Tema Especial
“Ciência e
Espiritismo”
de 23/07/2012 a
29/07/2012
No dia 23 de Maio de
1980, às 21:00 horas, a TV-Globo levou ao ar para todo o Brasil,
dirigido pelo uberabense e espírita Cezar Vanucci, um dos mais belos
programas já produzidos na televisão em homenagem a alguém. "Um
homem chamado amor", o título do programa que surgia como apoio
e divulgação à campanha do Prêmio Nobel da Paz para Chico Xavier.
Desnecessário dizer
que o Especial emocionou o povo brasileiro.
Artistas, dos mais
expressivos do teatro e da música, participaram com grande
brilhantismo e, entre eles, destacamos Toni Ramos, Elis Regina, Lady
Francisco, Nair Belo, Glória Menezes, Lima Duarte, Paulo Figueiredo,
Vanusa, Eva Vilma, Felipe Carone, Roberto Carlos...
Gilberto Gil compôs
em homenagem ao Chico, a música "No Céu da Vibração",
que Elis Regina interpretou como só ela poderia ter feito.
Ao final, Chico
psicografou diante das câmeras belíssima página de Emmanuel, aqui
inserida por nós, sintetizando o tema abordado ao longo de todo o
programa.
Emmanuel
Amigos,
Jesus nos Abençoe.
A
inteligência humana conseguirá atingir as maiores realizações.
Poderá
conhecer a estrutura de outros mundos.
Construir
no piso dos mares.
Escalar
os mais altos montes.
Interferir
no código genético das criaturas.
Decifrar
os segredos da vida cósmica.
Penetrar
os domínios da mente e controlá-los.
Inventar
os mais sofisticados aparelhos que propiciem o reconforto.
Criar
estatutos para o relacionamento social e transformá-los, segundo
suas próprias conveniências.
Levantar
arranha-céus ou materializar as mais arrojadas fantasias.
Entretanto,
nunca poderá alterar as leis fundamentais de Deus e nem viver sem
amor.
Os dados acima foram
extraídos dos livros abaixo editados pelo IDEAL:"Chico Xavier
Mediunidade e Coração" Autor Carlos A. Baccelli - Editora
IDEAL
-*-
Finalizando esse Tema Especial da
semana, nós acrescentamos alguns trechos do livro "A Gênese"
do codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, onde encontramos
anotações muito valiosas que se encaixam no nosso estudo. Ao fim
destacamos o último parágrafo que relata o antagonismo das
religiões, compreendendo que esse relato final não está sendo
analisado nessa semana, mas o mesmo fala sobre o distanciamento que
nós, seres humanos falíveis, temos imposto uns aos outros por conta
de nosso preconceito particular que não reflete em nenhum momento
um pensamento de Jesus.
Allan Kardec
A Gênese
UM SÓ REBANHO E UM SÓ PASTOR
(TRECHOS)
...Demolindo nas religiões
o que é obra dos homens e fruto de sua ignorância das leis da
Natureza, a Ciência não poderá destruir, mau grado à opinião de
alguns, o que é obra de Deus e eterna verdade. Afastando os
acessórios, ela prepara as vias para a unidade.
(3º parágrafo)
No estado atual da
opinião e dos conhecimentos, a religião, que terá de congregar um
dia todos os homens sob o mesmo estandarte, será a que melhor
satisfaça à
razão e
às legítimas
aspirações do
coração e
do espírito;
que não
seja em nenhum ponto desmentida pela ciência positiva; que, em vez
de se imobilizar, acompanhe a Humanidade em sua marcha progressiva,
sem nunca deixar que a ultrapassem; que não for nem exclusivista,
nem intolerante; que for a emancipadora da inteligência, com o não
admitir senão a fé racional; aquela cujo código de moral seja o
mais puro, o mais
lógico, o
mais de
harmonia com
as necessidades sociais, o mais apropriado, enfim, a fundar na Terra
o reinado do Bem, pela prática da caridade e da fraternidade
universais.
(6º parágrafo)
O que alimenta o antagonismo entre
as religiões é a ideia, generalizada por todas elas, de que cada
uma tem o seu deus particular e a pretensão de que este é o único
verdadeiro e o mais poderoso, em luta constante com os deuses dos
outros cultos e ocupado em lhes combater a influência. Quando elas
se houverem convencido de que só existe um Deus no Universo e que,
em definitiva, ele é o mesmo que elas adoram sob os nomes de Jeová,
Alá ou Deus; quando se puserem de acordo sobre os atributos
essenciais da Divindade, compreenderão que, sendo um único o Ser,
uma única tem que ser a vontade suprema; estender-se-ão as mãos
umas às outras, como os servidores de um mesmo Mestre e os filhos de
um mesmo Pai e, assim, grande passo terão dado para a unidade.
(parágrafo final)
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