Tema da semana: “O CONSOLADOR PROMETIDO” de 30/01/2012 a 05/02/2012
Joanna de
Ângelis
Fixa-se na epopeia
da
Boa Nova o verbo divino relatado pela palavra dos
evangelistas, retratando a jornada do inesquecível Rabi Galileu, ensejando à posteridade de todos os tempos a incomparável
mensagem de redenção para os homens.
Antes disso,
desde Hamurabi, que registrava
em estelas
de pedras
a
intuição do Alto, dando origem aos códigos de moral que norteariam os passos das criaturas na direção do bem, homens inspirados, heróis do pensamento
e santos da ação relevante, gravaram as instruções do Mundo Superior, em tijolos, pedras, papiros, peles, pergaminhos, madeiras e papel, oferecendo preciosos legados para as idades futuras, como contribuição
inalienável da felicidade humana.
Em todas as épocas, desde as mais recuadas, o verbo, ora na eloquência
do discurso oral, ora através do livro abençoado, tem sido mensagem de Deus
que chega à Terra, a fim de conclamar mentes e corações ao nobre ministério
da
evolução.
Retratando
estágios
das diversas
civilizações, construindo ideias,
levantando impérios, a palavra sadia é semente de luz atirada ao solo dos
séculos pela excelsa providência de Nosso Pai, atestando a Sua comunhão com as criaturas.
Foi por essa
razão
que
os Espíritos
Superiores,
encarregados
de apresentar
ao
emérito Codificador do Espiritismo as linhas básicas da Religião
da
Humanidade para o porvir, foram peremptórios nos postulados do amor e da instrução, como corolários essenciais da Caridade.
No amor o homem sublima os sentimentos e marcha no rumo nobilitante da felicidade, amparando e ajudando em nome de Jesus.
Mediante a instrução, a criatura se liberta das amarras da ignorância,
estabelecendo a ponte de luz entre os abismos que o separam dos objetivos
que persegue.
A instrução,
no
sentido superior da educação, que é construção
e preservação da paz no íntimo, consegue conduzir o amor, para que este não se entorpeça nem se envileça ante as paixões individuais ou as expressões
poderosas de
grupos, refletindo aquele sentimento com
o qual Jesus nos
amou.
Assim considerando, ontem como hoje, o livro é pão da vida, preparado com o trigo da sabedoria para sustentação das criaturas todos os dias.
* * *
Quando o canhão ameaça
e a
bomba dizima, o livro consegue silenciosamente
modificar o statu quo e erguer os ideais que jazem amortalhados
sob
o pavor ou dormem em baixo das cinzas da destruição, ou vencidos
pelas
labaredas do
ódio,
de modo a renovar as
expressões da
criatura em nome da paz, da liberdade e do amor.
O livro espírita, nesse sentido, guarda
o hálito superior
da
vida para a manutenção das aspirações da Terra,
no
justo momento em que desajustados,
os
indivíduos se atiram em louca e desabalada correria pelos sombrios meandros da indiferença, do descaso, do cinismo e da criminalidade.
O livro espírita, preservando a palavra do Mundo Maior para a clarificação
do mundo menor, transcende a própria contextura, pois que nele são
registradas as experiências dos que passaram pela Terra e superaram o portal de cinza e lama da sepultura.
Bem-aventurado seja, pois, aquele que esparze alegria, o que doa pão, o que oferta medicamento,
o que distende linfa generosa, o que concede agasalho,
mas, sobretudo, o que planta o futuro, luarizando com a palavra espírita
inserta
no livro libertador
a
grande
noite
da ignorância, na qual padecem os espíritos jugulados
ao
passado delituoso ou atados às reminiscências dolorosas sob o talante com que renasceram para resgatar e libertar-se.
Jesus, o Mestre por excelência, até hoje trabalha, ensina e, tomando a
Natureza como motivação superior, dela faz um livro divino para ofertar-nos preciosas
lições de amor e sabedoria com que prossegue
conclamando-nos à
ventura plena e à paz integral.
Semeemos, pois, o livro espírita, e estaremos libertando desde agora o
mundo de amanhã, com a madrugada da Era Nova
de
que o Espiritismo se faz
mensageiro.
*
“Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará
em
meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar
tudo o que vos tenho dito”.
João: capítulo 14º, versículo 26.
*
“Venho, como outrora aos transviados filhos de Israel, trazer-vos a
verdade e dissipar as trevas. Escutai-me, O Espiritismo, como o fez
antigamente
a minha palavra, tem que lembrar aos incrédulos que acima deles reina a imutável verdade: o Deus bom, o Deus grande, que faz com
que germinem
as plantas e se levantem as ondas. Revelei a doutrina
divinal Como um ceifeiro, reuni em feixes o bem esparso no seio da
Humanidade e disse: Vinde a mim, todos vós que sofreis”.
Capítulo 6º — Item 5.
Psicografia de Divaldo Franco – do Livro Florações
Evangélicas
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