Tema da semana
“Fora da caridade não há salvação”
De 03/01/2014 a 09/02/2014
Joanna
de Ângelis
Guarda, na mente,
que a caridade em teus atos deve ser a luz que vence a sombra.
Enquanto não
compreendas que a caridade é sempre a bênção maior para quem a realiza, ligando
o benfeitor ao necessitado, estarás na fase primária da virtude por excelência.
Poderás repartir
moedas, a mãos-cheias; todavia, se não mantiveres o sentimento da amizade em
relação ao carente, não terás logrado alcançar a essência da caridade.
Repartirás tecidos
e agasalhos com os desnudos; no entanto, se lhes não ofertares compreensão e
afabilidade, permanecerás na filantropia.
Atenderás aos
enfermos com medicação valiosa; entretanto, se não adicionares ao gesto a
gentileza fraternal, estarás apenas desincumbindo-te de um mister de pequena
monta.
Ofertarás o pão
aos esfaimados; contudo, se os não ergueres com palavras de bondade, não
alcançaste o sentido real da caridade.
Distribuirás
haveres e coisas com os desafortunados do caminho; não obstante, sem o calor do
teu envolvimento emocional em relação a eles, não atingiste o fulcro da virtude
superior.
A caridade é algo
maior do que o simples ato de dar.
Certamente, a
doação de qualquer natureza sempre beneficia aquele que lhe sofre a falta.
Todavia, para que a caridade seja alcançada, é necessário que o amor se faça
presente, qual combustível que permite o brilho da fé, na ação beneficente.
A caridade
material preenche os espaços abertos pela miséria socioeconômica, visíveis em
toda parte.
Além deles, há
todo um universo de necessidades em outros indivíduos que renteiam contigo e
esperam pela luz libertadora do teu gesto.
A indulgência, em
relação aos ingratos e agressivos;
A compaixão,
diante dos presunçosos e perversos;
A tolerância, em
favor dos ofensores;
A humildade,
quando desafiado ao duelo da insensatez;
A piedade,
dirigida ao opressor e déspota;
A oração
intercessória, pelo adversário;
A paciência
enobrecida, face às provocações e à irritabilidade dos outros;
A educação, que
rompe as algemas da estupidez e da maldade que se agasalham nas furnas da
ignorância gerando a delinquência e a loucura...
A caridade moral é
desafio para toda hora, no lar, na rua, no trabalho.
Exercendo-a,
recorda também da caridade em relação a ti mesmo.
Jesus, convivendo
com os homens, lecionou exemplificando todas as modalidades da caridade,
permanecendo até hoje como o protótipo mais perfeito que se conhece, tornando-a
a luz do gesto, que vence a sombra do mal, através da ação do amor.
Caridade, pois,
eis a meta.
Psicografia de Divaldo Franco do
livro Vigilância
Fonte: www.espirito.org.br
“Benevolência para com todos, indulgência
para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.” [...] A caridade, segundo
Jesus, não se restringe à esmola, abrange todas as relações em que nos achamos
com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais, ou
nossos superiores. Ela nos prescreve a indulgência, porque de indulgência
precisamos nós mesmos, e nos proíbe que humilhemos os desafortunados,
contrariamente ao que se costuma fazer. [...]
Referência:
KARDEC,
Allan. O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita. Trad. de Guillon
Ribeiro. 86a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. - q. 886
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