sábado, 28 de fevereiro de 2015

MENSAGEM AOS MÉDIUNS

Bezerra de Menezes


Irmã Odette: que a Paz do Senhor nos felicite os corações.

Mediunidade com Jesus é serviço aos semelhantes. Desenvolver esse recurso é, sobretudo, aprender a servir.

Aqui, alguém fala em nome dos Espíritos desencarnados; ali, um companheiro aplica energias curadoras; além, um cooperador ensina o roteiro da verdade; acolá, outro enxuga as lágrimas do próximo, semeando consolações. Contudo, é o mesmo poder que opera em todos. É a divina inspiração do Cristo, dinamizada através de mil modos diferentes por reerguer-nos da condição de inferioridade ou de sofrimento ao título de herdeiros do Eterno Pai.

E nessa movimentação bendita de socorro e esclarecimento, não se reclama o título convencional do mundo, qualquer que seja, porque a mediunidade cristã, em si, não colide com nenhuma posição social, constituindo fonte do Céu a derramar benefícios na Terra, por intermédio dos corações de boa vontade.

Em razão disso, antes de qualquer sondagem das forças psíquicas, no sentido de se lhes apreciar o desdobramento, vale mais a consagração do trabalhador à caridade legitima, em cujo exercício todas as realizações sublimes da alma podem ser encontradas.

Quem desejar a verdadeira felicidade, há de improvisar a felicidade dos outros; quem procure a consolação, para encontrá-la deverá reconfortar os mais desditosos da experiência humana.

Dar para receber.

Ajudar para ser amparado.

Esclarecer para conquistar a sabedoria, e devotar-se ao bem do próximo para alcançar a divindade do amor.

Eis a lei que impera igualmente no campo mediúnico, sem cuja observação o colaborador da Nova Revelação, não atravessa o pórtico das rudimentares noções de vida eterna.

Espírito algum construirá a escada de ascensão sem atender as determinações do auxilio mútuo.

Nesse terreno, portanto, há muito que fazer nos círculos da Doutrina Cristã rediviva, porque não basta ser médium para honrar-se alguém com as bênçãos da luz, tanto quanto não vale possuir uma charrua perfeita, sem a sua aplicação de esforço na sementeira.

A tarefa pede fortaleza no serviço, com ternura no sentimento.

Sem um raciocínio amadurecido para superar a desaprovação provisória da ignorância e da incompreensão e sem as fibras harmoniosas do carinho fraterno para socorrê-las, com espírito de solidariedade real, é quase impraticável a jornada para a frente.

Os golpes da sombra martelam o trabalho iluminativo da mente por todos os flancos e imprescindível se torna ao instrumento humano das verdades divinas amar-se convenientemente na fé viva e na boa vontade incessante, a fim de satisfazer aos imperativos do ministério a que foi convocado.

Age, assim, com isenção de ânimo, sem desalento e sem inquietação, em teu apostolado de curar.

Estende as tuas mãos sobre os doentes que te busquem o concurso de irmã dos infortunados, convicta de que o Senhor é o Manancial de todas as Bênçãos.

O lavrador semeia, mas é a bondade Divina que faz desabrochar a flor e preparar-se o fruto. É indispensável marchar de alma erguida para o Alto, embora vigiando as serpes e os espinhos que povoam o chão.

Diversos amigos se revelam interessados em tua tarefa de fraternidade e luz e não seria justo que a hesitação te paralisasse os impulsos mais nobres, tão somente porque a opinião do mundo te não entende os propósitos, nem os objetivos da esfera espiritual, de maneira imediata.

Não importa que o templo seja humilde e que os mensageiros compareçam na túnica de extrema simplicidade.

O Mestre Divino ensinava a verdade à frente de um lago e costumava administrar os dons celestiais sob um teto emprestado; além disso, encontrou os companheiros mais abnegados e fieis entre os pescadores anônimos, integrados na vida singela da Natureza.

Não te apoquentes, minha irmã, e segue com serenidade.

Claro está que ainda não temos seguidores leais do Senhor, sem a cruz do sacrifício.

A mediunidade é um madeiro de espinhos dilacerantes, mas com o avanço da subida, calvário acima, os acúleos se transformam em flores e os braços da cruz se convertem em asas de luz para alma livre na eternidade.

Não desprezes a tua oportunidade de servir, e prossegue de esperança robusta.

A carne é uma estrada breve.

Aproveitemo-la sempre que possível na sublime sementeira da caridade perfeita.

Em suma, ser médium no roteiro cristão é dar de si mesmo em nome do Mestre. E foi Ele que nos descerrou a realidade de que somente alcançam a vida verdadeira aqueles que sabem perder a existência em favor de todos os que se constituem seus tutelados e filhos de Deus na Terra.

Segue, pois, para diante, amando e servindo.

Não nos deve preocupar a ausência da compreensão alheia. Antes de cogitarmos do problema de sermos amados, busquemos amar, conforme o Amigo Celeste nos ensinou.

Que Ele nos proteja, nos fortifique e abençoe.


Psicografia de Chico Xavier do Livro "Através do Tempo"

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Recurso da oração

Tema da semana
Prece e Oração
De 23/02/2015 a 01/03/2015

Joanna de Ângelis

A Fonte Divina de energia é alcançada através da oração.
Penetro-lhe   o   fulcro,   enquanto   oro,   e   revigoro-me  com  as forças que me invadem.
A  energia  superior  restaura-me o equilíbrio e o campo vital se recompõe, sustentando-me o ser.
Oro  e  elevo-me  a  Deus,  assim  pairando,  embora  por  momentos, acima das misérias humanas.



oração  é  o  recursmiríficmaiacessíveparpermitir  à criatura comunicação com o Criador.

Ponte invisível de energias sutis, faculta a união da alma com o Genitor Divino, por cujo meio esta haure as forças e a inspiração para os cometimentos difíceis da existência.

o altera o campo de lutas, nem impede os testemunhos que favorecem   a   evolução.   Entretanto,   brinda   resistências   para   os embates, encorajando e vitalizando sempre.

Amplia a visão da realidade, ao tempo em que robustece o entusiasmo de quem se lhe entrega.

Modifica a compreensão e o modo de encarar-se os acontecimentos, produzindo sintonia com o Divino Pensamento, que tudo governa.

Quem ora supera tensões e penetra-se de paz.

A oração cria as condições e as circunstâncias para a meditaçãoquprojeta  o  psiquismnaesferaelevadasassiequilibrando a saúde e as aspirações, por melhor orientar o sentido da existência e a programática da reencarnação.

Ela prepara o santo, sustenta o herói, inspira o pesquisador, mantém a vida, enquanto projeta luz nas paisagens em sombra ou enevoadas, que se apresentam ameaçadoras.

Por mais te sintas pleno, o percas o hábito da oração, a fim de te manteres equilibrado.

Atravessanddificuldadeoenfrentandprovarudes  e  severas  expiações,  recorre-lhaconcurso  e  constataráobenefícios que te advirão.

Parmanter  o  ritmo dtrabalho e conservar o ideal, ela é o meio mais eficaz, de ação duradoura, de que podes dispor com facilidadesomenttpreservará  aforçamorais  e   espirituais, como atrairá a presença dos Bons Espíritos, que se fazem instrumentos  de  Deus  para  a  solução de muitos problemas humanos.

Dá  prosseguimento  à oração,  utilizando-te da ação digna, que te manterá psiquicamente no mesmo elevado clima.

Quem  ora  renova-se  e  ilumina-se,  pois  acende  claridades  íntimas que se exteriorizam mediante vibrações especiais.

Quando consigas experimentar o bem-estar e a alegria que se derivam da oração, buscá-la-ás com frequência, tornando-se-te linguagem poderosa de comunicação com a Vida Estuante.
Envolto nas suas irradiações, diluirás todo mal que se te acerque, beneficiando os maus que de ti se aproximem.

De tal maneira te sentirás, que passarás a orar constantemente, tornando tua existência um estado de prece.

Recorre à  oração em todos os momentos da vida. Na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e sem recursos, no êxito e no fracasso, ora confiante na resposta divina.

Orando,  elevar-te-ás,  e  na  energia  da  prece  receberás  tudo quanto se te tornará necessário para prosseguires lutando e lograres a vitória.

A   criatura   busca   Deus   pela   oração   e   Ele   responde-lhe mediante  a  intuição  do  que  fazer,  de  como  fazer  e  para  que, fazendo, seja feliz.

Psicografia de Divaldo Franco do livro “Momentos de Saúde”

ORAÇÃO
Cornélio Pires

Entram em curta oração
Meus sentimentos plebeus,
Agradeço os dons da vida
E peço a bênção de Deus.

Psicografia Francisco Cândido Xavier
Livro Trovas do Coração


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Oração e Renovação

Tema da semana
Prece e Oração
De 23/02/2015 a 01/03/2015


Emmanuel
“Holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram.” - Paulo. (Hebreus, 10:6.)

É certo que todo trabalho sincero de adoração espiritual nos levanta a alma, elevando-nos os sentimentos.

A súplica, no remorso, traz-nos a bênção das lágrimas consoladoras. A rogativa na aflição dá-nos a conhecer a deficiência própria, ajudando-nos a descobrir o valor da humildade. A solicitação na dor revela-nos a fonte sagrada da Inesgotável Misericórdia.

A oração refrigera, alivia, exalta, esclarece, eleva, mas, sobretudo, afeiçoa o coração ao serviço divino. Não olvidemos, porém, de que os atos íntimos e profundos da fé são necessários e úteis a nós próprios.

Na essência, não é o Senhor quem necessita de nossas manifestações votivas, mas somos nós mesmos que devemos aproveitar a sublime possibilidade da repetição, aprendendo com a sabedoria da vida.

Jesus espera por nossa renovação espiritual, acima de tudo.

Se erraste, é preciso procurar a porta da retificação.

Se ofendeste a alguém, corrige-te na devida reconciliação.

Se te desviaste da senda reta, volta ao caminho direito.

Se te perturbaste, harmoniza-te de novo.

Se abrigaste a revolta, recupera a disciplina de ti mesmo.

Em qualquer posição de desequilíbrio, lembra-te de que a prece pode trazer-te sugestões divinas, ampliar-te a visão espiritual e proporcionar-te consolações abundantes; todavia, para o Senhor não bastam as posições convencionais ou verbalistas.

O Mestre confere-nos a Dádiva e pede-nos a iniciativa.

Nos teus dias de luta, portanto, faze os votos e promessas que forem de teu agrado e proveito, mas não te esqueças da ação e da renovação aproveitáveis na obra divina do mundo e sumamente agradáveis aos olhos do Senhor.

Do livro “Vinha de Luz”, ditado pelo espírito Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier


[...] A oração, a comunhão pelo pensamento
com o universo espiritual e divino é o esforço
da alma para a beleza e para a verdade eternas;
 é a entrada, por um instante, nas esferas da vida
real e superior, aquela que não tem termo.
Referência: DENIS, Léon. O problema do ser,
do destino e da dor: os testemunhos, os fatos,
as leis. 28a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - pt. 3, cap. 24

sábado, 21 de fevereiro de 2015

MENSAGEM AOS MÉDIUNS

Emmanuel


Venho exortar a quantos se entregaram na Terra à missão da mediunidade, afirmando-lhes que, ainda em vossa época, esse posto é o da renúncia, da abnegação e dos sacrifícios espontâneos. Faz-se mister que todos os Espíritos, vindas ao planeta com a incumbência de operar nos labores mediúnicos, compreendam a extensão dos seus sagrados deveres para a obtenção do êxito no seu elevado e nobilitante trabalho.

Médiuns! A vossa tarefa deve ser encarada como um santo sacerdócio; a vossa responsabilidade é grande, pela fração de certeza que vos foi outorgada, e muito se pedirá aos que muito receberam. Faz-se, portanto, necessário que busqueis cumprir, com severidade e nobreza, as vossas obrigações, mantendo a vossa consciência serena, se não quiserdes tombar na luta, o que seria crestar com as vossas próprias mãos as flores da esperança numa felicidade superior, que ainda não conseguimos alcançar! Pesai as consequências dos vossos mínimos atas, porquanto é preciso renuncieis à própria personalidade, aos desejos e aspirações de ordem material, para que a vossa felicidade se concretize.

VIGIAR PARA VENCER

Felizes daqueles que, saturados de boa-vontade e de fé, laboram devotadamente para que se espalhe no mundo a Boa Nova da imortalidade. Compreendendo a necessidade da renúncia e da dedicação, não repararam nas pedras e nos acúleos do caminho, encontrando nos recantos do seu mundo interior os tesouros do auxilio divino. Acendem nos corações a luz da crença e das esperanças, e se, na maioria das vezes, seguem pela estrada incompreendidos e desprezados, o Senhor enche com a luz do seu amor os vácuos abertos pelo mundo em suas almas, vácuos feitos de solidão e desamparo.

Infelizmente, a Terra ainda é o orbe da sombra e da lágrima, e toda tentativa que se faz pela difusão da verdade, todo trabalho para que a luz se esparja fartamente encontram a resistência e a reação das trevas que vos cercam. Dai nascem as tentações que vos assediam, e partem as ciladas em que muitos sucumbem, à falta da oração e da vigilância apregoadas no Evangelho.

QUEM SÃO OS MÉDIUNS NA SUA GENERALIDADE

Os médiuns, em sua generalidade, não são missionários na acepção comum do termo; são almas que fracassaram desastradamente, que contrariaram, sobremaneira, o curso das leis divinas, e que resgatam, sob o peso de severos compromissos e ilimitadas responsabilidades, o passado obscuro e delituoso. O seu pretérito, muitas vezes, se encontra enodoado de graves deslizes e de erros clamorosos. Quase sempre, são Espíritos que tombaram dos cumes sociais, pelos abusos do poder, da autoridade, da fortuna e da inteligência, e que regressam ao orbe terráqueo para se sacrificarem em favor do grande número de almas que desviaram das sendas luminosas da fé, da caridade e da virtude. São almas arrependidas que procuram arrebanhar todas as felicidades que perderam, reorganizando, com sacrifícios, tudo quanto esfacelaram nos seus instantes de criminosas arbitrariedades e de condenável insânia.

AS OPORTUNIDADES DO SOFRIMENTO

As existências dos médiuns, em geral, têm constituído romances dolorosos, vidas de amargurosas dificuldades, em razão da necessidade do sofrimento reparador; suas estradas, no mundo, estão repletas de provações, de continências e desventuras. Faz-se, porém, necessário que reconheçam o ascetismo e o padecer, como belas oportunidades que a magnanimidade da Providência lhes oferece, para que restabeleçam a saúde dos seus organismos espirituais, combalidos nos excessos de vidas mal orientadas, nas quais se embriagaram à saciedade com os vinhos sinistros do vicio e do despotismo.

Humilhados e incompreendidos, faz-se mister que reconheçam todos os benefícios emanantes das dores que purificam e regeneram, trabalhando para que representem, de fato, o exemplo da abnegação e do desinteresse, reconquistando a felicidade perdida.

NECESSIDADE DA EXEMPLIFICAÇÃO

Todos os médiuns, para realizarem dignamente a tarefa a que foram chamados a desempenhar no planeta, necessitam identificar-se com o ideal de Jesus, buscando para alicerce de suas vidas o ensinamento evangélico, em sua divina pureza; a eficácia de sua ação depende do seu desprendimento e da sua caridade, necessitando compreender, em toda a amplitude, a verdade contida na afirmação do Mestre: “Dai de graça o que de graça receberdes.”

Devendo evitar, na sociedade, os ambientes nocivos e viciosos, podem perfeitamente cumprir seus deveres em qualquer posição social a que forem conduzidos, sendo uma de suas precípuas obrigações melhorar o seu meio ambiente com o exemplo mais puro de verdadeira assimilação da doutrina de que são pregoeiros.

Não deverão encarar a mediunidade como um dom ou como um privilégio, sim como bendita possibilidade de reparar seus erros de antanho, submetendo-se, dessa forma, com humildade, aos alvitres e conselhos da Verdade, cujo ensinamento está, frequentemente, numa inteligência iluminada que se nos dirige, mas que se encontra igualmente numa provação que, humilhando, esclarece ao mesmo tempo o espírito, enchendo-lhe o íntimo com as claridades da experiência.

O PROBLEMA DAS MISTIFICAÇÕES

O problema das mistificações não deve impressionar os que se entregam às tarefas mediúnicas, os quais devem trazer o Evangelho de Jesus no coração. Estais muito longe ainda de solucionar as incógnitas da ciência espírita, e se aos médiuns, às vezes, torna-se preciso semelhante prova, muitas vezes os acontecimentos dessa natureza são também provocados por muitos daqueles que se socorrem das suas possibilidades.

Tende o coração sempre puro. E com a fé, com a pureza de intenções, com o sentimento evangélico, que se podem vencer as arremetidas dos que se comprazem nas trevas persistentes. é preciso esquecer os investigadores cheios do espírito de mercantilismo!... Permanecei na fé, na esperança e na caridade em Jesus - Cristo, jamais olvidando que só pela exemplificação podereis vencer.

APELO AOS MÉDIUNS

Médiuns, ponderai as vossas obrigações sagradas! preferi viver na maior das provações a cairdes na estrada larga das tentações que vos atacam, insistentemente, em vossos pontos vulneráveis.
Recordai-vos de que é preciso vencer, se não quiserdes soterrar a vossa alma na escuridão dos séculos de dor expiatória. Aquele que se apresenta no Espaço como vencedor de si mesmo é maior que qualquer dos generais terrenos, exímio na estratégia e tino militares. O homem que se vence faz o seu corpo espiritual apto a ingressar em outras esferas e, enquanto não colaborardes pela obtenção desse organismo etéreo, através da virtude e do dever comprido, não saireis do círculo doloroso das reencarnações.


Psicografia de Chico Xavier do livro ‘Emmanuel’.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

HÁBITO DA SOLIDARIEDADE

Tema da semana
Solidariedade
De 16/02/2015 a 22/02/2015

Joanna de Ângelis


Por mais te encontres cansado não te eximas de ser solidário com alguém.

Talvez o problema do outro, aquele que te procura, seja menor do que o teu.

Para ele, no entanto, por que se afigura muito grave, assim se faz.

As tuas experiências de fé dão-te real dimensão de inúmeras ocorrências, e por isto podes ajudar mais com menos desgaste de forças e emoções.

Quem percorre um trecho de estrada tem condições de apresentar notícias daquele caminho.

Experiência é rota que cada qual deverá vencer mesmo que a grande esforço.

A solidariedade, por isso mesmo, é pão de empréstimo, de que sempre o doador necessitará.

Ninguém a pode prescindir, por mais que se pretenda isolar do convívio com o seu próximo.

Na vida de todas as criaturas um momento surge em que a solidariedade se faz imperiosa, como socorro salvador.

Fazer ou deixar de fazer o bem é efeito natural da fé que se mantém, definindo-lhe a qualidade, cuja ação se transforma em hábito, que se incorpora à natureza, à personalidade de cada um.

Quem se acostuma a doar, nunca dispõe de oportunidade para auxiliar, encontrando motivos injustificáveis para recusar-se.

Aquele que se aclimata ao trabalho solidário, sempre dispõe de tempo e recursos para fazê-lo.

Os desocupados e indiferentes estão sempre muito cheios de horas vazias para tentar preencher algum espaço, por isso não dispõem de tempo para nada.

Vivem extenuados pela inutilidade e pessimismo.

Apura a tua percepção e verificarás que os lamentos demasiados nem sempre decorrem da enfermidade ou do problema que se tem, mas da necessidade de chamar a atenção, requerendo apoio e amizade.

Há muita carência, no mundo, sendo, entretanto, a mais grave e urgente, a de afeto, de interesse humano...

A questão assume tão grave proporção que, não raro, quando alguém se preocupa com outrem e dá-lhe assistência, os sentimentos de um ou de ambos perturbam-se, dando origem a desvios da fraternidade, tombando-se em delíquios morais, que mais agravam as circunstâncias e as dificuldades.

Mantém o hábito da solidariedade sem exigência ou solicitação alguma.

Ajuda, portanto, sem vinculação servil, a fim de permaneceres livre, no amor e na ação solidária, crescendo para Deus ao lado do teu próximo necessitado, necessitados que somos quase todos, da divina solidariedade.

Psicografia de Divaldo Franco do livro “Alerta”

AS CLASSES EXISTIRÃO SEMPRE – O DEVER DE SOLIDARIEDADE

Em tese, as classes existiram e existirão sempre.

O que, porém, deve preocupar os sociólogos modernos é estabelecer a solidariedade entre elas, a conciliação de seus interesses, a multiplicação urgente das leis de assistência social, únicas alavancas mantenedoras da ordem.

Do livro Palavras do Infinito. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Exercício de solidariedade

Tema da semana
Solidariedade
De 16/02/2015 a 22/02/2015


Momento Espírita

Entre os passageiros habituais daquele ônibus que levava os trabalhadores, havia dois excepcionais, um menino e uma menina, que iam para a escola especial.

Certo dia, por ter lido a respeito de um torneio olímpico de atletismo para deficientes mentais, o motorista perguntou-lhes se pretendiam concorrer.

A gente queria, explicou a menina, tristonha, mas nós dois moramos em apartamentos e não temos lugar onde treinar.

Na manhã seguinte, o motorista encostou o ônibus na parada e abriu a porta. Antes, porém, que as crianças pudessem entrar no veículo, ele gritou:

Corram atrás de mim até a outra esquina! E deu partida.

Enquanto os dois corriam pela calçada, o ônibus os ultrapassou, buzinando para os incentivar.

No final do quarteirão, eles entraram, corados e felizes com o treino matinal.
Durante duas semanas, repetiu-se a mesma coisa.

Os demais passageiros logo se tornaram treinadores e torcedores, oferecendo sugestões e prestando apoio geral.

A última salva de palmas, na manhã após a competição, foi a mais sonora e se destinava também ao engenhoso motorista.

Seus protegidos haviam conquistado o segundo e o terceiro lugares na prova de 50 metros.

*   *   *

Pequenos gestos, grandes resultados!

Uma ideia simples que produziu, não só o incentivo às crianças, mas também uma efetiva motivação para os passageiros.

Podemos imaginar que, ao chegarem em seus locais de trabalho, estavam com outra disposição e, por certo, contagiariam seus demais colegas.

A iniciativa do motorista foi saudável e produziu resultados positivos.

Assim também ocorre com as más ideias.

Por essa razão, convém que sempre analisemos nossos pequenos gestos sob esse ponto de vista.

O fato de serem pequenos, não impede que provoquem grandes resultados, tanto para o bem quanto para o mal. A decisão cabe sempre a nós.

Se a nossa disposição tender para ideias perniciosas, estaremos em grande acerto se as evitarmos, enquanto não conseguimos ter a mesma disposição para o bem.

Embora não baste apenas não fazer o mal, evitá-lo já é um grande passo.
Começando por evitar o mal, logo estaremos fazendo o bem. E quando o bem se tornar um hábito tão voluntário quanto o de respirar, estaremos bem próximos da felicidade real.

*   *   *

Os Espíritos Superiores orientam que devemos fazer o bem na medida das nossas forças.

E as nossas forças são todas as facilidades de que dispomos: a lucidez mental, a saúde, o apoio da família, da sociedade, os recursos financeiros etc.

Segundo as Leis de Deus, somos responsáveis pelo mal que resulte por não termos praticado o bem.

Isso quer dizer que o simples fato de não fazermos o bem, já é um mal

Redação do Momento Espírita com base em história
 da Revista Seleções Reader’s Digest, de junho de 1982 
e no item 642 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb.
Em 08.03.2010.

A solidariedade impõe-se a nós como
uma condição essencial de progresso social;
é uma Lei da Natureza. [...]
Referência: DELANNE, Gabriel.
A Reencarnação. Trad. de Carlos Imbassahy.
9a ed. Rio de Janeiro: FEB, 1994. - cap. 14