Tema da semana: “O CONSOLADOR PROMETIDO” de 30/01/2012 a 05/02/2012
O EVANGELHO SEGUNDO O
ESPIRITISMO
O CONSOLADOR PROMETIDO
Allan
Kardec
3. Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e
ele vos enviará outro Consolador, a
fim de
que fique eternamente convosco: –
O Espírito de Verdade, que
o mundo não pode receber, porque
o não vê
e absolutamente o não conhece. Mas, quanto a vós, conhe- cê-lo-eis,
porque ficará convosco e estará em vós.
– Porém, o Consolador,
que é
o Santo Espírito, que meu Pai
enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará
recordar tudo o que vos tenho
dito. (S. JOÃO, 14:15 a 17 e 26.)
4.
Jesus promete outro consolador: o Espírito de Verdade, que o mundo ainda não conhece, por não estar maduro para o compreender,
consolador que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para relembrar o
que o Cristo há dito. Se, portanto, o
Espírito de Verdade tinha de vir mais tarde ensinar todas as coisas, é que
o Cristo não dissera tudo; se ele vem relembrar o que o Cristo disse, é que o
que este disse foi esquecido ou mal
compreendido.
O
Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo: preside ao seu
advento o Espírito de Verdade. Ele chama
os homens à observância da lei; ensina todas as coisas fazendo compreender o
que Jesus só disse por parábolas.
Advertiu o Cristo: “Ouçam os que têm ouvidos para ouvir.” O Espiritismo vem
abrir os olhos e os ouvidos, porquanto fala
sem figuras, nem alegorias; levanta o véu intencionalmente lançado sobre certos
mistérios. Vem, finalmente, trazer a consolação suprema aos deserdados da Terra
e a todos os que sofrem, atribuindo causa justa e fim útil a todas as dores.
Disse
o Cristo: “Bem-aventurados os aflitos,
pois que serão consolados.” Mas, como há de alguém sentir-se ditoso
por sofrer, se não sabe por
que sofre? O Espiritismo mostra a
causa dos sofrimentos nas existências anteriores e na destinação da Terra, onde
o homem expia o seu passado. Mostra o
objetivo dos sofrimentos, apontando-os como crises salutares que produzem a
cura e como meio de depuração que
garante a felicidade nas existências futuras. O homem compreende que mereceu
sofrer e acha justo o sofrimento. Sabe que este lhe auxilia o adiantamento e o
aceita sem murmurar, como o obreiro
aceita o trabalho que lhe assegurará o salário. O Espiritismo lhe dá fé inabalável no futuro e a dúvida pungente
não mais se lhe apossa da alma. Dando-lhe a ver do alto as coisas, a importância
das vicissitudes terrenas some-se no
vasto e esplêndido horizonte que ele o faz descortinar, e a perspectiva
da felicidade que o espera lhe dá a
paciência, a resignação e a coragem de
ir até ao termo do caminho.
Assim,
o Espiritismo realiza o que Jesus
disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o
homem saiba donde vem, para onde vai e
por que está na Terra; atrai para os
verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.
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