Tema da semana:
“A ingratidão dos filhos e os
laços de família”
de 02/04/2012 a 08/04/2012
Emmanuel
A ingratidão
é um dos frutos mais diretos do egoísmo.
Revolta
sempre os corações honestos.
Mas, a dos
filhos para com os pais apresenta caráter ainda mais odioso.
Do item 9,
do Cap. XIV, de "O Evangelho Segundo o Espiritismo".
Trazida a
reencarnação para os alicerces dos fenômenos sócio domésticos, não é somente a
relação de pais para filhos que assume caráter de importância, mas igualmente a
que se verifica dos filhos para com os pais.
Os filhos
não pertencem aos pais; entretanto, de igual modo, os pais não pertencem aos
filhos.
Os genitores
devem especial consideração aos que agridem os filhos e tentam escravizá-los,
qual se lhes fossem objeto de propriedade exclusiva; todavia, encontramos, na
mesma ordem de frequência, filhos que agridem os pais e buscam escravizá-los,
como se os progenitores lhes constituíssem alimárias domésticas.
A
reencarnação traça rumos nítidos ao mútuo respeito que nos compete de uns para
com os outros.
Entre pais e
filhos, há naturalmente uma fronteira de apreço recíproco, que não se pode
ultrapassar, em nome do amor, sem que o egoísmo apareça, conturbando lhes a
existência.
Justo que os
pais não interfiram no futuro dos filhos, tanto quanto justo que os filhos não
interfiram no passado dos pais.
Os pais não
conseguem penetrar, de imediato, a trama do destino que os princípios cármicos
lhes reservam aos filhos, no porvir, e os filhos estão inabilitados a
compreender, de pronto, o enredo das circunstâncias em que se mergulharam seus
pais, no pretérito, a fim de que pudessem volver, do Plano Espiritual ao
renascimento no Plano Físico.
Unicamente
no mundo das causas, após a desencarnação, ser-lhes-á possível o entendimento
claro, acerca dos vínculos em que se imanizam.
Invoque-se,
à vista disso, o auxílio de religiosos, professores, filósofos e psicólogos, a
fim de que a excessiva agressividade filial não atinja as raias da perversidade
ou da delinquência para com os pais e nem a excessiva autoridade dos pais venha
a violentar os filhos, em nome de extemporânea ou cruel desvinculação.
Pais e
filhos são, originariamente, consciências livres, livres filhos de Deus
empenhados no mundo à obra de autoburilamento, resgate de débitos, reajuste,
evolução.
As leis da
vida englobam lhes a individualidade no mesmo alto gabarito de consideração.
Nunca é
lícito o desprezo dos pais para com os filhos e vice-versa.
Não
configuramos no assunto qualquer aspecto lírico na temática afetiva.
Apresentamos,
sumariamente, princípios básicos do Universo.
A existência
terrestre é muito importante no progresso e no aperfeiçoamento do Espírito; no
entanto, ao mesmo tempo, é simples estágio da criatura eterna no educandário da
experiência física, à maneira de estudante no internato.
Os pais
lembram alunos, em condições mais avançadas de tempo, no currículo de lições,
ao passo que os filhos recordam aprendizes iniciantes, quando surgem na arena
de serviço terrestre, com acesso na escola, sob o patrocínio dos companheiros
que os antecederam, por ordem de matrícula e aceitação.
E que os
filhos jamais acusem os pais pelo curso complexo ou difícil em que se vejam no
colégio da existência humana, porquanto, na maioria das ocasiões, foram eles
mesmos, os filhos, que, na condição de Espíritos desencarnados, insistiram com
os pais, através de afetuoso constrangimento ou suave processo obsessivo, para
que os trouxessem, de novo, à oficina de valores físicos, de cujos instrumentos
se mostravam carecedores, a fim de seguirem rumo correto, no encalço da própria
emancipação.
Psicografia : Francisco Cândido Xavier Livro : Vida e Sexo
Gostei da conclusão:
ResponderExcluir"E que os filhos jamais acusem os pais pelo curso complexo ou difícil em que se vejam no colégio da existência humana, porquanto, na maioria das ocasiões, foram eles mesmos, os filhos, que, na condição de Espíritos desencarnados, insistiram com os pais, através de afetuoso constrangimento ou suave processo obsessivo, para que os trouxessem, de novo, à oficina de valores físicos, de cujos instrumentos se mostravam carecedores, a fim de seguirem rumo correto, no encalço da própria emancipação."