Tema da semana: “A parentela
corporal e a parentela espiritual”
de 13/02/2012 a 19/02/2012
Joanna
de Ângelis
A reencarnação estreita os vínculos do amor, tornando-os laços eternos, pelo
quanto faculta de experiência na área da afetividade familiar.
Enquanto as ligações de sangue favorecem o egoísmo, atando as criaturas
às algemas das paixões possessivas,
a pluralidade das existências ajuda,
mediante a superação das conveniências pessoais, a união fraternal.
Os genitores e nubentes, os irmãos e primos, os avós e netos de uma
etapa trocarão de lugar no grupo de companheiros
que se afinam, permanecendo os motivos e emulações da amizade superior.
O desligamento físico pela desencarnação faz que se recomponham, no
além-túmulo, as famílias irmanadas pelo ideal da solidariedade,
ensaiando os primeiros passos para a construção da imensa família universal.
Quando a força do amor vigilante detecta as necessidades dos corações
que mergulharam
na carne, sem egoísmo, pedem aos programadores
espirituais das vidas que lhes permitam acompanhar
aqueles afetos que os anteciparam, auxiliando-os nos cometimentos
encetados, e reaparecem na parentela corporal ou naquela outra, a da fraternidade
real que os une e faculta os exemplos de abnegação, renúncia e devotamento.
*
Este amigo que te oferece braço forte; esse companheiro a quem estimas
com especial carinho; aquele conhecido
a quem te devotas com superior
dedicação; estoutro colega que te sensibiliza; essoutro discreto benfeitor da tua vida;
aqueloutro vigilante auxiliar que se apaga para que apareças, são teus familiares em espírito, que ontem envergaram
as roupagens de um pai abnegado
ou de uma mãe sacrificada, de um irmão zeloso ou primo generoso,
de uma esposa
fiel e querida ou de um marido cuidadoso, ora ao teu lado,
noutra modalidade biológica e familiar, alma irmã da tua alma, diminuindo as
tuas
dores, no carreiro da evolução e impulsionando-te para cima, sem pensarem em si...
Os adversários gratuitos que te sitiam e perturbam, os que te buscam
sedentos e esfaimados, vencidos
por paixões mesquinhas, são,
também, familiares outros a quem ludibriaste e traíste, que agora retornam, necessitados do teu carinho, da tua reabilitação
moral, a fim de que se refaça o grupo
espiritual, que ascenderá contigo no rumo da felicidade.
*
Jesus, mais de uma vez, confirmou a necessidade
dessa fusão dos
sentimentos acima dos vínculos humanos, exaltando a superior necessidade
da união familiar pelos laços eternos do espírito. A primeira, fê-lo, ao exclamar, respondendo à solicitação dos que lhe apontavam a mãezinha
amada que O buscava,
referindo-se:
— “Quem é minha mãe, quem são meus irmãos, senão aqueles
que fazem
a
vontade do Pai?”
Posteriormente, na cruz,
quando bradou, num sublime testemunho, em resposta direta à Mãe angustiada que O
inquirira: — “Meu filho, meu filho, que te fizeram os homens?” elucidando-a e doando-a à Humanidade: — “Mulher, eis aí teu filho” — “Filho, eis aí tua mãe”, entregando-o ao seu cuidado, através de cuja
ação
inaugurou
a
Era da fraternidade universal acima de todos os vínculos terrenos.
Psicografia de Divaldo Franco do Livro:
S.O.S Família
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