Tema
da semana
“Reconhece-se
o cristão por suas obras”
de
20/05/2013 a 26/05/2013
Joanna
de Ângelis
O cristão espírita sincero,
perfeitamente entrosado nas lições do pensamento de Jesus, não
deixa de ser alguém de conduta esdrúxula, tendo-se em vista os
padrões vigentes da sociedade.
Predominando a ambição desmedida, o
suborno e a astúcia, tendo destaque o campeonato da insensatez e o
arbítrio da desonestidade, adquirindo cidadania o desleixo moral
seguido da vulgaridade dos sentimentos e a vilania do sexo, ampliados
pelo abuso das drogas químicas e da ostentação, sentem-se
triunfadores aqueles que se destacam na comunidade, pouco lhes
importando quais os recursos utilizados e o preço pago para
alcançarem o pódio em que se demoram por pouco tempo.
A ética moral abre espaços à
acomodação da consciência aos ditames da perversidade e do crime,
cuidando cada um, de preservar a própria existência física, sem o
mínimo de respeito e de compaixão pelo seu próximo, que se aturde
no vendaval do abandono ou vai consumido pela miséria social em que
esbraveja.
O comportamento convencional
estabeleceu que aos amigos, aos afetos se devem oferecer todos os
bens, enquanto que aos inimigos, aos competidores, aqueles que se
afastam do caminho, nada se lhes deve conceder, antes, pelo
contrário, persegui-los e vencê-los de qualquer forma, se isso for
possível.
Os relacionamentos sociais facultam
que os poderosos reúnam-se em banquetes, a fim de discutirem a
miséria dos oprimidos, estabelecendo excelentes programas de
beneficência, que jamais cumprem, ao tempo em que consomem altas
somas nessas reuniões que poderiam ser encaminhadas para minorar a
fome e as doenças que grassam avassaladoras em toda parte.
Os mimos e joias de alto preço são
permutados entre aqueles que os necessitam em exibicionismo cruel, em
face da carência de toda natureza que expia os afortunados de um
dia, e transformariam a futilidade em subsistência física, a fim de
não sucumbir diante do fausto inútil dos frívolos.
Aplausos pelos triunfos momentâneos
chamam as atenções das multidões que contemplam os vitoriosos com
amarga ironia, considerando-se a distância que medeia entre esses e
aquelas desnorteadas.
Promessas impossíveis de realizadas
iludem os incautos, pela falácia de políticos desonestos e bem
orientados, governantes defraudadores dos deveres assumidos e
profissionais bem remunerados mas não cumpridores dos deveres…
E enxameiam em toda parte os
aproveitadores, os utilitaristas, os que abusam da existência
física, inconscientes e inconsequentes.
O cristão espírita, caminha na
contramão da história contemporânea.
Respeita a conduta de todos, bem como
os seus compromissos, mesmo aqueles que se apresentam
desestruturadores da sociedade. No entanto, não conive com eles. Na
impossibilidade de impedi-los, vive conforme os padrões dos
ensinamentos de Jesus e da consciência ilibada que haure nos
fundamentos do Espiritismo, encarregado de atualizar a proposta do
Mestre de Nazaré e demonstrar a excelência dos seus conteúdos,
mesmo diante dos conflitos que esse procedimento desencadeia.
É severo para consigo mesmo e
tolerante para com o seu próximo.
Amando os seus amigos, não detesta
aqueles que se lhe transformaram em inimigos, por considerá-los
enfermos da alma, necessitados mais de compaixão e terapia do que de
perseguição e aniquilamento, já que ninguém morre. Age sempre
guiado pelo sentimento do amor e do dever, jamais se desviando da
conduta honesta para com a própria consciência e para com o grupo
social no qual se movimenta.
Trabalha, mantendo os nobres objetivos
de ser livre e viver com dignidade, promovendo o progresso, mediante,
porém, os métodos nobres, ao invés do enriquecimento ilícito que
graça dominador.
É fiel à verdade, mesmo que a preço
elevado de incompreensão e sofrimento.
Gentil com os estranhos,
simultaneamente é cordial com os familiares, que sempre envolve em
sentimentos de elevação.
Faz, sem prometer, evitando-se
compromissos mentirosos que reconhece não poderá atender.
É sincero, sem rudez, prestimoso sem
bajulação, devotado sem interesse de recompensa.
Sabe sofrer com resignação e
confiança em Deus, não se permitindo mecanismos de fugas pelo uso
de entorpecentes e drogas outras que somente aumentam a carga de
desequilíbrios para o futuro.
Não anatematiza o mal, antes busca
evitá-lo, não blasfema contra as ocorrências infelizes, mas
procura delas retirar o melhor proveito; não se envolve na sordidez
em triunfo, perseverando nos bons costumes. É espezinhado, às
vezes, no entanto, não se preocupa em conquistar pessoas e perder a
dignidade que o caracteriza.
É simples e desataviado, jovial e
pacífico, discreto e honrado, quando o comum são os exageros e as
complexidades na conduta, os semblantes carregados de ira e de
cólera, os vulgares, com a máscara da simpatia falsa, com os
exibicionismos e a falta de escrúpulos.
Certamente chama a atenção, e esse
comportamento pode parecer esdrúxulo ante os conceitos atormentados
que comandam diversos segmentos sociais.
Psicografia de Divaldo Franco do livro
Diretrizes para o Êxito
ANOTAÇÕES
DA VIDA COMUM
João
Moreira da Silva
Cristão
sob injuria e troça,
Não
busque se defender,
Na
causa de Jesus Cristo,
Há
muito mais que fazer.
“Tão
Fácil”, de Francisco Cândido Xavier
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