Tema da semana
“Não julgueis afim
de que não sejais julgados.
Aquele que estiver sem
pecado lhe atire a primeira pedra”
de 12/11/2012 a
18/11/2012
Joanna
de Ângelis
Sim,
deves perdoar! Perdoar e esquecer a ofensa que te colheu de surpresa,
quase dilacerando a tua paz. Afinal, o teu opositor não desejou
ferir-te realmente, e, se o fez com essa intenção, perdoa ainda,
perdoa-o com maior dose de compaixão e amor.
Ele
deve estar enfermo, credor, portanto, da misericórdia do perdão.
Ante
a tua aflição, talvez ele sorria. A insanidade se apresenta em face
múltipla e uma delas é a impiedade, outra o sarcasmo, podendo
revestir-se de aspectos muito diversos.
Se
ele agiu, cruciado pela ira, assacando as armas da calúnia e da
agressão, foi vitimado por cilada infeliz da qual poderá sair
desequilibrado ou comprometido organicamente. Possivelmente, não irá
perceber esse problema, senão mais tarde.
Quando
te ofendeu deliberadamente, conduzindo o teu nome e o teu caráter ao
descrédito, em verdade se desacreditou ele mesmo.
Continuas
o que és e não o que ele disse a teu respeito.
Conquanto
justifique manter a animosidade contra tua pessoa, evitando a
reaproximação, alimenta miasmas que lhe fazem mal e se abebera da
alienação com indisfarçável presunção.
Perdoa,
portanto, seja o que for e a quem for.
O
perdão beneficia aquele que perdoa, por propiciar-lhe paz
espiritual, equilíbrio emocional e lucidez mental.
Felizes
são os que possuem a fortuna do perdão para a distender largamente,
sem parcimônia.
O
perdoado é alguém em débito; o que perdoou é espírito em lucro.
Se
revidas o mal és igual ao ofensor; se perdoas, estás em melhor
condição; mas se perdoas e amas aquele que te maltratou, avanças
em marcha invejável pela rota do bem.
Todo
agressor sofre em si mesmo. É um espírito envenenado, espargindo o
tóxico que o vitima. Não desças a ele senão para o ajudar.
Há
tanto tempo não experimentavas aflição ou problema - graças à fé
clara e nobre que esflora em tua alma - que te desacostumaste ao
convívio do sofrimento. Por isso, estás considerando em demasia o
petardo com que te atingiram, valorizando a ferida que podes de
imediato cicatrizar.
Pelo
que se passa contigo, medita e compreenderás o que ocorre com ele, o
teu ofensor.
O
que te é Inusitado, nele é habitual.
Se
não te permitires a ira ou a rebeldia – perdoarás!
A
mão que, em afagando a tua, crava nela espinhos e urze que carrega,
está ferida ou se ferirá simultaneamente. Não lhe retribuas a
atitude, usando estiletes de violência para não aprofundares as
lacerações.
O
regato singelo, que tem o curso impedido por calhaus e os não pode
afastar, contorna-os ou para, a fim de ultrapassá-los e seguir
adiante.
A
natureza violentada pela tormenta responde ao ultraje reverdecendo
tudo e logo multiplicando flores e grãos.
E
o pântano infeliz, na sua desolação, quando se adorna de luar,
parece receber o perdão da paisagem e a benéfica esperança da
oportunidade de ser drenado brevemente, transformando-se em jardim.
Que
é o "Consolador", que hoje nos conforta e esclarece,
conduzindo uma plêiade de Embaixadores dos Céus para a Terra, em
missão de misericórdia e amor, senão o perdão de Deus aos nossos
erros, por intercessão de Jesus?!
Perdoa,
sim, e intercede ao Senhor por aquele que te ofende, olvidando todo o
mal que ele supõe ter-te feito ou que supões que ele te fez, e, se
o conseguires, ama-o, assim mesmo como ele é.
"Não
vos digo que perdoeis até sete vezes, mas até setenta vezes sete
vezes". Mateus: 18-22.
"A
misericórdia é o complemento da brandura, porquanto aquele que não
for misericordioso não poderá ser brando e pacifico. Ela consiste
no esquecimento e no perdão das ofensas". O Evangelho Segundo O
Espiritismo, Cap. X - Item 4.
Do
livro “Florações evangélicas”.
Psicografia
de Divaldo Pereira Franco.
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Trovadores
do Além 202
No
lar – palácio ridente
Dos
mais belos que há no mundo -,
Se
o perdão mora na frente,
A
paz reside no fundo.
Alberto
Ferreira
Do
livro “Trovadores do Além”.
Psicografia
de “Francisco Cândido Xavier”.
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