Francisco  Cândido Xavier foi um homem que viveu semeando a palavra do Cristo.  Através das suas atitudes, pregou a paz e ensinou a caridade. Sua vida  foi um exemplo de conduta cristã.
 Médium,  viveu por noventa e dois anos, foi desprezado por muitos e durante sua  vida sofreu ofensas e insultos, tendo passado imune a tudo.
 Em uma de suas muitas frases que ficaram registradas, ele disse:
 Graças  a Deus, não me lembro de ter revidado a menor ofensa que sofri,  certamente objetivando, todas elas, o meu aprendizado. E não me recordo  de que tenha, conscientemente, magoado a quem quer que fosse.
 Esta  frase nos faz refletir sobre a forma como agimos diante das ofensas que  sofremos. No cotidiano, nos deparamos com situações que põem à prova a  nossa conduta.
 São  os olhares de desprezo ou de inveja. As palavras que ferem, humilham,  magoam. As indelicadezas e os gestos que perturbam e ofendem.
 São  também as atitudes contínuas de omissão, de abandono dos deveres, ou de  opressão, que acontecem entre irmãos, casais, pais e filhos, que vão se  somando e se transformando em imensas mágoas.
 É  comum vermos famílias desestruturadas pelo cultivo da raiva, do rancor e  da indelicadeza. Enfim, vemos com frequência, relações se esvaindo pela  ausência do perdão.
 Seja  qual for a gravidade do ato infeliz que nos atinja, enxerguemos o  outro, que nos fere e magoa, como alguém que pode estar enfermo e  precisando de ajuda.
 E como escolhemos agir diante de quem nos ofende?
 Quando  procedemos da mesma forma que o outro, entrando na sua sintonia,  revidando, seja com palavras ou com atitudes, estaremos deixando que o  outro dite a nossa conduta.
 Estaremos nos equiparando àquele que cometeu o gesto desequilibrado.
 É certo que ficamos tristes quando alguém nos ofende, mas o que deveria mesmo nos entristecer, é quando somos nós os ofensores.
  Trabalhar  o perdão ao próximo, assim como o autoperdão, é um exercício diário que  podemos nos propor. Todos nós somos capazes de perdoar.
 Não nos esqueçamos de que, por diversas vezes, nós é que desejamos ser perdoados.
 Temos  que começar relevando e perdoando as leves ofensas, para que estejamos  preparados, quando nos depararmos com situações mais delicadas que nos  exijam essa virtude.
 Perdoar  também é doar. Ao perdoar estaremos doando   entendimento,  paciência,  compreensão e o amor que purifica. O esquecimento das ofensas é próprio  da alma elevada.
 Mas o perdão não é o esquecimento do fato. Por vezes, torna-se difícil eliminar da memória uma atitude que tenha nos ferido.
  Perdoar  é cessar de ter raiva, é deixar de nutrir em nós o ressentimento pela  pessoa que nos causou a dor ou o gesto infeliz que nos atingiu.
 Perdoar acalma, liberta, traz paz e harmonia às nossas vidas.
 O verdadeiro perdão é aquele que vem do coração e não dos lábios.
 Façamo-nos hoje o convite para que deixemos que o perdão triunfe sobre a mágoa e o ressentimento.
  Redação do Momento Espírita.
 Em 03.06.2011.
 
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