Tema
da semana
“Jeremias
e os falsos profetas”
de
25/03/2013 a 31/03/2013
Allan
Kardec
11.
Eis o que diz o Senhor dos Exércitos: Não escuteis as palavras dos
profetas que vos profetizam e que vos enganam. Eles publicam as
visões de seus corações e não o que aprenderam da boca do Senhor.
– Dizem aos que de mim blasfemam: O Senhor o disse, tereis paz; e a
todos os que andam na corrupção de seus corações: Nenhum mal vos
acontecerá. – Mas, qual dentre eles assistiu ao conselho de Deus?
Qual o que o viu e escutou o que ele disse? – Eu não enviava esses
profetas; eles corriam por si mesmos; eu absolutamente não lhes
falava; eles profetizavam de suas cabeças. – Eu ouvi o que
disseram esses profetas que profetizavam a mentira em meu nome,
dizendo: Sonhei, sonhei. – Até quando essa imaginação estará no
coração dos que profetizam a mentira e cujas profecias não são
senão as seduções do coração deles? Se, pois, este povo, ou um
profeta, ou um sacerdote vos interrogar e disser: Qual o fardo do
Senhor? Dir-lhe-eis: vós mesmos sois o fardo e eu vos lançarei bem
longe de mim, diz o Senhor. (JEREMIAS, 23:16 a 18, 21, 25, 26 e 33.)
É
dessa passagem do profeta Jeremias que quero tratar convosco, meus
amigos. Falando pela sua boca, diz Deus: “É a visão do coração
deles que os faz falar.” Essas palavras claramente indicam que, já
naquela época, os charlatães e os exaltados abusavam do dom de
profecia e o exploravam. Abusavam, por conseguinte, da fé simples e
quase cega do povo, predizendo, por dinheiro, coisas boas e
agradáveis. Muito generalizada se achava essa espécie de fraude na
nação judia, e fácil é de compreender-se que o pobre povo, em sua
ignorância, nenhuma possibilidade tinha de distinguir os bons dos
maus, sendo sempre mais ou menos ludibriado pelos pseudoprofetas, que
não passavam de impostores ou fanáticos. Nada há de mais
significativo do que estas palavras: “Eu não enviei esses profetas
e eles correram por si mesmos; não lhes falei e eles profetizaram.”
Mais adiante, diz: “Eu ouvi esses profetas que profetizavam a
mentira em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei.” Indicava assim um
dos meios que eles empregavam para explorar a confiança de que eram
objeto. A multidão, sempre crédula, não pensava em lhes contestar
a veracidade dos sonhos, ou das visões; achava isso muito natural e
constantemente os convidava a falar.
Após
as palavras do profeta, escutai os sábios conselhos do apóstolo
S.João, quando diz: “Não acrediteis em todo Espírito;
experimentai se os Espíritos são de Deus”, porque, entre os
invisíveis, também há os que se comprazem em iludir, se se lhes
depara ocasião. Os iludidos são, está-se a ver, os médiuns que se
não precatam bastante. Aí se encontra, é fora de toda dúvida, um
dos maiores escolhos em que muitos funestamente esbarram, mormente se
são novatos no Espiritismo. É lhes isso uma prova de que só com
muita prudência podem triunfar. Aprendei, pois, antes de tudo, a
distinguir os bons e os maus Espíritos, para, por vossa vez, não
vos tornardes falsos profetas. – Luoz, Espírito Protetor.
(Carlsruhe, 1861.)
ENGANO
Mais
vale semear rosas entre espinhos,
para
a colheita do futuro, que nos inebriarmos
no
presente, com as rosas efêmeras dos enganos
terrestres,
preparando a seara de espinhos na direção do porvir.
Agar
Livro
“Dicionário da Alma” psicografia de Francisco Cândido Xavier –
Autores Diversos
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