Tema
da semana
“Jesus
na casa de Zaqueu”
De
09/12/2013 a 15/12/2013
Momento
espírita
Jericó
era um oásis. O seu clima suave e tépido era propício para fartos
pomares, roseirais e palmeiras.
Era
ali que morava Zaqueu. Ele trabalhava na aduana. Era um coletor de
impostos para o império romano. Também tinha seus lucrativos
negócios.
Zaqueu
e sua mulher viviam isolados da vida social de Jericó. Quando davam
festas, os únicos convidados eram sempre os parentes e os
funcionários da alfândega.
Extremamente
rico, ele tinha uma consciência de inferioridade, face ao tratamento
que recebia do seu povo. Todos o desprezavam porque trabalhava para o
opressor romano.
Sua
consciência lhe dizia que nunca prejudicara a ninguém, pois que
procurava ser justo.
Então,
às vésperas da Páscoa, se espalhou a notícia de que o Rabi da
Galiléia, a quem chamavam Jesus de Nazaré, chegaria à cidade.
Zaqueu
já ouvira falar Dele e uma secreta simpatia o invadira. Aquele era o
Homem que dizia que todos deveriam se amar como irmãos, que comia à
mesa dos publicanos e Se misturava com o povo.
Junto
a numerosas pessoas, Zaqueu foi receber Jesus à entrada da cidade.
De
pequena estatura, gordo, pernas curtas, por mais se pusesse na ponta
dos pés, não conseguia ver coisa alguma.
Ofereceu
moedas a um homem para que lhe vendesse um jumento. Pensou que
subindo nele, talvez pudesse enxergar.
Mas
o homem desprezou o seu dinheiro.
Pediu
a um homem muito alto que o erguesse, em troca de sua bolsa cheia de
moedas. Em vão.
Empurrado
e pisado pela multidão, finalmente Zaqueu conseguiu ver, à beira da
estrada, uma árvore.
Era
uma mistura de figueira e amoreira, um sicômoro, com raízes grossas
para fora da terra.
Mais
do que depressa, nela subiu e sorriu feliz. Dali, ele podia ver o
Mestre se aproximando.
E
uniu a sua voz a de todos os demais, gritando hosanas a Jesus.
Quando
o Mestre passou pela árvore, olhou para cima e ao ver aquele homem
agarrado aos galhos, como se fosse um fruto, lhe disse:
Zaqueu!
Desce depressa, porque hoje me convém pernoitar em tua casa.
O
homem desceu presto, correu para casa, para junto com a mulher
preparar o melhor para o conviva.
Na
sua intimidade dizia que não era digno que criatura de tão nobre
estirpe entrasse em sua casa.
Mentalmente,
reviu os negócios. Teria lesado alguém? Teria recebido a mais?
Talvez
tivesse comprado terras a preço irrisório e vendido com lucro
excessivo. Sente-se atormentar.
Quando
observa o Amigo chegando, acompanhado por grande multidão, Zaqueu
vai ao encontro Dele e exclama:
Senhor,
eis que dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa
tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado! Entra na minha
casa!
Jesus
sorriu, um riso leve e bom como um sopro de amor.
Hoje
– disse
suave –
veio a
salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque
o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.
Narram
tradições evangélicas que, anos mais tarde, Simão Pedro convidou
o antigo publicano a dirigir florescente comunidade cristã, nas
terras de Cesaréia.
E
Zaqueu, rico de amor e humildade, foi servir a Jesus, servindo aos
homens.
*
* *
No
exemplo desse rico homem se encontra o que costuma acontecer no
cotidiano das pessoas, no mundo.
São
muitos os ricos e poderosos da Terra, que aguardam por Jesus, nas
estradas amarguradas em que estão.
Não
são poucos os que conduzem o bem escondido em si mesmos.
Bem
que ficou abafado pelos convencionalismos terrenos e que esperam uma
oportunidade para ser ativado e servir.
Redação
do momento espírita
Fonte:
Momento
espírita.
---
VALOR
A
obtenção da fé reclama determinados
valores
de riqueza espiritual.
Emmanuel
Do
livro “Dicionário da alma”.
Psicografia
de “Francisco Cândido Xavier”.
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