Tema da semana
Consolo
De 05/01/2015 a 11/01/2015
Joanna
de Ângelis
Nem todos aflitos,
porém... Muitos que sofrem engendraram as aflições de que se tornaram vítimas inermes. Carregam o sofrimento aspirando
e exalando o gás da ira
mal
dissimulada com
que mais se intoxicam e mais envenenam
em derredor. Pessoas
aflitas esmagam-se nas paredes estreitas
da usura, de que se não
libertam; estertoram nas garras do
ciúme que as enceguecem; desagregam-se sob os
camartelos da insatisfação
face aos
prazeres dissolventes; transitam em
sofreguidão contínua ao estridor da
revolta que as
agoniam;
turbam-se nas
densas nuvens da desesperança; tombam, desfalecidas,
nas urdiduras
do desânimo.
Toda aflição se fixa em raízes que devem ser extirpadas.
Algumas possuem causas atuais, enquanto outras se prendem ao passado espiritual, constituindo tais fatores a justiça impertérrita
que alcança os infratores dos códigos divinos do amor e do equilíbrio.
Aflições de vário porte conduzem ao crime de muitas denominações. Somente a aflição
resignada e confiante,
de pronto
receberá consolo. A chuva que reverdece
a terra crestada, em tempestade, aniquila colheitas, despedaça
jardins,
carcome o solo... O repouso sensato refaz as forças; prolongado, anestesia os estímulos, entorpecendo a vontade e a ação. Aflitos que, não
obstante, em lágrimas, atendem
alheio pranto; apesar de perseguidos, não se fazem perseguidores; embora sob injustiça, confiam na probidade;
sem embargo, enfermos, estimam a saúde do próximo; todavia, incompreendidos, desculpam e sustentam
a coragem do bem; no entanto,
esfaimados, alevantam o ânimo onde se
encontram; mesmo
em quase alucinação, tal a monta de problemas e dificuldades, recorrem à oração refazente e à meditação renovadora - serão consolados!
Nem todos os aflitos, porém, lograrão consolação.
Há os que impõem
tais
ou quais medidas a fim de saciar-se; que esperam
este
ou aquele resultado com
que
pensam comprazer- se;
que situam esse ou outro fator como único
pelo
qual se apaziguariam; uma ou duas únicas opções
para fruírem
felicidade e,
entretanto, são recursos da ilicitude,
quando não dos caprichos que estão sendo disciplinados pela própria aflição...
Trasladarão oportunidades,
adiarão
benesses,
sofrerão... Não podem
ser
consolados, porquanto, não aspiram a
conforto e sim desforço, triunfo, vanglória. Nicodemos possuía dúvidas honestas -
foi esclarecido.
Marta inquietava-se no afã
do zelo
exagerado - recebeu diretriz; Zaqueu
dispunha de moedas azinhavradas
- trocou-as pelos tesouros
imperecíveis. Madalena fossilava na
perversão obsidente - conseguiu
curar-se. Antes, aflitos, abriram-se ao consolo vertido das mãos de Jesus Cristo. Indispensável valorizar a aflição, sopesando-a
com discernimento, de modo a
conduzi-la às fontes inexauríveis do Evangelho em clima de serenidade, respeito e amor. Ali, todas
as dores
se acalmam, todas
as lágrimas se enxugam, todos os aflitos são consolados.
Psicografia
de Divaldo Franco do livro “Celeiro de Bênçãos”
Saudade, doce esperança,
Consolo de quem quer bem...
Visão da felicidade
Que faz que vem mas não vem.
Antônio Azevedo
Livro
Trovadores do Além
Psicografia
de Chico Xavier
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