domingo, 29 de janeiro de 2012

Presença do Codificador


Tema da semana: “O CONSOLADOR PROMETIDO” de 30/01/2012 a 05/02/2012

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
O CONSOLADOR PROMETIDO

Allan Kardec


            3. Se  me  amais, guardai os  meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos  enviará outro Consolador, a fim  de  que  fique eternamente convosco: – O Espírito de Verdade, que  o mundo não  pode receber, porque o não  vê  e  absolutamente o não  conhece. Mas, quanto a vós, conhe- cê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós.
            – Porém, o Consolador, que  é  o Santo Espírito, que  meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos  fará  recordar tudo o que vos  tenho dito.  (S. JOÃO, 14:15 a 17  e 26.)
            4. Jesus promete outro consolador: o Espírito de  Verdade, que o  mundo ainda não conhece, por  não estar maduro para o compreender, consolador que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para relembrar o que o Cristo há dito. Se,  portanto, o Espírito de  Verdade tinha de  vir mais tarde ensinar todas as coisas, é que o Cristo não dissera tudo; se ele vem relembrar o que o Cristo disse, é que o que este disse foi esquecido ou  mal compreendido.
            O Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo: preside ao seu advento o Espírito de Verdade. Ele  chama os  homens à observância da lei;  ensina todas as coisas fazendo compreender o que Jesus só disse por  parábolas. Advertiu o Cristo: “Ouçam os que têm ouvidos para ouvir.” O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porquanto fala  sem figuras, nem alegorias; levanta o véu  intencionalmente lançado sobre certos mistérios. Vem, finalmente, trazer a consolação suprema aos deserdados da Terra e a todos os que sofrem, atribuindo causa justa e fim útil a todas as dores.
            Disse o Cristo: “Bem-aventurados os  aflitos, pois que serão consolados.” Mas, como há de alguém sentir-se  ditoso  por   sofrer, se  não sabe por   que sofre? O  Espiritismo mostra a causa dos sofrimentos nas existências anteriores e na destinação da Terra, onde o homem expia o seu passado.  Mostra o objetivo dos sofrimentos, apontando-os como crises salutares que produzem a cura e como meio de  depuração que garante a felicidade nas existências futuras. O homem compreende que mereceu sofrer e acha justo o sofrimento. Sabe que este lhe auxilia o adiantamento e o aceita sem murmurar,  como o obreiro aceita o trabalho que lhe assegurará o salário. O Espiritismo lhe  dá fé inabalável no futuro e a dúvida pungente não mais se lhe apossa da alma. Dando-lhe a ver do alto as coisas, a importância das vicissitudes terrenas some-se no  vasto e esplêndido horizonte que ele o faz descortinar, e a perspectiva da felicidade que o espera lhe  dá a paciência, a resignação e a coragem de  ir até ao  termo do caminho.
            Assim, o  Espiritismo realiza o  que Jesus  disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai  e por  que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.



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