quinta-feira, 6 de março de 2014

Deveres nossos

Tema da semana
O dever”
De 03/03/2014 a 09/03/2014

João Cléofas

Vencido pelo heliotropismo, o botão se abre à vida esparzindo perfumes.

Impelido ao equilíbrio, o filete de água desce da montanha na direção do mar.

Presos à lei de gravitação universal, a Terra e todos os astros voluteiam pelo Infinito, obedecendo à impulsão incontrolável.

Também o homem que sente a atração divina, por mais deseje se evadir da fonte de luz, ou da linha do equilíbrio, ou do incoercível comando universal, jamais conseguirá se deslocar da órbita dos deveres superiores, indefinidamente.

Dia surge em que, saudoso da claridade perdida, o Espírito atribulado na rampa da decadência a que se arroja e ansioso por manter-se dentro de um ciclo de harmonia, abre-se a Deus, retornando à injunção das leis sublimes, mantenedoras da ordem universal.

No entanto, só tardiamente muitos se dão conta, examinando a oportunidade redentora perdida, que ficou com os despojos carnais de que se encontra liberto.

Para estes, o desvelar da imortalidade é, simultaneamente, o acordar das responsabilidades postergadas, sob espículos de remorsos cruéis.

Dores infrenes e angustiantes se lhes apossam da consciência e, tresvairando, arrojam-se ao arrependimento tardio ou à revolta selvagem, hibernando-se, uns, na inconsciência com que supõem fugir à reparação, desvairando, outros, por indefinido período de aflição e dor...

Acordados que estamos para as realidades da Divina Misericórdia, clarificados pelo Evangelho e dirigidos por Jesus - o fio de prumo do nosso equilíbrio - gravitemos em torno da sabedoria divina, órbita de segurança para os nossos deveres.

Lembremo-nos de que avançar na direção do bem, distendendo a mão generosa aos náufragos que se batem nas águas tumultuadas do mundo espiritual inferior, é compromisso inadiável.


Fonte: O espiritismo.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco.
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DEVER CUMPRIDO
Desistamos de reivindicações, privilégios, prêmios ou
honrarias de superfície, porquanto urge aspirarmos à medalha
invisível do dever retamente cumprido que nos brilhe na
consciência e a carta-branca do livre arbítrio que nos amplie
o campo de ação no bem puro.
Caírbar Schutel
Do livro “Ideal espírita”.


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