Tema da semana
“Educação dos Sentimentos”
de 18/06/2012 a 24/06/2012
Joanna de Ângelis
Síndrome alarmante, de
desequilíbrio, a presença da mágoa faculta a fixação de graves
enfermidades físicas e psíquicas no organismo de quem a agasalha.
A mágoa pode ser
comparada à ferrugem perniciosa que destrói o metal em que se
origina.
Normalmente se instala
nos redutos do amor próprio ferido e paulatinamente se desdobra
em seguro processo enfermiço, que termina por vitimar o hospedeiro.
De fácil combate, no
início, pode ser expulsa mediante a oração singela e nobre,
possuindo, todavia, o recurso de, em habitando os tecidos delicados
do sentimento, desdobrar-se em modalidades várias, para
sorrateiramente apossar-se de todos os departamentos da emotividade,
engendrando cânceres morais irreversíveis. Ao seu lado,
instala-se, quase sempre, a aversão, que estimula o ódio, etapa
grave do processo destrutivo.
A magoa, não obstante
desgovernar aquele que a vitaliza, emite verdadeiros dardos
morbíficos que atingem outras vítimas incautas, aquelas que se
fizeram as causadoras conscientes ou não do seu nascimento...
Borra sórdida,
entorpece os canais por onde transita a esperança, impedindo-lhe o
ministério consolador.
Hábil, disfarça-se,
utilizando-se de argumentos bem urdidos para negar-se ao perdão ou
fugir ao dever do esquecimento.
Muitas distonias
orgânicas são o resultado do veneno da mágoa, que, gerando altas
cargas tóxicas sobre a maquinaria mental, produz desequilíbrio no
mecanismo psíquico com lamentáveis consequências nos aparelhos
circulatório, digestivo, nervoso...
O homem é, sem
dúvida, o que vitaliza pelo pensamento. Suas ideias, suas aspirações
constituem o campo vibratório no qual transita e em cujas fontes se
nutre.
Estiolando os ideais e
espalhando infundadas suspeitas, a mágoa consegue isolar o
ressentido, impossibilitando a cooperação dos socorros externos,
procedentes de outras pessoas.
* *
Caça implacavelmente
esses agentes Inferiores, que conspiram contra a tua paz.
O teu ofensor merece
tua compaixão, nunca o teu revide.
Aquele que te persegue
sofre desequilíbrios que ignoras e não é justo que te afundes, com
ele, no fosso da sua animosidade.
Seja qual for a
dificuldade que te impulsione à mágoa, reage, mediante a renovação
de propósitos, não valorizando ofensas nem considerando ofensores.
Através do cultivo de
pensamentos salutares, pairarás acima das viciações mentais
que agasalham esses miasmas mortíferos que, infelizmente, se
alastram pela Terra de hoje, pestilenciais, danosos, aniquiladores.
Incontáveis problemas
que culminam em tragédias quotidianas são decorrência da mágoa,
que virulenta se firmou, gerando o nefando comércio do sofrimento
desnecessário.
* * *
Se já registras a
modulação da fé raciocinada nos programas da renovação interior,
apura aspirações e não te aflijas.
Instado às paisagens
Inferiores, ascende na direção do bem. Malsinado pela
Incompreensão, desculpa.
Ferido nos melhores
brios, perdoa.
Se meditares na
transitoriedade do mal e na perenidade do bem, não terás
outra opção, além daquela: amar e amar sempre, impedindo
que a mágoa estabeleça nas fronteiras da tua vida as balizas da sua
província infeliz.
*
“Quando estiverdes
orando, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai lhe, para
que vosso Pai que está nos Céus, vos perdoe as vossas ofensas”.
Marcos: capítulo 11º,
versículo 25.
*
“Não sou feliz! A
felicidade não foi feita para mim! exclama geralmente
o homem em todas as posições
sociais. Isto, meus caros filhos,
prova melhor do que todos os raciocínios possíveis, a verdade desta
máxima do Eclesiastes: “A felicidade não é deste mundo”.
Capítulo 5º — Item
20.
Psicografia de Divaldo
Franco do livro Florações Evangélicas
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