Tema
da semana
“O
que é preciso para ser salvo. Parábola do bom samaritano”
de
30/09/2013 a 06/10/2013
Augusto
Cezar Netto
E
andei pelo mundo, procurando a luz da paz.
Fui
à Grécia, admirando o Partenon e lugares outros em que pontificaram
sábios da antiguidade; dirigi-me a Roma, onde me acomodei nas
escadas do Coliseu, refletindo nos cristãos perseguidos;
Viajei
a Índia, onde partilhei as orações dos crentes que se banhavam nas
águas do Ganges, em Benarés;
Segui
para o Egito, maravilhando-me à frente das Pirâmides que
imortalizam a pompa dos faraós;
Transitei
pelas ruas de Meca e orei com os muçulmanos, entre as recordações
do iluminado profeta do Islã;
Busquei
Paris e conheci a Torre Eiffel, orgulho da França;
Visitei
o Palácio de Versalhes, moradia de reis e fidalgos ilustres;
encaminhei-me para Londres, encantando-me ali com a severa nobreza do
Castelo da Torre;
Na
Espanha, conheci o Escurial, nos arredores de Madri, cheguei a
Granada e entrei no castelo do rei Broabdil que encerrou, naquele
País, o domínio dos Árabes e voltei-me a Barcelona, onde admirei a
fortaleza de Monjnich;
Apreciei
a riqueza artística dos Jerôninos e usufrui as amenidades de
Sintra, em Portugal;
Fui
à Nova York onde expressei o meu respeito pela inteligência humana,
diante dos arranha-céus que lhe assinalam a grandeza;
Caminhei
através de todas as grandes cidades das Três Américas, mas não
encontrei a luz da paz.
Saudoso
do lar regressei a nossa casa em Vila Nova Conceição, em São
Paulo.
Era
noite e minha mãe lia o Evangelho. Abracei-a emocionado e li o texto
exposto. Era a parábola do Bom Samaritano.
As
palavras falavam em letras que me ficaram na memória:
-
“Então, um doutor da lei, perguntou abeirando-se do Divino
Mestre”:
— Senhor,
que deverei fazer para possuir a vida eterna?
O
Cristo sorriu e considerou:
— O
que está escrito na Lei, o que lês nela?
O
homem acentuou:
— Amarás
o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, com as tuas forças de
espírito e ao teu próximo como a ti mesmo.
Entretanto
o Doutor da lei ainda inquiriu pra o tentar:
— Senhor,
e quem é o meu próximo?
Jesus,
explicou, usando brandura e paciência:
— Um
homem que se dirigia de Jerusalém para Jericó saiu em poder dos
salteadores que o despojaram, cobriam-no de ferimentos, deixaram-no
semimorto.
Um
sacerdote, que passou perto da vítima, estugou o passo e seguiu para
frente, negando-lhe atenção.
Logo
após, um levita passou pelo mesmo lugar, mas não se interessou pelo
ferido, seguindo adiante.
Mas
um samaritano, que viajava, comoveu-se ao ver o homem caído, desceu
do animal e, aproximando-se do desconhecido, dirigiu-lhe palavras de
conforto, balsamizou-lhe as feridas e colocando-o sobre o animal,
levou-o à hospedaria onde lhe ofereceu abrigo e segurança.
Jesus
fez a pequena pausa e interrogou:
— A
seu ver, qual dos três era o próximo do infeliz?
O
doutor respondeu:
— Aquele
que usou de misericórdia para com ele.
Num
gesto simples, o Cristo lhe observou:
— Então,
vai e faze tu o mesmo.”
Chegados
ao término da leitura, um telefone tilintou.
Minha
mãe foi atender e compreendi para logo o que se passava.
Uma
senhora jazia em estado grave e a amiga que suscitara a chamada pelo
fio comunicou que o doente pedia o socorro de uma prece.
Minha
mãe não teve duvidas.
Chamando
o Papai Raul e dando-lhe ciência do problema, ambos, logo após,
tomaram o carro na direção indicada.
Segui
junto deles e pude ver a doente que se aproximava da agonia
Minha
mãe e outras senhoras pediram a Misericórdia de Deus para a enferma
e, embora se afastassem, entendi que o meu dever era permanecer ali
na tarefa do auxilio.
Junto
de Benfeitores que ali se mantinham, trabalhei todo à noite no
aposento simples.
O
dia nasceu com melhoras positivas para a doente e, conquanto me
sentisse cansado, reconheci que uma alegria diferente me nascia no
coração.
Chorando
de felicidade, reconhecia, por fim, que eu, que me decidira a
transitar pela terra, procurando o dom sublime, encontrara-o ali, no
gesto de minha mãe ao lado de meu pai Raul, compreendendo que o amor
ao próximo que Jesus nos legou, sentido e praticado devidamente, é
a única força que realmente nos concede a luz da paz por dentro do
coração.
Do
livro “Presença de luz”.
Psicografia
de Francisco Cândido Xavier.
Fonte:
Reflexões
espíritas.
---
SOCORRO
Estejamos
convencidos de que a nossa boa vontade
é
credencial do auxílio mais amplo do
Céu,
tanto
quanto a nossa inércia espiritual
representa
fato de atraso no socorro divino que,
as
vezes por preguiça ou rebeldia,
teimam
em não receber
Antônia
Do
livro “Dicionário da alma”.
Psicografia
de “Francisco Cândido Xavier”.
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