Tema
da semana
“Vendilhões
expulsos do templo”
13/01/2014
a 19/01/2014
Momento
espírita
Era
uma vez um homem que tinha muitos pés de romãs em seu pomar.
Por
muitos outonos ele colocava suas romãs em bandejas de prata, do lado
de fora de sua casa, e em cima punha cartazes com os seguintes
dizeres:
Apanhe
uma, de graça. Seja bem-vindo.
As
pessoas passavam, olhavam, mas nenhuma delas apanhava uma fruta.
Então,
depois de muitos outonos, o homem refletiu e tomou uma decisão. No
próximo outono ele não pôs as romãs em bandeja de prata fora de
sua residência. Pôs apenas um cartaz bem alto que dizia:
Temos
aqui as melhores romãs da terra, mas as vendemos por um valor maior
que quaisquer outras romãs.
Qual
não foi sua surpresa quando todos os homens e mulheres da vizinhança
vieram correndo comprar.
* * *
Essa
pequena parábola de Khalil Gibran, embora pareça simples, nos traz
lições valiosas.
Nos
dias atuais há pessoas que, a exemplo daquele povo, desprezam as
coisas simples ou que são de graça e passam a valorizá-las quando
têm que pagar alto preço por elas.
É
um conceito equivocado de que o que é de graça ou muito barato, não
presta.
Se
ouvimos o anúncio de um espetáculo qualquer, um concerto, uma peça
teatral, cuja entrada seja franca, logo pensamos que não vale a pena
assistir.
Se
é o convite para uma palestra em que não se cobrará ingresso, logo
imaginamos que não pode ser coisa boa.
Mas,
se ao contrário, ouvimos a chamada para uma palestra de um
profissional qualquer, cujo ingresso custará um alto valor, ficamos
logo entusiasmados e pensamos que vai ser muito boa.
O
que costumamos fazer, nesses casos, é julgar o valor das coisas pelo
seu preço, o que nem sempre é uma realidade.
O
verdadeiro afeto de um amigo, por exemplo, não é cobrado. E muitas
vezes nós não o valorizamos tanto quanto valorizamos um cliente,
que significa para nós um investimento financeiro.
O
carinho de uma mãe não nos custa nada, mas é mais valioso que
qualquer bem da Terra.
Há
muitas coisas que nos chegam de graça, mas são de valor
inestimável. Talvez seja por isso que não tenham preço em moeda.
O
ar que respiramos nos chega gratuitamente, e sem ele não viveríamos.
A
água que nos sustenta a vida, Deus nos dá de graça.
O
perfume que as flores espalham, não nos custa nenhum centavo.
O
sol que nos aquece e ilumina, jamais nos foi cobrado.
E
o maior palestrante, professor, pedagogo, psicoterapeuta, médico e
amigo da Humanidade que a Terra conheceu, nunca cobrou um único
centavo por Seus ensinamentos, e foram dos mais valiosos que se tem
notícias.
E
é possível que, se Jesus fosse proferir o Sermão da Montanha em
nossa cidade, no dia de hoje, com entrada franca, pouca gente
compareceria.
* * *
É
importante que passemos a ver as coisas pelo seu real valor e pela
importância que pode representar em nossas vidas.
Há
coisas que custam muito e nada acrescentam na nossa economia moral.
E
há outras que não custam nenhuma moeda, mas que são de alta valia
para nosso bem-estar físico e mental.
Pense
nisso!
Redação
do Momento Espírita, com base no cap.
As romãs, do livro O errante, de Gibran Khalil Gibran.Em 13.10.2010.
As romãs, do livro O errante, de Gibran Khalil Gibran.Em 13.10.2010.
[...]
O dinheiro demasiado, quando não se escora no serviço aos
semelhantes, é perigoso tirano da alma.
Referência:
XAVIER,
Francisco Cândido. Pontos e contos. Pelo Espírito Irmão X
[Humberto de Campos]. 10a ed. Rio de Janeiro: FEB, 1999. - cap. 8
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