Tema
da semana
“Tormentos
voluntários”
de
15/07/2013 a 21/07/2013
Allan
Kardec
23.
Vive o homem
incessantemente
em
busca da
felicidade, que
também
incessantemente
lhe foge,
porque
felicidade sem
mescla não se
encontra na
Terra. Entretanto,
malgrado às
vicissitudes
que
formam o
cortejo
inevitável da
vida terrena,
poderia ele,
pelo menos, gozar de
relativa
felicidade, se
não a procurasse
nas
coisas
perecíveis e
sujeitas às
mesmas vicissitudes, isto é,
nos gozos
materiais
em vez
de a
procurar
nos
gozos da
alma,
que
são
um
prelibar
dos gozos
celestes,
imperecíveis;
em vez de
procurar a
paz
do
coração,
única
felicidade
real neste
mundo, ele se
mostra ávido de
tudo o que o
agitará e
turbará, e,
coisa
singular! o
homem, como
que de
intento, cria para
si tormentos
que está nas suas mãos
evitar.
Haverá
maiores do que os que derivam da inveja e
do ciúme?
Para o
invejoso e
o
ciumento, não
há repouso;
estão perpetuamente
febricitantes.
O que não têm e os
outros possuem
lhes causa
insônias.
Dão-lhes
vertigem os
êxitos de seus
rivais; toda a
emulação, para
eles, se
resume em
eclipsar os
que lhes estão
próximos,
toda a alegria
em
excitar, nos
que se
lhes
assemelham pela
insensatez, a
raiva do
ciúme que os
devora. Pobres insensatos, com efeito, que não imaginam sequer que,
amanhã
talvez, terão
de largar todas essas
frioleiras
cuja cobiça
lhes envenena
a vida! Não
é a eles,
decerto,
que se
aplicam
estas
palavras: “Bem-aventurados
os aflitos,
pois que serão consolados”, visto que as suas
preocupações
não são
aquelas que têm no
céu
as
compensações merecidas.
Que
de tormentos, ao contrário, se poupa aquele que sabe contentar
-se com o
que
tem,
que
nota
sem
inveja o que
não
possui,
que
não
procura
parecer
mais
do que
é. Esse é
sempre
rico,
porquanto, se
olha para
baixo de si e
não para cima, vê
sempre
criaturas que
têm menos do
que ele.
É calmo,
porque não
cria para si
necessidades
quiméricas. E
não será
uma
felicidade
a calma, em
meio das
tempestades da vida?
– Fénelon.
(Lião,
1860.)
DOR
Ajuda
e transformarás a dor em alegria.
Emmanuel
Do
Livro “Dicionário da Alma”
Psicografia
de Francisco Cândido Xavier
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