Tema
da semana
“Reconhece-se
o cristão pelas suas obras”
de
20/05/2013 a 26/05/2013
Neio
Lúcio
Três
irmãos dedicados a Jesus leram no Evangelho que cada homem receberá
sempre, de acordo com as próprias obras, e prometeram cumprir as
lições do Mestre.
O
primeiro colocou-se na indústria do fio de algodão e, de tal modo
se aplicou ao serviço que, em breve, passou à condição de
interessado nos lucros administrativos. Dentro de vinte e cinco anos,
era o chefe da organização e adquiriu títulos de verdadeiro
benfeitor do povo. Ganhava dinheiro com imensa facilidade e socorria
infortunados e sofredores. Dividia o trabalho equitativamente e
distribuía os lucros com justiça e bondade.
O
segundo estudou muito tempo e se tornou juiz famoso. Embora gozasse
do respeito e da estima dos contemporâneos, jamais olvidou os
compromissos que assumira à frente do Evangelho. Defendeu os
humildes, auxiliou os pobres e libertou muitos prisioneiros
perseguidos pela maldade. De juiz tornou-se legislador e cooperou na
confecção de leis benéficas e edificantes. Viveu sempre honrado,
rico, feliz, correto e digno.
O
terceiro, porém, era paralítico. Não podia usar a inteligência
com facilidade. Não poderia comandar uma fábrica, nem dominar um
tribunal. Tinha as pernas mirradas. O leito era a sua residência.
Lembrou, contudo, que poderia fazer um serviço de oração e começou
a tarefa pela humilde mulher que lhe fazia a limpeza doméstica.
Viu-a
triste e lacrimosa e procurou conhecer-lhe as mágoas com discrição
e fraternidade. Confortou-a com ternura de irmão. Convidou-a a orar
e pediu para ela as bençãos divinas.
Bastou
isto e, em breve, trazidos pela servidora reconhecida, outros
sofredores vinham lhe rogar o concurso da prece. O aposento singelo
encheu-se de necessitados. Orava em companhia de todos, oferecia-lhes
o sorriso de confiança na bondade celeste. Comentava os benefícios
da dor, expunha suas esperanças no Reino Divino. Dava de si mesmo,
gastando emoções e energias no santo serviço do bem. Escrevia
cartas inúmeras, consolando viúvas e órfãos, doentes e
infortunados, insuflando-lhes paz e coragem. Comia pouco e repousava
menos. Tanto sofreu com as dores alheias que chegou a esquecer-se de
si mesmo e tanto trabalhou que perdeu o dom da vista. Cego, contudo,
não ficou sozinho. Prosseguiu colaborando com os sofredores, através
da oração, ajudando-os, cada vez mais.
Morreram
os três irmãos, em idade avançada, com pequenas diferenças de
tempo.
Quando
se reuniram, na vida espiritual, veio um Anjo examinar-lhes as obras
com uma balança.
O
industrial e o juiz traziam grande bagagem, que se constituía de
várias bolsas, recheadas com o dinheiro e com as sentenças que
haviam distribuído em benefício de muitos. O servidor da prece
trazia apenas pequeno livro, onde costumava escrever suas rogativas.
O
primeiro foi abençoado pelo conforto que espalhou com os
necessitados e o segundo foi também louvado pela justiça que
semeara sabiamente. Quando o Anjo, porém, abriu o livro do
ex-paralítico, dele saiu uma grande luz, que tudo envolveu numa
coroa resplandecente. A balança foi incapaz de medir-lhe a grandeza.
Então,
o Mensageiro falou-lhe, feliz:
—Teus
irmãos são benditos na Casa do Pai pelos recursos que distribuíram,
em favor do próximo, mas, em verdade, não é muito difícil ajudar
com o dinheiro e com a faina que se multiplicam facilmente no mundo.
Sê, porém, bem-aventurado, porque deste de ti mesmo, no amor
santificante. Gastaste as mãos, os olhos, o coração, as forças,
os sentimentos e o tempo a benefício dos semelhantes e a Lei do
Sacrifício determina que a tua moradia seja mais alta. Não
transmitiste apenas os bens da vida: irradiaste os dons de Deus.
E
o servidor humilde do povo foi conduzido a um céu mais elevado, de
onde passou a exercer autoridade sobre muita gente.
Do
livro “Alvorada cristã”.
Psicografia
de Francisco Cândido Xavier.
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RENÚNCIA
Só
os filhos da renúncia
poderão
atender,
tanto
quanto é preciso,
a
expectativa da esfera superior.
Emmanuel
Do
livro “Dicionário da alma”.
Psicografia
de “Francisco Cândido Xavier”.
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