Tema
da semana
“Indiferença”
de
01/07/2013 a 07/07/2013
Momento
Espírita
É
comum associar-se o ódio como o antagonismo do amor. Quando
falta o amor, gera-se o ódio,
afirmam alguns. Vincula-se um com o outro como se um fosse o oposto
do outro.
Na
verdade, o ódio é apenas o sentimento do amor que adoeceu, o amor
que foi envenenado pelo ciúme, pela inveja, ou pelo orgulho...
Porém, jamais será o oposto ou o antônimo do amor.
Sente-se
ódio por alguém que se identifica com a traição, a mentira, o
engodo... Mas esse ódio nasceu de um sentimento mais nobre, do amor
que antes havia, e que agora adoeceu.
Porém,
o oposto do sentimento do amor mostra-se de maneira mais vil, mais
intensa e muitas vezes vive em nossa intimidade sem nos darmos conta:
é a indiferença.
Se
amamos ou odiamos, sempre estaremos preocupados com aquele que é o
objeto do nosso sentimento.
Se
nos vinculamos pelo amor, estaremos vibrando pelo melhor para o ser
amado. E se nos vinculamos pelo ódio, estaremos, da mesma forma,
preocupados com o outro, mesmo que seja para prejudicá-lo. Contudo,
não estaremos indiferentes.
A
indiferença nasce do desamor que alimentamos pelo ser humano, pela
despreocupação ou pela incapacidade de entender as dores e
dificuldades da alma alheia.
Enquanto
o amor tem a capacidade de nos aquecer a alma, a indiferença a torna
fria, incapaz de sensibilizar-se ou entender as agruras do próximo.
E
quantas vezes não permanecemos indiferentes, despreocupamo-nos com
as coisas do outro, suas dificuldades, seus momentos de dor e pesar,
mesmo tudo isso se passando ao nosso lado?
Justificamos
que não damos importância para a dificuldade do outro por falta de
tempo, pelos compromissos, pela agenda cheia. Muitos motivos para
muitas justificativas.
Mas,
no fundo, apenas não nos preocupamos porque temos uma boa parte da
alma ainda fria, gelada mesmo, tomada pelo sentimento da indiferença.
Somos
indiferentes quando alguém em dificuldade nos pede para tomar nosso
lugar na fila, e justificamos que chegamos antes e temos direito de
ali estar.
A
indiferença se apresenta quando, no transporte coletivo, nos
auditórios, nos locais públicos, fingimos não ver alguém idoso,
uma senhora grávida, alguém mais frágil, para não lhe oferecer o
lugar para sentar.
A
indiferença nasce da nossa incapacidade de amar o ser humano, sem
nenhum outro motivo que o da fraternidade, da solidariedade.
E
é o sentimento da solidariedade o maior remédio para a indiferença.
Será ele o condutor dos primeiros passos para deixarmos de ser
indiferentes.
Quando
começarmos a cultivar a solidariedade, obrigatoriamente nos
preocuparemos com o outro, com o próximo.
Será
a solidariedade que nos irá aquecer a alma, descongelando
sentimentos e abrindo novos horizontes.
Será
ela que nos permitirá a conquista da compaixão, da gentileza, do
carinho, para então entrarmos no campo superior da caridade ao
próximo.
Assim,
não nos permitamos ficar indiferentes às dificuldades familiares,
aos desafios do trabalho, às querelas dos amigos.
Ofereçamos
sempre nosso quinhão de solidariedade, de presteza, o que tenhamos
de melhor, esperando que o outro aceite, na medida que queira ou
necessite.
Será
a solidariedade o sentimento a nos unir, reconhecendo-nos uns aos
outros como irmãos, que, em última instância, somos todos nós,
filhos do Criador, do Senhor da vida.
Redação
do Momento Espírita.
Em 01.04.2011.
Em 01.04.2011.
AGIR
Não
basta que olvidemos o assalto, a pedrada,
a
calúnia, o golpe, a incompreensão ou a ingratidão.
É
necessário agir com o bem, auxiliando direta ou
indiretamente
aos que nos feriram.
Emmanuel
Do
Livro “Dicionário da Alma”
Psicografia
de Francisco Cândido Xavier
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