Não  é raro que as pessoas comuns manifestem sua inveja, quando a imprensa  escrita apresenta fatos da vida de artistas, reis, esportistas famosos.
 Invejam  a sua riqueza. Sobretudo a sua fama. As pessoas comuns andam todos os  dias pelas ruas e não se tornam notícia por terem ido a uma exposição,  ao supermercado, à praia.
 Não são vistas. Afinal, são tantas as pessoas comuns e, normalmente, umas não olham para as outras.
 E  isso nos recorda de uma comparação entre o mar, imenso, que joga suas  ondas com barulho estrondoso nas pedras e recifes e os rios tranquilos.
 É  no mar que viajam os grandes transatlânticos, os iates luxuosos e as  lanchas velozes, levando pessoas que nos parecem sempre muito felizes.
 É  o mar que abriga no seu seio tesouros inimagináveis da fauna, da flora e  riquezas humanas, resultantes dos naufrágios, de grandes tragédias.
 Quando  se quer dar um exemplo de algo poderoso, enorme, o mar é o escolhido.  Com sua grandeza e perigos, ele assusta muita gente.
 Os  rios, por sua vez, são calmos. Nascem de pequeninas gotas prisioneiras  de vales e montanhas que, aos poucos, vão se libertando e se juntando,  formando filetes.
 Vão descendo calmas por entre pedras, escolhendo caminhos entre encostas, engrossando e tomando a forma dos rios generosos.
 Por  serem águas claras e boas, servem para dessedentar o viajante cansado.  São a alegria dos pescadores que, em suas águas, se divertem a pescar,  sem maiores aventuras.
 As crianças barulhentas vão nelas lançar seus barcos de brinquedo.
 Os  pássaros brincam em suas margens e saciam sua sede. Homens inteligentes  as canalizam, de forma que sirvam a muitos outros, em suas casas, no  conforto dos seus lares.
 Quando  as pessoas desejam ouvir os sons graves, buscam o mar. Quando desejam  paz, buscam os rios porque sua música é mais suave, delicada.
 Os mares e os rios nos dizem que cada um tem seu valor e sua importância.
 Se todas as águas fossem salgadas como a dos oceanos e mares, o homem padeceria a sede.
 Se não houvesse a tepidez das águas salgadas talvez não existisse a vida na Terra, pois que tudo ali se iniciou.
 Mar  e rio, oceano e águas tranquilas. Ricos, famosos e pessoas comuns.  Todos são importantes no concerto da vida. Cada qual, onde está, com  suas condições, tem sua missão, suas dores e alegrias e, sobretudo, a  sua responsabilidade.
 *   *   *
 Você já pensou que a maravilha na Terra está justamente na diversidade das oportunidades que ela apresenta?
 Cada qual, onde se encontre, com o que tenha, pode cooperar para a harmonia da vida.
 Quando  você passeia pelas ruas bem cuidadas da cidade, deve isso a homens e  mulheres comuns que realizam a sua limpeza, podam as árvores e plantam  flores nos canteiros.
 Quando você admira leis sábias e justas, reverencia os legisladores.
 Quando se delicia com uma música, agradece aos compositores.
 Todos somos importantes e a Terra se tornaria um caos se todos desejassem ser iguais e fazer as mesmas coisas.
 Pensemos nisso e valorizemos o que somos e o que fazemos.
 Redação do Momento Espírita.
 Em 17.06.2011.
 
 
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