Na  atualidade, é bastante comum os casais se queixarem um do outro. A  esposa critica o marido por suas manias, por lhe cercear a liberdade e  por outras tantas coisas.
 O marido reclama dos gastos da esposa, do tempo que demora para se arrumar toda vez que decidem sair, e daí por diante.
   É  natural que numa roda de amigas, quando o assunto é marido se comentem  os defeitos deles e como elas poderiam ser mais felizes sem eles.
 Assim  foi numa tarde, na academia, onde uma senhora, que aparentava um pouco  mais de quarenta anos, se encontrava. Alguém comentou que invejava a sua  felicidade.
 Ela  era uma mulher que transpirava alegria. Dedicava-se a obras de  caridade, estudava música. Mas, em tudo que fazia, havia uma tonalidade  de alegria contagiante.
 Qual era o segredo, afinal? – Perguntou uma das amigas.
 Devo tudo ao meu marido. - Respondeu rápido.
 Como assim? Tornou a perguntar a outra. Ele acompanha você a todo lugar, incentiva  você, o que ele faz?
   E uma pontinha de inveja adornava as perguntas agora.
 Como podia aquela mulher ser tão feliz com seu marido?
 Mas a outra tornou a responder: Bem, meu marido morreu.
 Na  roda de amigas, houve um grande silêncio e, pela mente de todas elas,  passou a ideia: Claro que ela é feliz. Ele devia ser um carrasco. Ele  morreu e ela se libertou.
 No entanto, continuando a explicar, a viúva disse:
 Enquanto vivemos juntos e foi pouco mais de vinte anos, esse homem me ensinou a amar.
 Quando  nos casamos, eu era uma jovem tola, cheia de sonhos, vivendo a  irrealidade. Ele era um homem prático, mas extremamente sensível.
 Amante da poesia, ensinou-me a amar os versos, a descobrir a beleza nas rimas.
 Nas horas de folga, tornava-se jardineiro. Ensinou-me a amar a terra, as flores, a semear e esperar o crescimento e a floração.
   Gostava  de boa música. Com ele aprendi a ir ao teatro para assistir a concertos  de música clássica e shows de música popular. Ele me instruiu nos  primeiros caminhos dessa bela arte.
 Esse  homem me ensinou a amar a vida e nela descobrir valores. Deu-me a  conhecer o verdadeiro valor de uma amizade, a não desprezar nenhuma  manifestação de carinho, por menor que pudesse ser.
 Ensinou-me  a amar a natureza, bendizendo o sol e a chuva, em suas alternâncias. A  não reclamar do frio, nem do calor excessivo. Ele me ensinou a ver em  tudo a Providência de Deus a nos abençoar.
 Por isso, quando ele se foi, quando pensei entregar-me à tristeza, recordei-me dos anos vividos e das lições repassadas.
   Em memória dele, não posso deixar de ser feliz e transmitir felicidade a todos.
 *   *   *
 A vida é o hálito do Pai Criador em Sua soberana manifestação de amor.
 Examinemos nossa vida e das experiências de todos os dias retiremos o melhor proveito.
 Nossa vida se constitui de bênçãos e sofrimentos.
 Exatamente  como no jardim existem duas formas de encontrar as rosas: pelo aroma ou  pelos espinhos, nossa vida depende da forma que encaramos o que nos  rodeia, o que nos chega, o que nos acontece.
 Redação  do Momento Espírita, com pensamentos finais extraídos do livro  Repositório de sabedoria, v. 2, pelo Espírito Joanna de Ângelis,  psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
 Em 10.06.2011.
 
 
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