Tema da semana
"Os tormentos voluntários"
de 10/08/2015 a 16/08/2015
Joanna de Ângelis
As pressões
psicossociais, sócio-emocionais, econômicas e de outras origens desencadeiam
distúrbios variados, nos quais mergulha uma larga faixa da sociedade.
Provocando medo, ansiedade
e amargura, desarmonizam o sistema nervoso dos seres humanos, conduzindo a
neuroses profundas que, quase sempre somatizadas, são responsáveis por
enfermidades alérgicas, digestivas, do metabolismo em geral, facultando a
instalação de processos degenerativos.
Os temperamentos
frágeis, sob pressão, procuram realizar mecanismos de fuga, caindo em estados
fóbicos e depressivos ou recorrendo à violência como forma de afirmação e
defesa da personalidade.
Muitos resíduos
psicológicos se lhes instalam no campo emocional e mental, dando lugar a
perturbações de comportamento e a doenças diversas, que permanecem sem diagnose
adequada.
Pessoas mais
sensíveis, que não conseguem suportar e superar esses fenômenos das pressões
constritoras, refugiam-se em ressentimentos que as infelicitam e predispõem-nas
a reagir sempre, desferindo dardos venenosos contra aqueles que se lhe
transformam em inimigos reais ou imaginários.
Algumas intoxicam-se
de mágoas e fenecem. Outras, inconscientemente, tornam-se vítimas de insucessos
afetivos, financeiros e sociais. Diversas fracassam na auto-estima,
desvalorizando-se e fazendo o jogo da autodestruição.
O ressentimento é
responsável por muitas das tragédias do cotidiano.
O ressentimento é
tóxico que mata aquele que o carrega. Enquanto vibra na emoção, destrambelha os
equipamentos nervosos mais sutis e produz disritmia, oscilação de pressão,
disfunções cardíacas.
Não vale a pena
deixar-se envenenar pelo ressentimento.
Nem sempre ele se
manifesta com expressões definidas, camuflando-se nas fixações mentais e, às
vezes, passando despercebido.
Há pessoas
ressentidas que se não dão conta.
Um auto-exame
enérgico auxiliar-te-á a identificá-lo nos refolhos da alma. Logo depois,
prosseguindo na sua busca e análise, descobrirás as suas raízes, quando teve
ele início e por que se te instalou no ser, passando a perturbar-te.
Verificarás,
surpreso, que és responsável por lhe dares guarida e o vitalizares, deixando-te
por ele consumir.
Os indivíduos que te
foram cruéis, familiares, conhecidos, mestres, na infância e durante a vida,
não tinham nem têm dimensão do que fizeram ou estão a fazer. Sequer se
aperceberam dos seus desmandos e incoerências em relação a ti. A seu turno,
sofreram as mesmas agressões, quando crianças, e apenas reagem conforme haviam
feito outros em relação a eles.
O teu primeiro passo
será compreendê-los, considerando-os sem responsabilidade nem esclarecimento,
sem má intenção em relação a ti. Mediante tal recurso os compreenderás e os
perdoarás posteriormente, liberando-te.
Arrancada a causa
injusta do ressentimento, despertarás de imediato em paisagem sem sombras, redescobrindo
a vida e desarmando-te em relação às outras pessoas, que antipatizavas ou das
quais te mantinhas em guarda.
Ademais, o mal que te
façam somente te perturbará se o permitires, acolhendo-o. Em caso contrário,
tornará à sua origem.
Vive, pois, sem
mágoas.
Depura-te.
Ressentimento, nunca.
Psicografia
de Divaldo Franco do livro “Momentos de Saúde”.
Fonte:
www.reflexoesespiritas.org
Nenhum comentário:
Postar um comentário
(-: , Olá, seja bem vindo, se o seu comentário for legal, e não trouxer conteúdo agressivo, ele será postado.