Tema da semana
“Sexualidade”
de 27/08/2012 a 02/09/2012
Benedita Fernandes
Diante das contestações
que se avolumam, na atualidade, pregando a reforma dos hábitos e
costumes, surgem os demolidores de mitos e de Instituições,
assinalando a necessidade de uma nova ordem que parece assentar as
suas bases na anarquia.
A onda cresce e o
tresvario domina, avassalador, ameaçando os mais nobres patrimônios
da cultura, da ética e da civilização, conquistados sob ônus
pesados, no largo processo histórico da evolução do homem.
Os aficionados de
revolução destruidora afirmam que os valores ora considerados, são
falsos, quando não falidos, e que os mesmos vêm comprimindo o
indivíduo, a sociedade e as massas, que permanecem jungidos ao
servilismo e à hipocrisia, gerando fenômenos alucinatórios e
mantendo, na miséria de vários matizes, grande parte da humanidade.
Entre as Instituições
que, para eles, se apresentam ultrapassadas, destacam o matrimônio e
a família, propondo a promiscuidade sexual, que disfarçam com o
nome de "amor livre", e a independência do jovem, imaturo
e inconsequente, sob a justificativa de liberdade pessoal, que
não pode nem deve ser asfixiada sob os impositivos da ordem, da
disciplina, da educação...
Excedendo-se, na
arbitrariedade das propostas ideológicas ainda não confirmadas pela
experiência social nem pela convivência na comunidade, afirmam que
a criança e o jovem não são dependentes quanto parecem, podendo
defender-se e realizar-se, sem a necessidade da estrutura familiar, o
que libera os pais negligentes de manterem os vínculos conjugais,
separando-se tão logo enfrentam insatisfações e desajustes, sem
que se preocupem com a prole.
Não é necessário que
analisemos os problemas existenciais destes dias, nem que façamos
uma avaliação dos comportamentos alienados, que parecem resultar da
insatisfação, da rebeldia e do desequilíbrio, que grassam em larga
escala.
A monogamia é
conquista de alto valor moral da criatura humana, que se dignifica
pelo amor e respeito ao ser elegido, com ele compartindo alegrias e
dificuldades, bem-estar e sofrimentos, dando margem às expressões
da afeição profunda, que se manifesta sem a dependência dos
condimentos sexuais, nem dos impulsos mais primários da posse, do
desejo insano.
Utilizando-se da razão,
o homem compreende que a vida biológica é uma experiência muito
rápida, que ainda não alcançou biótipos de perfeição, graças
ao que, é frágil, susceptível de dores, enfermidades, limitações,
sendo, os estágios da infância como o da juventude, preparatórios
para os períodos do adulto e da velhice.
Assim, o desgaste e o
abuso de agora tornam-se carência e infortúnio mais tarde, na
maquinaria que deve ser preservada e conduzida com morigeração.
Aprofundando o
conceito sobre a vida, se lhe constata a anterioridade ao berço e a
continuidade após o túmulo, numa realidade de interação
espiritual com objetivos definidos e inamovíveis, que são os
mecanismos inalienáveis do progresso, em cujo contexto tudo se
encontra sob impositivos divinos expressos nas leis universais.
Desse modo, baratear,
pela vulgaridade, a vida e atirá-la a situações vexatórias,
destrutivas, constitui crime, mesmo quando não catalogado pelas leis
da justiça, exaradas nos transitórios códigos humanos.
O matrimônio é uma
experiência emocional que propicia comunhão afetiva, da qual
resulta a prole sob a responsabilidade dos cônjuges, que se nutrem
de estímulos vitais, intercambiando hormônios preservadores do bem
estar físico e psicológico. Não é, nem poderia ser, uma incursão
ao país da felicidade, feita de sonhos e de ilusões.
Representa um tentame,
na área da educação do sexo, exercitando a fraternidade e o
entendimento, que capacitam as criaturas para mais largas incursões
na área do relacionamento social. Ao mesmo tempo, a família
constitui a célula experimental, na qual se forjam valores elevados
e se preparam os indivíduos para uma convivência salutar no
organismo universal, onde todos nos encontramos fixados.
A única falência, no
momento, é a do homem, que se perturba, e, insubmisso, deseja
subverter a ordem estabelecida, a seu talante, em vãs tentativas de
mudar a linha do equilíbrio, dando margem às alienações em que
mergulha.
Certamente, muitos
fatores sociológicos, psicológicos, religiosos e econômicos
contribuíram para este fenômeno. Não obstante, são
injustificáveis os comportamentos que investem contra as
Instituições objetivando demoli-las, ao invés de auxiliar de
forma edificante em favor da renovação do que pode ser recuperado,
bem como da transformação daquilo que se encontre ultrapassado.
O processo da evolução
é inevitável. Todavia, a agressão, pela violência, contra as
conquistas que devem ser alteradas, gera danos mais graves do que
aqueles que se buscam corrigir. O lar, estruturado no amor e no
respeito aos direitos dos seus membros, é a mola propulsionadora do
progresso geral e da felicidade de cada um, como de todos em
conjunto.
Para esse desiderato,
são fixados compromissos de união antes do berço, estabelecendo-se
diretrizes para a família, cujos membros se voltam a reunir com
finalidades específicas de recuperação espiritual e de crescimento
intelecto moral, no rumo da perfeição relativa que todos
alcançarão.
Esta é a finalidade
primeira da reencarnação.
A precipitação e
desgoverno das emoções respondem pela ruptura da responsabilidade
assumida, levando muitos indivíduos ao naufrágio conjugal e á
falência familiar por exclusiva responsabilidade deles mesmos.
Enquanto houver o
sentimento de amor no coração do homem --- e ele sempre existirá,
por ser manifestação de Deus ínsita na vida --- o matrimônio
permanecerá, e a família continuará sendo a célula fundamental da
sociedade.
Envidar esforços para
a preservação dos valores morais, estabelecidos pela necessidade do
progresso espiritual, é dever de todos que, unidos, contribuirão
para uma vida melhor e uma humanidade mais feliz, na qual o bem será
a resposta primeira de todas as aspirações.
Psicografia de Divaldo Franco do livro Antologia Espiritual.
CANTIGAS DE AMOR
Amor vence espinho, ultraje,
Agravo, calúnia e lama.
Amor puro é Deus que age
No coração de quem ama.
Adelmar Tavares
Da Obra “Trovas Do Outro
Mundo” Espíritos Diverso
Psicografia: Francisco
Cândido Xavier
Digitado Por: Lúcia Aydir.
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