Tema da semana
“Dar-se-á àquele
que tem”
de 19/08/2013 a
25/08/2013
Joanna de Ângelis
A
riqueza, sob qualquer aspecto considerada, é bênção que Deus
concede ao homem para sua felicidade e que lhe compete bem utilizar,
multiplicando-a em dons de misericórdia e progresso a benefício do
próximo.
Torná-la
oásis reduzido para o próprio prazer, em pleno deserto de recursos
onde medram a dor
e a
miséria de todo
porte, é fraqueza
moral que se converte em algema de demorada escravidão.
Todas
as concessões da Vida rendem juros conforme a direção e a
aplicação que se lhes deem.
Os
bens materiais ensejam o progresso
e devem
fomentá-lo, porquanto
a própria evolução humana impõe necessidades que os homens
primitivos desconheciam.
As
exigências da higiene e do conforto, da preservação da saúde e
das experiências de evolução, facultam a aplicação de valores
que, simultaneamente, organizam o sistema de crescimento e
desenvolvimento do indivíduo como do grupo onde vive.
Não
cabe, porém, a ninguém o direito de usufruir, seja o que for, em
detrimento das possibilidades do próximo.
Criminosa
a exploração que exaure as forças naturais e entenebrece o caráter
humano.
Desse
modo, a direção que o homem dá aos recursos materiais, mediante a
aplicação egoísta ou a utilização benéfica, faz que tal se
transforme em liberdade ou grilhão, dita ou desgraça.
Administradores,
que todos somos, transitoriamente, dos haveres, enquanto na
vilegiatura carnal, seremos convocados a contas para relatórios,
apresentando o que fizemos das concessões divinas que passaram pelas
nossas mãos.
O
dinheiro, a propriedade, a posição social relevante, a saúde, a
inteligência, a mobilidade, a lucidez são bens que o espírito
recebe como empréstimo divino para edificar-se e construir a
ventura.
Qualquer
emprego malsão engendra escassez e limitação que se transformam em
aflição e desespero.
O
mordomo infiel dos bens retorna à Terra na sujeição escravizadora,
que lhe cobra o desperdício ou a usura de que se fez vítima inerme.
*
Multiplica
pelo trabalho e pela ação benéfica todos os bens de que disponhas:
do corpo, da mente, do espírito.
Aquinhoado
com os valores perecíveis que dormem ou se movimentam nas tuas mãos,
recorda os filhos da agonia ao teu lado, nas tábuas da miséria e do
abandono...
Um
dia, sem que o queiras, deixarás todas as coisas e valores, ante o
impositivo da desencarnação, seguindo contigo, apenas, os valores
morais legítimos, decorrentes dos bens materiais que converteste em
esperança, alegria, progresso e paz, qual semeador de estrelas que,
após transitar por um caminho de
sombras,
conseguiu
transformá-lo
numa via
láctea de
brilhantes celestes.
Psicografia
de Divaldo Franco do livro Leis Morais da Vida
Ninguém
ajuda eficientemente, intensificando as forças contrárias, com não
se pode apagar na terra um incêndio com petróleo. É indispensável
amar! Os que descreem
perdem o rumo verdadeiro, peregrinando pelo deserto; os que erram se
desviam da estrada real, mergulhando no pântano.
Livro
Nosso Lar
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