Tema
da semana
“Ciúme”
de
13/05/2013 a 19/05/2013
Momento
espírita
Ao
deixar a roupa suja no lugar apropriado, tropecei no diário da minha
irmã de treze anos.
Logo
pensei: O
que eu faço agora?
Eu
sempre tive ciúme de minha irmã caçula. Seu sorriso charmoso, sua
personalidade cativante e muitos outros talentos ameaçavam meu lugar
como filha principal.
Eu
competia com ela silenciosamente e via crescer suas habilidades
naturais.
Por
consequência, nós raramente nos falávamos. Eu procurava
oportunidades para criticá-la e superar seus feitos.
Agora,
seu diário estava aos meus pés. Eu não pensei nas consequências.
Não levei em conta a sua privacidade, a moralidade de minhas ações,
nem seus sentimentos.
Eu
apenas saboreei a chance de encontrar segredos suficientes para sujar
a reputação de minha concorrente.
Raciocinei
que seria meu dever, como irmã mais velha, verificar suas
atividades.
Apanhei
o livro do chão e o abri. Folheei as páginas, procurando por meu
nome, convencida de que descobriria tramas e calúnias.
Quando
encontrei, o sangue gelou em meu rosto. Era pior do que eu
suspeitava.
Senti-me
fraca e sentei-me no chão. Não havia nenhuma conspiração, nenhuma
difamação.
Havia
uma descrição sucinta de si mesma, de seus objetivos e de seus
sonhos, seguidos por um curto resumo da pessoa que mais a inspirava.
Eu comecei a chorar.
Eu
era sua heroína. Admirava-me por minha personalidade, minhas
realizações e, ironicamente, por minha integridade.
Queria
ser como eu. Tinha me observado por anos, quieta, maravilhando-se com
minhas escolhas e ações. Eu parei a leitura, golpeada pelo crime
que havia cometido.
Eu
tinha perdido tanta energia para mantê-la fora do meu caminho...
Agora,
eu violara sua confiança.
Lendo
as sérias palavras que minha irmã tinha escrito, me pareceu
derreter uma barreira gelada em meu coração e eu desejei conhecê-la
de verdade.
Eu
podia, finalmente, pôr de lado a insegurança estúpida que me
manteve longe dela por tanto tempo.
Naquela
tarde, quando consegui me sustentar sobre as próprias pernas, decidi
ir até ela.
Mas,
desta vez, para conhecer em vez de julgar, para abraçar em vez de
lutar. Para viver como verdadeiras irmãs.
*
* *
Por
vezes, temos agido como crianças, com relação às pessoas que nos
cercam.
Imaginamos
que não gostam de nós, que desejam nossa infelicidade, nossa queda.
Importante
não estabelecer pré julgamentos em nenhuma situação, por mais que
os fatos conspirem a favor.
Nem
sempre será possível descobrir os sentimentos dos outros pelas
aparências.
Há
pessoas que não conseguem exprimir seus sentimentos e dão impressão
de frieza ou indiferença.
Por
essa razão é que o pré julgamento é altamente prejudicial.
Assim
sendo, se for preciso imaginar os sentimentos dos outros, façamos
esforços para imaginar sempre o melhor.
O
ciúme produz o câncer da suspeita, transformando os sonhos de sua
esperança em pesadelo cruel, que se converte em enfermidade
demorada, a lhe corroer interiormente.
Pense
nisso!
Da
redação do momento espírita, em 13/01/2009.
Fonte:
Momento
espírita.
---
CIÚMES
O
ciúme parece um lobo famulento,
estendendo
aflição e desconfiança.
Aulus
Do
livro “Instruções psicofônicas”.
Psicografia
de “Francisco Cândido Xavier”.
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