Tema
da semana
“Fazer
o bem sem ostentação”
de
09/09/2013 a 15/09/2013
Joanna
de Ângelis
"O
bem e mal que fazemos decorrem das qualidades que possuímos. Não
fazer o bem quando podemos é, portanto, o resultado de uma
imperfeição. Se toda imperfeição é fonte de sofrimento, o
Espírito deve sofrer não somente pelo mal que fez como pelo bem que
deixou de fazer na vida terrestre." – O CÉU E O INFERNO 1ª
parte – Capítulo 7 – Item 6.
Cônscio
das lutas reservadas aos fiéis trabalhadores da sementeira
evangélica, Jesus foi definitivo: "No mundo – disse Ele –
só tereis aflições".
Comparava
o Senhor a caminhada cristã ao ingente trabalho sobre a gleba
humilde e boa, para a aquisição do pão.
Aqueles
que desejassem serenidade antes da sementeira e bênção antes do
merecimento, certamente veriam com desencanto a terra cobrir-se de
cardo e urze perdendo o tempo e a oportunidade. E, se repousam
prematuramente, reservam ingentes lutas para a própria subsistência
no futuro.
No
entanto, cientificados da necessidade de laborar, se se dispusessem a
aprofundar sulcos, vergastando abismos para que os grãos atingissem
a madre interna do solo, sofreriam o acúleo, a tormenta, a canícula
e o cansaço, banhando-se de suor, mas de olhos fitos no chão
coberto de vegetação e nos dedos do arvoredo, amparados pelos
frutos.
Não
se revoltariam por lutar nem se deixariam abater se a terra lhes
negasse as primeiras dádivas, na colheita.
Pelo
tirocínio, o homem sabe que, plantando, a produção advirá se os
requisitos necessários forem observados e o trabalho for
desenvolvido dentro das injunções tecnológicas.
É
compreensível, portanto, o não haver lugar no mundo dos negócios
nem dos prazeres para os lídimos cristãos. Não têm eles a
pretensão de receber eflorescência antes da sementeira nem se podem
candidatar à colheita enquanto a terra coberta de urze se consome na
inutilidade. Sabem que o tempo desperdiçado na inoperância é abuso
da fortuna do Senhor e é roubo à atividade da vida.
Por
essa razão, sofrem.
Quanto
mais se deixam absorver pela luta fastidiosa, sob o sol causticante,
mais se lhe acentuam as rugas da dor, mais se aprofundam as feridas
das mãos, mais se avoluma o cansaço sobre as costas. Porque o
trabalhador fiel não se detém a reclamar nem a exigir: ele sabe que
há tempo para semear como há tempo para colher.
Espíritas!
Serviço cristão é sofrimento, porta de serviço para a renovação
de si mesmo, estrada longa a percorrer sítios difíceis a transpor!
Náufragos
não têm condições de escolher batéis salva-vidas; presidiários
não podem escolher sítios para a liberdade; déspotas, no ofício
da reparação, não dispõem de credenciais para as tarefas a
executar.
A
tua é a acre-doce luta da transformação interior.
Muitas
vezes o vinagre da ingratidão ser-te-á o tônico de reconforto sob
a canícula solar.
A
mão espalmada do "vingador" sobre ti representará a
cobrança da dívida adiada, que não podes reclamar; o desprezo, em
forma de escárnio traduzirá o apelo convite à humanidade que não
pode ser desconsiderada.
E
a solidão, originária nas vergastadas e no abandono te conduzirá à
trilha por onde
chegarás
ao porto da espiritualidade maior.
Ninguém
guarde, por enquanto, coroas brilhantes para a cabeça nem se iluda
com os ouropéis mentirosos que enganam o tempo.
Tapetes
estendidos para os teus pés podem esconder abismos, como muitas
pinturas brilhantes disfarçam manchas e escabrosidades...
Tua
tarefa é de sublimação interior no dia a dia. Para quem sabe
discernir cada dia guarda uma lição; cada lição é mensagem de
experiência; cada experiência significa aprendizado; cada
aprendizado representa bênção e cada bênção traduz oportunidade
evolutiva.
Aproveita,
assim, as ensanchas que te surgem mesmo com as suas carregadas tintas
e aprende a silenciar a ofensa, a desculpar o ultraje, a esquecer a
malquerença, pontificando no bem infatigável sob chuvas de granizo
ou vapores terrificantes de calor. Não pretendas melhor dádiva do
que aquela com que foi aquinhoado o Mestre a quem serves, que,
vendido, açoitado, escarnecido, e plantado numa cruz, ainda foi
constrangido pela dúvida de Tomé, companheiro desatento que estava
ausente...
E,
se duvidam de ti – bendize ao Senhor; se zombam de ti – confia no
Senhor; se te abandonam – busca o Senhor que recebeu por
companheiros, à hora extrema, dois criminosos que a penologia atual,
embora não os levasse à cruz, daria a cela úmida e imunda do
presídio a fim de cerceá-los do convívio social em nome da ética
e dos direitos legais da Sociedade.
Do
livro “Espírito e vida”.
Psicografia
de Divaldo Pereira Franco.
---
BONDADE
O
lavrador semeia, mas é a Bondade Divina
que
faz desabrochar a flor, na preparação do fruto.
Bezerra
de Menezes
Do
livro “Dicionário da alma”.
Psicografia
de “Francisco Cândido Xavier”.
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