terça-feira, 31 de dezembro de 2013

DESGRAÇAS TERRENAS

Tema da semana
“Planeta Terra”
De 30/12/2013 a 05/01/2014

Joanna de Ângelis

Toda vez que uma desgraça se abate sobre um homem, a verdadeira desgraça para êle é não saber receber devidamente o infortúnio que lhe chega.

Desgraça, realmente, é o mal, o prejuízo, o dano que se pode praticar contra algm e não o que se recebe ou se sofre.

O que muitas vezes tem aparência de desgraça e isto quase sempre — é resgate intransferível e valioso que assoma à alfândega do devedor, cobrando-lhe os débitos livremente assumidos e aceitos. Das mais duras provações sempre resultam benefícios valiosos para o espírito imortal. que considerar cada um a própria posição que mantém na vida terrena para avaliar com acerto os acontecimentos que o visitam.

Quando somente se experimentam as emoções físicas e conceituamos os valores imediatos, desgraças, em realidade, para tais, são os pequenos caprichos não atendidos, as veleidades vaidosas não respeitadas, as ambões ridículas o satisfeitas que assumem papel preponderante e se transformam em infelicidades legítimas, porquanto, ignorando propositalmente as realidades superiores, esses descuidados se apegam às menores coisas e aos recursos de nenhuma monta, derrapando para a irritabilidade, as paixões, a loucura, o suicídio: desgraças que levam o espírito às proncias de amarguras inomináveis, a vencerem tempo sem limite em etapas de dor sem nome...

* * *

As desgraças que foram convencionadas como:

perda de saúde, prejuízos financeiros, ausência de pessoas amadas, desemprego, acidentes, abandono por parte de queridos afetos, se constituem áspero testemunho que chega ao ser em jornada redentora, se transformam também em portal que transposto estoicamente decerra a dádiva da felicidade permanente e enseja paz sem refrega de luta em atmosfera de harmonia interior.

Quando o infortúnio o resulta de imediato desatino ou leviandade é bênção da Vida à vida, facultando viria próxima.

Nesse particular os Espíritos Superiores levam em alta consideração os sofrimentos humanos, as desgraças que abatem homens, famílias, povos e, pressurosos, em nome da Misericórdia Divina, acorrem a ajudar e socorrer esses padecentes, dando-lhes forças e coragem para permanecerem firmes e confiantes, buscando diminuir neles a intensidade da dor, e, noutras circunstâncias, tendo em vista os novos méritos que resultam das conquistas individuais ou coletivas, desviando-as, atenuando-as, impedindo mesmo que se realize, pela constrão do sofrimento, a depuração espiritual, o que faculta meios de crescimento pelo amor em bênçãos edificantes capazes de anular o saldo devedor constritivo e perseverante, porque se a Justiça Divina é rigorosa e imutável, a Divina Misericórdia se consubstancia no amor, tendo-se em vista que Deus, nosso Pai Excelso, é amor”.

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“Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados”.
Mateus: capítulo , versículo 4.

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“De duas espécies são as vicissitudes da vida, ou se o preferirem, promanam de duas fontes bem diferentes, que importa distinguir. Umas têm sua causa na vida presente; outras, fora desta vida”.
Capítulo 5º — Item 4.

Psicografia de Divaldo Franco do livro Florações Evangélicas

Os planetas que rolam no infinito constituem a família universal, por excelência. Cada um deles comporta uma humanidade, irmã de todas as outras que vibram na imensidade.


Referência:XAVIER, Francisco Cândido. Dicionário da alma. Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt. 5a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Um compromisso com o nosso planeta

Tema da semana
Planeta Terra”
de 30/12/2013 a 05/01/2014

Momento Espírita

Era início de tarde de um dia ensolarado. Após almoçar, Ana caminhava de volta ao trabalho, em seu trajeto diário, e cruzava uma praça.

Há alguns meses a Prefeitura havia instalado, em uma das esquinas da praça, lixeiras para lixo reciclável, com cores e rótulos diferentes para metal, plástico, papel e vidro.

Ana, que achara a iniciativa excelente, costumava, ao passar por ali, observar as pessoas ao utilizarem as lixeiras.

Para sua tristeza, era comum que os transeuntes depositassem o lixo sem atenção e comumente de modo incorreto, mas nunca tivera coragem de abordar alguém.

Isto lhe causava uma certa indignação, e costumava julgar que as pessoas, de maneira geral, não se importam com a natureza.

Acostumada, desde criança, a separar os resíduos recicláveis, não admitia o descuido em casa. Afinal, pensava ela, temos um compromisso com nosso planeta.

Nesse dia, ao se aproximar da esquina da praça, reparou em uma criança, com não mais que seis anos, que segurava uma lata de metal em uma mão, e, com a outra, segurava a mão da mãe que caminhava apressada.

A criança soltou a mão da mãe e parou em frente às lixeiras, esforçando-se para ler os rótulos. A mãe seguiu mais alguns passos, parou e chamou a filha.

A menina respondeu que precisava jogar a latinha no lugar certo, ao que a mãe retrucou:Tanto faz, jogue em qualquer uma, pelo menos não está jogando na rua. Apresse-se!

A garotinha não se intimidou. Respondeu que a professora dissera, na escola, que separar o lixo é importante para quem trabalha com ele e para ajudar a natureza. Dirigiu-se então para a lixeira correta e colocou a lata.

Em seguida, com um sorriso nos lábios, correu para junto da mãe que já estava se afastando.

Ana havia parado e observara a cena sorrindo. Emocionou-se ao ver aquela criança tão pequena agindo tão corretamente e servindo de lição para a mãe. Pensou que é possível, sim, modificar as pessoas pela educação.

Chegando ao trabalho, resolveu vistoriar as lixeiras que ela mandara instalar, de cores diferentes, com rótulos específicos e percebeu resíduos dispensados incorretamente.

Parou para pensar: Havia instruído corretamente seus funcionários?

Dirigiu-se ao computador e buscou, em um site da Prefeitura, as corretas indicações para a separação. Fez um resumo e imprimiu algumas cópias. Marcou uma reunião com o turno da tarde e outro com o turno da manhã.

Para sua surpresa, os funcionários interessaram-se muito pelo assunto, e ela descobriu que eles careciam de conhecimentos detalhados sobre a correta separação.

Feliz, Ana discorreu sobre todos os itens, de forma detalhada. O assunto se estendeu até para cuidados com o lixo doméstico e sobre como evitar desperdícios.

A zeladora prometeu vistoriar as lixeiras.

Alguns dias mais tarde, ao lembrar do fato, Ana concluiu que, apesar de pensar estar fazendo sua parte, na verdade, pôde fazer muito mais.

E sentiu-se profundamente feliz e grata àquela pequena criança anônima.

*   *   *

A Terra nos acolhe e permite a maravilhosa oportunidade de viver. Temos para com ela, bem como para com as gerações futuras, o compromisso de preservá-la, em agradecimento à maravilhosa obra de Deus, da qual somos parte fundamental

Pense nisso! E faça sua parte você também!!

  Redação do Momento Espírita baseada em fato.
Em 03.07.2009.


TERRA
A Terra é a nossa grande casa de ensino. Conservar a criança sem educação, dentro dela, é tão perigoso, quanto abrir urna escola, para a consagração da indisciplina.
Aura Celeste 
Do livro “Dicionário da Alma”

Psicografia de Francisco Cândido Xavier

sábado, 28 de dezembro de 2013

CARIDADE E DEVER

Tema da semana
“Necessidade da caridade Segundo São Paulo”
De 23/12/2013 a 29/12/2013
André Luiz

Troquemos, de quando em quando, os grandes conceitos da caridade pelos atos miúdos que lhe confirmem a existência.

Não apenas os feitos de elevado alcance e os gestos heroicos dignos da imprensa. Beneficência no cotidiano Obra assistencial de cada um.

Calar o momento indiscreto.

Não empurrar os outros na condução coletiva.

Evitar os serviços de última hora, nas instituições de qualquer espécie, aliviando companheiros que precisam do ônibus em horário certo para o retorno à família.

Reprimir o impulso de irritação e falar normalmente com as pessoas que nada têm a ver com os nossos problemas.

Aturar sem tiques de impaciência a conversação do amigo que ainda não aprendeu a sintetizar.

Ouvir, qual se fosse pela primeira vez, um caso recontado pelo vizinho em lapso de memória.

Poupar o trabalho de auxiliares e cooperadores, organizando anotações prévias de encomendas e tarefas por fazer, para que não se convertam em andarilhos por nossa conta.

Desistir de reclamações descabidas diante de colaboradores que não têm culpa das questões que nos induzem à pressa, nas organização de cujo apoio necessitamos.

Pagar sem delonga o motorista ou a lavadeira, o armazém ou a farmácia que nos resolvem as necessidades, sem a menor obrigação de nos prestarem auxílio.

Respeitar o direito do próximo sem exigir de ninguém virtudes que não possuímos ou benefícios que não fazemos.

Todos pregamos reformas salvadoras.

Guardemos bastante prudência para não nos fixarmos inutilmente nos dísticos de fachada.

Edificação social, no fundo, é caridade e caridade vem de dentro. Façamos uns aos outros a caridade de cumprir o próprio dever.

Do livro Sol nas Almas. Psicografia de Waldo Vieira

[...] a caridade, aliás, faz da moderação um dever, mesmo para os que estão contra nós. [...]

Referência:KARDEC, Allan. Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita. Org. por Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - cap. 18