Tema
da semana
“Expiação”
de
29/07/2013 a 04/08/2013
Allan
Kardec
998. A
expiação se realiza no estado corpóreo ou no estado de Espírito?
— Ela
se cumpre na existência corpórea, através das provas a que o
Espírito é submetido, e na vida espiritual, pelos
sofrimentos morais decorrentes do seu estado de inferioridade.
999. O
arrependimento sincero durante a vida é suficiente para extinguir as
faltas e fazer que se mereça a graça de Deus?
—
O arrependimento
auxilia a melhora do Espírito, mas o passado deve ser expiado.
999
– a) Se de acordo com isso um criminoso dissesse que, tendo de
expiar o passado, não precisa se arrepender, quais seriam para ele
as consequências?
— Se
teimar no pensamento do mal, sua expiação será mais longa e mais
penosa.
1000. Podemos,
desde esta vida, resgatar as nossas faltas?
— Sim,
reparando-as. Mas não julgueis resgatá-las por algumas privações
pueris ou por meio de doações de após a morte, quando de nada mais
necessitais. Deus não considera um arrependimento estéril, sempre
fácil e que só custa o trabalho de bater no peito. A perda de
um dedo, quando se presta um serviço, apaga maior número de
faltas do que o cilício suportado durante anos, sem outro
objetivo que o bem de si mesmo. (Ver item 726.) O mal
não é reparado senão pelo bem, e a reparação não tem mérito
algum se não atingir o homem no seu orgulho ou nos
interesses materiais. De que lhe serve restituir após a
morte, corno justificação, os bens mal adquiridos, que foram
desfrutados em vida e já não lhe servem para nada? De que lhe
serve a privação de alguns gozos fúteis e de algumas
superfluidades, se o mal que fez a outrem continua o mesmo? De
que lhe serve, enfim, humilhar-se diante de Deus, se conserva o
seu orgulho diante dos homens? (Ver itens 720 e 721.)
1001. Não
há nenhum mérito em se assegurar, após a morte, um emprego útil
para os bens que deixamos?
— Nenhum
mérito não é bem o termo: isso vale sempre mais do que nada;
mas o mal é que aquele que dá ao morrer geralmente é mais egoísta
do que generoso; quer ter as honras do bem sem lhe haver provado
as penas. Aquele que se priva em vida tem duplo proveito: o
mérito do sacrifício e o prazer de ver felizes os que
beneficiou. Mus há sempre o egoísmo a dizer ao homem: O que
dás, tiras dos teus próprios gozos. E como o egoísmo fala mais
alto que o desinteresse e a caridade, ele guarda em vez de dar, sob
o pretexto das suas necessidades e das exigências da sua
posição. Ah!, lastimai aquele que desconhece o prazer de dar,
porque foi realmente deserdado de um dos mais puros e suaves
gozos do homem. Deus, submetendo-o à prova da fortuna, tão
escorregadia e perigosa para o seu futuro, quis dar-lhe
em compensação a ventura da generosidade, de que ele pode
gozar neste mundo. (Ver item 814.)
1002. O
que deve fazer aquele que em artigo de morte reconhece as suas faltas
mas não tem tempo para repará-las? É suficiente arrepender-se,
nesse caso?
— O
arrependimento apressa a sua reabilitação, mas não o absolve. Não
tem ele o futuro pela frente, que jamais se lhe fecha?
RESPONSABILIDADE
Benéficas
são as preocupações
da
marcha e santa é a responsabilidade.
André
Luiz
Do
Livro “Dicionário da Alma”
Psicografia
de Francisco Cândido Xavier
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