Tema da
semana
“Perda de
pessoas amadas. Mortes prematuras”
de
12/08/2013 a 18/08/2013
Richard
Simonetti
Diante do
agonizante o sentimento mais forte naqueles que se ligam a ele afetivamente é o
de perda pessoal.
"Meu
marido não pode morrer! Ele é o meu apoio, minha segurança!"
"Minha
esposa querida! Não me deixe! Não poderei viver sem você!"
"Meu
filho, meu filho! Não se vá! Você é muito jovem! Que será de minha velhice sem
o seu amparo?"
Curiosamente,
ninguém pensa no moribundo. Mesmo os que aceitam a vida além-túmulo
multiplicam-se em vigílias e orações, recusando admitir a separação. Esse comportamento
ultrapassa os limites da afetividade, desembocando no velho egoísmo humano,
algo parecido com o presidiário que se recusa a aceitar a ideia de que seu
companheiro de prisão vai ser libertado.
O
exacerbamento da mágoa, em gestos de inconformação e desespero, gera fios
fluídicos que tecem uma espécie de teia de retenção, a promover a sustentação
artificial da vida física. Semelhantes vibrações não evitarão a morte. Apenas a
retardarão, submetendo o desencarnante a uma carga maior de sofrimentos.
É natural que,
diante de sério problema físico a se abater sobre alguém muito caro ao nosso
coração, experimentemos apreensão e angústia. Imperioso, porém, que não
resvalemos para revolta e o desespero, que sempre complicam os problemas
humanos, principalmente os relacionados com a morte.
Quando
familiares não aceitam a perspectiva da separação, formando a indesejável teia
vibratória, os técnicos da espiritualidade promovem, com recursos magnéticos,
uma recuperação artificial do paciente que, "mais pra lá do que pra
cá", surpreendentemente começa a melhorar, recobrando a lucidez e
ensaiando algumas palavras...
Geralmente tal
providência é desenvolvida na madrugada. Exaustos, mas aliviados, os
"retentores" vão repousar, proclamando:
"Graças a
Deus! O Senhor ouviu nossas preces!"
Aproveitando a
trégua na vigília de retenção os benfeitores espirituais aceleram o processo
desencarnatório e iniciam o desligamento. A morte vem colher mais um passageiro
para o Além.
Raros os que
consideram a necessidade de ajudar o desencarnante na traumatizante transição.
Por isso é frequente a utilização desse recurso da Espiritualidade, afastando
aqueles que, além de não ajudar, atrapalham. Existe até um ditado popular a
respeito do assunto:
"Foi a
melhora da morte! Melhorou para morrer!"
Do livro “Quem tem medo da morte?”.
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MORTE
A morte é, apenas, uma
sombra que nos envolve,
de leve, assim como a
noite nos mergulha no sono,
por algumas horas para
arrebatar-nos, depois a benção do dia.
Itamar
Do
livro “Dicionário da alma”.
Psicografia
de “Francisco Cândido Xavier”.
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