terça-feira, 16 de julho de 2013

Jesus e Tormentos

Tema da semana
Tormentos voluntários”
de 15/07/2013 a 21/07/2013

Joanna de Ângelis

Genericamente, o homem tem sido considerado como a massa física e mental, ainda incompleta, que demanda o túmulo e ali se consome.

As religiões reportam-se à alma com um destino adrede fixado para o futuro, repousando na ociosidade ou padecendo na punição intérmina.

O mundo é, para os primeiros, um lugar de prazeres imediatos com a inevitável presença do sofrimento, que faz parte da sua imperfeição; para os segundos, é “vale de lágrimas” ou “lugar de degredo”.

De um lado, a simplista informação do nada após a morte; do outro, a fatalidade preestabelecida, violando os códigos do querer, do lutar, do vencer.

Uma e outra corrente de pensamento conduz, inevitavelmente, aos tormentos.

Aqui, o gozo até a lassidão dos sentidos, e ali, a amargura frustrante. a castração da alegria em mecanismos de evasão da realidade.

Fundamentados nessas propostas surgem aqueles que vivem para fruir e os que se recusam à satisfação.

*

Jesus foi o protótipo da felicidade.

Amava a Natureza, os homens, os labores simples com os quais teceu as Suas maravilhosas parábolas.

Não condenava as condições terrenas, não as exaltava.

Na posição de Mestre ensinava como se devia utilizá-las, respeitando-as, com elas gerando alegria entre todos, abençoando-as.

Como Médico das almas propunha vivê-las sem pertencer-lhes, assinalando metas mais elevadas, que deveriam ser conquistadas com esforço pessoal.

*

Os tormentos humanos procedem da consciência de culpa de cada criatura.

Originário de outras existências corporais, o Espírito herda as suas ações, que ressurgem em forma de efeitos.

Quando aquelas foram saudáveis, estes se lhe fazem benfazejos. O inverso é, igualmente, verdadeiro.

Dos profundos arcanos da individualidade surgem as matrizes das aflições que se lhe estabelecerão no ser como processos depuradores, facilitando a instalação das enfermidades, dos tormentos, das insatisfações.

Da mesma forma, criam-se-lhe as condições favoráveis para a existência, fácil ou árdua, no lar caracterizado por problemas socioeconômico morais, ou enriquecido de amor e recursos que lhe favorecem a jornada.

No ser profundo, imortal, encontram-se as raízes dos fenômenos que agora lhe repontam sobre o solo da organização carnal.

*

Os teus tormentos atuais são tormentos que engendraste em vidas passadas.

Atormentaste com impiedade e agora sofres sem conforto.

Afligiste sem misericórdia e ora padeces sem afeição.

Inquietaste com perversidade e hoje te perturbas sem consolo.

O teu íntimo é um caldeirão fervente.

Os conflitos se sucedem e sais de um para outro desespero.

Tens dificuldade em exteriorizá-los, verbalizá-los, aliviando-te.

Fobias, complexos, recalques dominam-te a paisagem mental e te sentes um fracassado.

Retempera o ânimo, porém, e sai do refúgio dos teus tormentos para a luz clara da razão.

Ninguém está, na Terra, fadado ao sofrimento, aos conflitos destruidores.

Todos retornam ao mundo para aprender, recuperar-se, re- construir.

Na ausência do amor ação, aparece-lhes a dor renovação.

Assim, dispõe-te à paz, à libertação dos tormentos e lograrás alcançá-las.

*

No inolvidável encontro de Jesus com a mulher de vida libertina, que Lhe lavou os pés com unguento de lágrimas, enxugando-os com os seus cabelos, temos a psicoterapia para todos os tormentos.

Disse Ele ao anfitrião que o censurava mentalmente por aceitar a atitude da pobre atormentada:

Ela muito amou e, por isso, os seus pecados lhe serão perdoados.” Fitando-a com ternura e afeição, recomendou-lhe: “Vai-te em paz, a tua fé te salvou.”

O amor que se converte em reparação de erros é a eficiente medicação moral para todas as chagas do corpo, da mente e da alma.

Ama e tranquiliza-te, deixando os teus tormentos no passado, e, ressuscitando dos escombros, ressurge, feliz, para a reconstrução sadia da tua vida.

Psicografia de Divaldo Franco do livro Jesus e Atualidade
FELIZ
João de Deus

Cheio de dor,
O pobrezinho,
Sempre sozinho
E sofredor.

Triste viajor,
Descalçadinho,
Ave sem ninho
E sem amor,

Que não maldiz
O amargo trato
Aos dias seus,

É mais feliz
Por ser mais grato
Aos dons de Deus.

Da Obra “Jardim Da Infância” –Espírito: João De Deus –
Médium: Francisco Cândido Xavier

Digitado Por: Lúcia Aydir


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