Tema da semana
“Os Trabalhadores da
Última Hora”
de 25/06/2012 a
01/07/2012
Momento espírita
Em
suas pregações, Jesus utilizou largamente o recurso das parábolas.
Mediante
elas ministrou ensinamentos morais a um povo rude, ainda incapaz de
assimilar as grandes verdades da vida, em toda a sua pureza.
Sob
o véu da alegoria, jazem rutilantes ensinamentos.
Cada
qual extrai das parábolas a lição compatível com seu estado
evolutivo.
Mas
a essência, sempre consistente na necessidade de uma vida honesta e
fraterna, é acessível a todos.
À
medida que a criatura cresce em compreensão, ela percebe novos
desdobramentos de uma mesma passagem evangélica.
Utilizando
uma expressão do Cristo, passa a ter olhos de ver.
É
muito conhecida a Parábola
dos trabalhadores da última hora.
Nela,
Jesus fala de um proprietário de vinha que assalariou trabalhadores
em diversos momentos do dia.
Ao
final, a todos remunerou igualmente.
Assim,
quem trabalhou apenas uma hora ganhou o mesmo de quem iniciou a
tarefa ao alvorecer.
Proporcionalmente,
a remuneração dos últimos contratados foi muito superior à dos
primeiros.
Por
se tratar de um ensinamento alegórico, dele podem ser extraídas
variadas lições.
Um
dos enfoques possíveis é comparar os trabalhadores com todos os
envolvidos na reforma moral da Humanidade.
Ao
longo dos séculos, eles se sucederam.
Foram
profetas, legisladores, administradores, juristas e pensadores os
mais diversos.
A
diferença na remuneração pode ser referida ao resultado obtido com
a tarefa.
No
princípio, as criaturas eram muito rudes e bastante refratárias aos
ensinamentos.
Com
o passar dos séculos, foram se tornando mais receptivas e maleáveis.
Hoje,
as leis civis implementadas por Moisés parecem bastante severas.
Por
exemplo, a regra do olho por olho soa intolerante aos ouvidos do
homem moderno.
Mas
para a época foi uma grande e importante inovação.
Até
então, vigorava a vingança desmedida.
Perante
um mal feito, não raro se eliminava não apenas o ofensor, mas toda
a sua família.
A
proporcionalidade da represália representou um avanço moral.
Como
o povo ainda não conseguia perdoar, ao menos se tinha um limite para
o revide.
E
assim gradualmente a Humanidade evoluiu.
Incontáveis
pessoas dedicaram suas vidas a esse mister.
Coisas
que hoje parecem naturais são fruto de grandes lutas e renúncias.
Direitos
trabalhistas, igualdade entre homens e mulheres e proibição de
penas cruéis são alguns exemplos.
Pode-se
dizer que os reformistas dos primeiros tempos trabalharam na base do
edifício.
Hoje
já se atua na cumeeira, na medida em que a Humanidade está pronta
para vivenciar a fraternidade.
Notícias
sobre atos cruéis e desonestos chocam, pois no íntimo a maioria da
população deseja outras vivências.
Em
suma, chegou a vez dos trabalhadores da última hora.
É
preciso se tomar do ideal de viver em um mundo melhor e agir para que
ele se implante na Terra.
Urge
que os homens de bem mostrem a força de seu caráter e ocupem
espaços.
É
necessário que as crianças sejam educadas para amar o trabalho e a
honestidade e viver fraternalmente.
Mas,
mais do que apenas belos discursos, são necessários exemplos.
A
generosa recompensa do esforço será a ventura de viver, e mais
tarde renascer, em um mundo justo e fraterno.
Pense
nisso.
Redação do momento
espírita.
Fonte: Momento
espírita.
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