
Vejamos
a Terra, em sua função de escola de nossos espíritos endividados e
reconheceremos a Bondade Celeste atuando, de mil modos diversos, cada
dia, no serviço de reajuste.
Aqui,
as feridas do corpo apagam o incêndio que ateávamos no passado,
buscando a destruição do próximo.
Ali,
enfermidades de diagnose obscura regeneram nossos velhos
desequilíbrios do estômago ou do sexo.
Além,
padecimentos morais inomináveis solucionam compromissos pesados,
assumidos por nós mesmos, à frente dos nossos semelhantes.
Acolá,
na guerra fria da trincheira doméstica, antigos adversários
permanecem jungidos uns aos outros, nas férreas teias das
circunstâncias que lhes constrangem as almas à experiência comum.
Enquanto
houver dívida em nossa marcha, haverá reajustamento pela dor.
É
que sendo Deus, Amor e Sabedoria, nossas ofensas não Lhe atingem a
Magnificência e o Esplendor.
Nossas
faltas atiradas à face do Todo Compassivo são como borrifos de lama
arrojados ao Sol.
Somos,
porém, descendentes de Sua Luz, e, por isso mesmo, a Justiça nos
rege.
A
Bondade Infinita do Criador ou daqueles que O representam nos afaga e
desculpa sempre, entretanto, nossa consciência jamais nos perdoa.
A
Lei do Eterno Equilíbrio brilha em nós, indicando-nos o caminho da
Ascensão quando nos achamos quites com os seus decretos de Bênçãos
ou da reabilitação, se nos constituímos seus devedores.
Tenhamos,
desta forma, cuidado em não tisnar a alvura de nossa vestimenta
interior, ou então, empenhemos nossas melhores energias por
refazer-lhe a brancura, porquanto, amanhã, a vida nos pedirá contas
do tempo e dos recursos que nos foram emprestados, e, não nos
ausentaremos do círculo escuro de nossas defecções morais,
enquanto não formos perdoados por nosso tribunal íntimo, de vez
que, como criaturas de Deus, desejamos senhorear a Sublime Herança
que nos é reservada, não à conta de mendigos ou mercenários da
Graça Divina, mas, na posição de Filhos Redimidos de Nosso Pai
Celestial.
Do
livro “Refúgio”.
Psicografia
de Francisco Cândido Xavier.
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