Tema
da semana
“O
bem”
de
02/09/2013 a 08/09/2013
Allan
Kardec
O
verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e
de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência
sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei,
se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou
voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem
qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe
fizessem.
Deposita
fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe
que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em
todas as coisas.
Tem
fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos
bens temporais.
Sabe
que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções
são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.
Possuído
do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem,
sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do
fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.
Encontra
satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta,
no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações
que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos
outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos
outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário,
calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.
O
homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem
distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê
irmãos seus.
Respeita
nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos
que como ele não pensam.
Em
todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo
que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere
com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que
não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade,
ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o
próximo e não merece a clemência do Senhor.
Não
alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de
Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra,
por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado.
É
indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também
necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo:
"Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado."
Nunca
se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em
evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que
possa atenuar o mal.
Estuda
suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em
combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia
seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.
Não
procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas
de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer
ressaltar o que seja proveitoso aos outros.
Não
se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por
saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado.
Usa,
mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é
um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial
emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas
paixões.
Se
a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com
bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da
sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com
o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a
posição subalterna em que se encontram.
O
subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que
ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente.
Finalmente,
o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes
dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus.
Não
ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de
bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de
mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz.
"O homem de bem"
Do
livro “Evangelho segundo o espiritismo”.
---
BEM
Atende
ao bem com presteza, mas, em todo problema de posição duvidosa,
em
que a tua própria intenção pode converter-se em mal para o caminho
dos
outros e para o teu próprio caminho, abstém-te e espera.
Agar
Do
livro “Dicionário da alma”.
Psicografia
de “Francisco Cândido Xavier”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
(-: , Olá, seja bem vindo, se o seu comentário for legal, e não trouxer conteúdo agressivo, ele será postado.