Tema da semana
“Minha família, o
mundo e eu”
de 26/11/2012 a
02/12/2012
Joanna de Ângelis
A criança é argila moldável,
aguardando as mãos do diligente oleiro que lhe dará forma e
conteúdo.
Esse oleiro hábil é o educador, que
deve modelar o ser social digno, de forma que possa construir a
sociedade harmônica.
A paz do mundo depende da educação
da infância.
Quando a criança é capaz de liderar
outras, prepara-se para conduzir os grupos humanos mais tarde, nas
diferentes áreas da existência, culminando, muitas vezes, no
comando de povos e de nações.
Realizará esse ministério,
exatamente conforme aprendeu nos dias formosos da construção da sua
personalidade, delicadamente trabalhada pela paciência e sabedoria
dos seus educadores.
No lar começa o incomparável labor
de edificação moral de todos os membros que o constituem, mediante
as experiências e comportamentos dos pais, que infundirão exemplos
demonstrativos do valor do conhecimento, do caráter, da honra, da
convivência doméstica, representando os segmentos sociais da vida
em comum com os demais membros da humanidade.
Esse trabalho é relevante e
indispensável, nunca devendo ser transferido totalmente para a
escola, encarregada, essencialmente, da instrução, na qual se devem
incutir os hábitos saudáveis através da conduta dos mestres. São,
no entanto, os pais, os mais nobres educadores, tanto para o
crescimento ético-moral dos aprendizes quanto para os gravames que
os levam aos desequilíbrios de todo porte que tomam conta destes
dias de sombra e de perversidade.
Não se discutem as conquistas
relevantes da ciência e da tecnologia, nada obstante, não há como
ocultar-se a decadência dos valores éticos e morais, a
agressividade em alucinação, a violência em hediondez, o
desrespeito atingindo índices dantes jamais imaginados...
Os instintos que caracterizam o ser
infantil devem ser orientados desde os primeiros momentos após a
vida intra-uterina, trabalhando-os e disciplinando-os de forma que
não se sobreponham aos sentimentos de amor e de respeito que devem
viger na constelação familiar.
É certo que, no corpo infantil
encontra-se, normalmente, um espírito com alta carga de vivências,
nem sempre dignificantes, merecendo, por isso mesmo, salutar
orientação desde muito cedo e de equilíbrio direcionador para as
ações saudáveis.
Desde o seu renascimento o espírito
reflete na infância as características que lhe são próprias,
através do comportamento espontâneo, caprichoso ou não, reflexivo
ou automático...
Uma criança de poucos meses já
distingue com facilidade os semblantes que a contemplam, identifica
os objetos que se lhe fizeram familiares. Com um ano de idade já
observou tudo quanto a cerca e começa a desinteressar-se pelo que se
lhe encontra ao alcance, anelando pelo diferente, pelo novo. A partir
do segundo ano, já necessita de objetos especiais e até mesmo
invisíveis a fim de ser atraída para eles, desenvolvendo a
capacidade de crescimento e de valorização da vida, embora
inconsciente por enquanto.
Curiosamente, a criança é
direcionada por uma intensa necessidade de aprender, de relacionar-se
com novos objetos, orientada pelos instintos através de impulsos
que, observados, ensejam entender-se as suas qualidades morais,
aquelas de que o espírito é portador, necessitando de
direcionamento gentil quando negativas e de estímulos positivos, se
edificantes.
São-lhe insculpidos, nessa
oportunidade, os hábitos, a ordem, a arrumação ou os
desequilíbrios que irão formar a sua personalidade harmônica ou
indisciplinada, tornando-se difícil reparar quaisquer danos
posteriormente, porque os hábitos são uma segunda natureza em a
natureza de cada qual.
A criança anela pela conquista da
palavra, porquanto, a partir dos seis meses já consegue distinguir a
voz humana em qualquer ambiente mesmo que barulhento, com sons
diversificados, passando a uni-los e começando a enunciá-los...
Ao invés de coibir-se a criança nas
suas manifestações no lar, em nome da educação, deve-se
estimulá-la a ser autêntica, evitando-se a dissimulação e a
hipocrisia, por cujos mecanismos psicológicos agrada aos adultos,
ocultando a sua realidade, a sua sensibilidade.
Merece, por isso mesmo, jornadear por
um mundo que seja construído para entendê-la de início, a fim de
que o possa oferecer melhorado àquelas que virão depois.
A paz é construída no sentimento do
ser humano, jamais podendo ser imposta. Por essa razão, a educação
deve ter em mente a realização da paz, a pacificação interna dos
tormentos, de forma que o indivíduo se transforme em pacificador
onde se encontre.
Educar com e pelo amor constitui o
método mais eficaz para conseguir-se o equilíbrio na família,
reunindo todos os membros numa interdependência afetuosa, ao mesmo
tempo sem paixões individualistas ou geradoras de vinculações
doentias.
Construir na criança um ser novo, é
trabalhar pela paz da sociedade. As guerras não são feitas pelas
armas, porém, pelos homens que as constroem. Educar, desarmando dos
sentimentos inferiores, competitivos, individualistas, representa
promover a paz doméstica, prelúdio da paz na sociedade.
Dessa maneira, os educadores são
responsáveis pelas expressões da paz ou das guerras que venham a
acontecer. Os políticos, que são cidadãos, negociam os interesses
em favor da guerra ou da paz, conforme os seus níveis emocionais,
morais e espirituais, no entanto, os educadores trabalharão sempre
em favor da paz.
O lar é, portanto, a sublime escola
de dignificação humana, onde se aprimoram os sentimentos e se
orientam os conhecimentos intelectuais ao lado daqueles de natureza
moral, para o real desenvolvimento humano.
Todos os cidadãos, dessa forma, devem
unir-se em favor do ideal comum, que é o da educação.
Jamais haverá uma sociedade feliz, se
não for cuidado o ministério sublime da educação integral, aquela
que acompanha o espírito na sua complexidade e nas suas necessidades
evolutivas.
Lamentavelmente, a educação não vem
preparando o educando para ser cidadão. Os interesses mesquinhos
predominam nas famílias, estabelecendo metas de interesses
econômicos, políticos, sociais e outros, em detrimento da
construção interna do aprendiz. Por efeito, surgem as grades
educativas baseadas no egoísmo, por pessoas malformadas
psicopedagogicamente, mais políticas que experientes nos propósitos
de formação dos alunos.
Infelizmente, a criança não é
devidamente valorizada, tornando-se mais um objeto de exibição dos
pais, que lhes não dão a atenção indispensável, o carinho e a
assistência no lar, muito preocupados em oferecer coisas inúteis,
resguardando-se no egoísmo doentio de não se darem a si mesmos,
embora com menos conforto e mais esforço na manutenção da
família...
Certamente que há exceções
valiosas, constituindo exemplos dignos de serem seguidos.
A ciência da paz que ainda não foi
elaborada, embora a da guerra esteja muito bem planejada, sempre
recebendo implementos novos e recursos dispendiosos, necessita de ser
iniciada na intimidade do lar através da educação das novas
gerações.
Jesus exemplificou a magnitude da vida
infantil e as infinitas possibilidades que lhe estão ao alcance,
quando os discípulos molestados pelos pequeninos que se lhe
acercavam, ouviram-nO, aturdidos, dizer: Deixai que venham a mim as
criancinhas, e não as impeçais, porque delas é o reino dos céus.
(Mateus:19:14.)
Psicografia de Divaldo Franco do livro Constelação Familiar
TROVAS
DO CASAMENTO
Um
lembrete para os homens
Enquanto
pobres mortais
Se
quem casa sofre muito
Quem
não casa sofre mais.
Delfina
Benigna
Psicografia
Chico Xavier - Livro Família
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