Tema
da semana
“Arbitrariedade”
de
02/12/2013 a 08/12/2013
843.O
homem tem livre-arbítrio nos seus atos?
— Pois
que tem a liberdade de pensar, tem a de agir. Sem o livre-arbítrio o
homem seria uma máquina.
844.O
homem goza do livre-arbítrio desde o nascimento?
— Ele
tem a liberdade de agir, desde que tenha
a vontade de o fazer. Nas primeiras fases da vida, a
liberdade é quase nula; ela se desenvolve e muda de objeto com
as faculdades. Estando os pensamentos da criança em relação
com as necessidades da sua idade, ela aplica o seu livre-arbítrio
às coisas que lhe são necessárias.
845.
As predisposições instintivas que o homem traz ao nascer não são
um obstáculo ao exercício de seu livre-arbítrio?
—As
predisposições instintivas são as do Espírito antes da
sua encarnação; conforme for ele mais ou menos adiantado, elas
podem impeli-lo a atos repreensíveis, no que ele será secundado por
Espíritos que simpatizem com essas disposições; mas não há
arrastamento irresistível, quando se tem a vontade de resistir.
Lembrai-vos de que querer é poder.(Ver item 361.)
846.
O organismo não influi nos atos da vida? E se influi, não o faz com
prejuízo do livre-arbítrio?
—
O Espírito
é certamente, influenciado pela matéria, que pode entravar as
suas manifestações. Eis porque, nos mundos em que os corpos são
menos materiais do que na Terra, as faculdades se desenvolvem, com
mais liberdade.Mas o instrumento não dá faculdades ao Espírito. De
resto, é necessário distinguir neste caso as faculdades morais das
faculdades intelectuais. Se um homem tem o instinto do assassínio, é
seguramente o seu próprio Espírito que o possui e que lho
transmite mas nunca os seus órgãos. Aquele que aniquila o seu
pensamento para apenas se ocupar da matéria se faz semelhante
ao bruto e ainda pior, porque não pensa mais em se precaver
contra o mal. E nisso que ele se torna faltoso, pois assim age
pela própria vontade. (Ver item 367 e seguintes,Influência do
organismo.)
847.
A alteração das faculdades tira do homem o livre-arbítrio?
—Aquele
cuja inteligência está perturbada por uma causa qualquer perde
o domínio do seu pensamento e desde então não tem mais
liberdade. Essa alteração é frequentemente
uma punição para o Espírito que, numa existência, pode ter
sido vão e orgulhoso, fazendo mau uso de suas faculdades. Ele
pode renascer no corpo de um idiota, como o déspota no corpo de
um escravo e o mau rico no de um mendigo. Mas o Espírito sofre
esse constrangimento, do qual tem perfeita consciência: é
nisso que está a ação da matéria. (Ver item 371 e
seguintes.)
848,
A alteração das faculdades intelectuais pela embriaguez desculpa os
atos repreensíveis?
— Não,
pois o ébrio voluntariamente se priva da razão para satisfazer
paixões brutais: em lugar de uma falta, comete duas.
849. Qual
é, no homem em estado selvagem, a faculdade dominante: o instinto ou
o livre-arbítrio?
— O
instinto, o que não o impede de agir com inteira liberdade em certas
coisas. Mas, como a criança, ele aplica essa liberdade às
suas necessidades e ela se desenvolve com a inteligência. Por
conseguinte, tu, que és mais esclarecido que um selvagem, és
também mais responsável que ele pelo que fazes.
850. A
posição social não é, às vezes, um obstáculo à inteira
liberdade de ação?
— O
mundo tem, sem dúvida,
as suas exigências. Deus é justo e tudo leva em conta, mas vos
deixa a responsabilidade dos poucos esforços que fazeis para
superar os obstáculos.
LIVRE-ARBÍTRIO
O
homem está subordinado ao seu livre-arbítrio,
mas
sua existência esta submetida a determinadas
circunstâncias
de acordo com o mapa de seus serviços
e
provações na Terra e delineado pela individualidade,
em
harmonia com as opiniões dos seus guias espirituais,
antes da reencarnação.
Emmanuel
Do
livro “Dicionário da Alma”
Psicografia
de Francisco Cândido Xavier
Nenhum comentário:
Postar um comentário
(-: , Olá, seja bem vindo, se o seu comentário for legal, e não trouxer conteúdo agressivo, ele será postado.